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15 de setembro de 2012

Boa fase de Tenorio tem beijos em staff do Vasco e status de ídolo na torcida


O equatoriano Carlos Tenorio conquistou companheiros e profissionais do Vasco em tempo recorde. O drama da cirurgia para a reconstrução do tendão calcâneo do pé direito contribuiu consideravelmente no processo. Com dedicação ao tratamento e gols no retorno aos gramados, o camisa 11 já goza do status de ídolo junto aos torcedores. No dia a dia, o atacante não é dos mais falantes, mas cumpre o ritual de emocionar a todos com beijos nos fisioterapeutas responsáveis por sua volta. Chefe do departamento, Vanessa Knust não passa um treinamento sequer sem receber o carinho do “Demolidor”.

Carlos Tenorio se recuperou em cinco meses da grave lesão. Ele se machucou no dia 3 de março. Na ocasião, marcou seu primeiro gol com a camisa do Vasco na vitória sobre o Olaria por 2 a 0, em Moça Bonita, pela Taça Rio. A cirurgia foi realizada pelo médico Alexandre Campello e o trabalho de fisioterapia começou poucos dias depois. O jogador jamais se ausentou de qualquer sessão e lutou para voltar antes do previsto.

O retorno aconteceu no dia 5 de agosto. O atacante entrou no segundo tempo do empate sem gols com o Corinthians. Desde a data marcante, Tenorio disputou nove partidas e marcou três gols. O Cruzmaltino venceu sempre quando ele balançou as redes. São 12 jogos no total e quatro gols assinalados. Além dos tentos, a raça o aproximou dos torcedores. O “Demolidor” se doa integralmente. Muita correria, marcação e passes para os companheiros já resultaram no status de ídolo. Junto com Fernando Prass, Juninho, Felipe e Dedé, Tenorio é incontestável até o momento para a torcida.

Para receber os aplausos, o equatoriano cumpre quase sempre a mesma rotina. Tenorio chega para o treinamento antes do horário e cumprimenta um a um. A gratidão pelos médicos e fisioterapeutas jamais é esquecida. Vanessa Knust, chefe do departamento de fisioterapia, recebe um beijo no rosto a cada encontro e o agradecimento do atleta.

Quando Tenorio retornou aos gramados, os fisioterapeutas se abraçaram e choraram juntos com o sucesso do paciente. Até hoje a velocidade da recuperação surpreende. Além de conseguir sucesso contra as defesas adversárias, o atacante vem conquistando corações de torcedores e profissionais do Vasco. A história de superação ainda está no início, mas a aposta na consagração definitiva do camisa 11 é cada vez mais clara nos corredores da Colina histórica.


MARCELO OLIVEIRA USA SEMANAS LIVRES E PSICOLOGIA PARA MOLDAR O VASCO 

 O Vasco está no G-4 do Campeonato Brasileiro, mas a crise nos bastidores é um adversário difícil de ser batido há algum tempo. Com as mudanças no departamento de futebol, o clube passa por um período de turbulência junto com a chegada do novo técnico Marcelo Oliveira. O momento não é o ideal para iniciar o trabalho, mas o comandante terá três semanas livres para implantar a sua filosofia. O objetivo é impedir que a situação contamine os atletas e ponha em risco a continuidade entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro. Com um pouco de psicologia, Marcelo Oliveira espera ter sucesso em sua meta.
Vinicius Castro 
 UOL

13 de setembro de 2012

Força da torcida: Vasco

Vasco da Gama

Vasco vira jogo, renova esperança e deixa o Palmeiras em penúltimo luga

Com a presença de seu novo técnico, Marcelo Oliveira, ao lado do presidente Roberto Dinamite, e comandado pelo interino Gaúcho, o Vasco se reabilitou da goleada sofrida para o Bahia no domingo com uma vitória de virada sobre o Palmeiras, por 3 a 1, nesta quarta-feira, em São Januário. A vitória, a primeira com três gols desde a sétima rodada, afastou a crise do time cruz-maltino, que consegue assim se manter no G-4 do Campeonato Brasileiro, de onde ainda não saiu este ano, agora com 42 pontos.
Juninho fez o terceiro na vitória de 3 a 1 sobre o Palmeiras

Por outro lado, a 14ª derrota do time paulista na competição deixa a equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari na penúltima colocação, com apenas 20 pontos. O público pagante - 1.996 (3.904 presentes), que proporcionou a renda de R$ 67.690 - foi o menor do Cruz-Maltino no Brasileirão de 2012. No próximo domingo, o Vasco enfrentará o Cruzeiro, no estádio Melão, em Varginha (MG), jogo marcado para começar às 16h (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Palmeiras faz o clássico com o Corinthians, no Pacaembu.

A postura adotada pelo Palmeiras no início da partida, com marcação bem adiantada dificultou muito as saídas de bola do Vasco, mas com Tenorio abrindo pela esquerda e fazendo boas jogadas com velocidade e força, a equipe da casa conseguia ameaçar o adversário. Na primeira vez que o equatoriano foi à linha de fundo e cruzou forte, quase Wellington fez contra, aos 3. Logo depois, numa meia-bicicleta de Douglas, Bruno salvou com um tapinha para escanteio. A pressão vascaína fez o time paulista passar a aparecer mais no setor ofensivo nos contra-ataques.

Porém, o jogo tinha mais correria que eficiência. Os muitos erros de passes de ambos os lados faziam a bola pouco sair das duas intermediárias. E quando chegavam mais próxima ou dentro das áreas não passavam nem perto dos gols. Desta forma, só uma falha poderia mudar o panorama. E foi o que aconteceu aos 23: após cobrança de escanteio da esquerda, a bola sobrou para Tiago Real cruzar da direita, a zaga cruz-maltina ficou olhando Wellington cabecear, Fernando Prass fez difícil defesa, Dedé furou, mas Luan, não, colocando a bola na rede.

Com a pequena torcida presente a São Januário já demonstrando irritação, o Vasco foi à frente em busca do empate e ele não demorou a chegar. Aos 29, Wendel lançou da meia-esquerda na área para Alecsandro, que escorou de cabeça para Tenorio tocar na pequena área no canto direito de Bruno, enquanto a defesa palmeirense só asssistia. Com os dois times com posturas ofensivas, as chances de gol apareceram: aos 34, o Palmeiras, com Luan desperdiçando rebote de Prass em chute de Valdivia, e um minuto depois a resposta do Vasco, em perigosa cabeçada de Tenorio após cruzamento de William Matheus.

Palmeiras volta com tudo para a etapa final, mas Vasco é que marca
Felipão reclamou de falta de força no ataque do Palmeiras no primeiro tempo, e sua equipe voltou a mil por hora no segundo tempo. Com menos de um minuto teve duas chances seguidas com Tiago Real. Aos dois, Luan penetrou livre na área pelo lado, tentou tocar por cima de Prass, mas o goleiro do Vasco foi mais rápido e ficou com a bola. O lado direito da defesa do Vasco apresentava problemas, mas o miolo da zaga palmeirense também. Na primeira finalização do time carioca na etapa final, veio a virada vascaína: Juninho Pernambucano, que não tinha conseguido atuar bem na primeira etapa,  bateu falta na área, Nilton, completamente só junto com Alecsandro, desviou de cabeça e marcou o segundo.

A vantagem fez o time da casa se postar mais em seu campo e o desesperado visitante se lançar todo à frente. Para dar mais experiência ao time, aos 13, o técnico interino do Vasco pôs o "titio" Felipe, que foi multado por jogar futevôlei no domingo, mesmo dia em que desfalcou o time na partida contra ao Bahia alegando dores no joelho, no lugar do "sobrinho" Jhon Cley. No lado oposto, Felipão substituiu o meia Tiago Real pelo atacante Vinícius com a clara intenção de reforçar seu ataque. Aos 25, o treinador do Palmeiras viu que a escalação de Barcos, um dia após voltar de jogo da seleção argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2014, de nada adiantou, e o tirou para a entrada de Obina.

No entanto, um minuto depois, em contra-ataque rápido, Tenorio deu uma de Juninho, livrou-se de um adversário, e lançou o Reizinho, que como se fosse o atacante equatoriano, deslocou Bruno com um toque de categoria no canto esquerdo do goleiro palmeirense para fazer o terceiro. A vantagem fez o Vasco administrar o resultado e fazer seus torcedores a certa altura gritarem "olé", o que irritou profundamente Felipão, que via sua equipe já sem qualquer poder de reação em campo. A situação do técnico quase piora, quando aos 43 Tenorio ainda tentou fazer um gol de letra após bela jogada de Luan, que substituíra Max, pela direita.

FICHA TÉCNICA - VASCO 3 x 1 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro 2012 - 24ª rodada
Local : estádio de São Januário, no Rio de Janeiro-RJ
Data : 12 de setembro de 2012, quarta-feira
Horário : 22h (horário de Brasília)
Árbitro : Wilton Pereira Sampaio
Assistentes : Altemir Hausmann e Rafael da Silva Alves
Cartões amarelos : Jhon Cley, Nílton, Douglas, Felipe e Alecsandro (VAS); Wellington (PAL)
GOLS
VASCO: Tenório, aos 29 minutos do primeiro tempo; Nílton, aos 6, e Juninho Pernambucano, aos 26 minutos do segundo tempo
PALMEIRAS: Luan, aos 23 minutos do primeiro tempo 
VASCO : Fernando Prass; Max (Luan), Douglas, Dedé e William Matheus; Nílton, Wendel, Juninho Pernambucano e Jhon Cley (Felipe); Tenório e Alecsandro (Éder Luís)  Técnico : Gaúcho
PALMEIRAS : Bruno; Artur, Wellington, Maurício Ramos e Juninho; Henrique, Corrêa, Tiago Real (Vinícius) e Valdivia; Luan (Betinho) e Barcos (Obina)  Técnico : Luiz Felipe Scolari