O técnico Dorival Júnior terá dez dias para tentar melhorar a equipe, além de torcer para a diretoria conseguir resolver neste período a permanência de Carlos Alberto. O Vasco só volta a campo no sábado da próxima semana, dia 11 de julho, quando recebe a Ponte Preta, às 16h10m, em São Januário. No mesmo dia e horário, o Bragantino enfrenta o Vila Nova-GO no Marcelo Stefani, em Bragança Paulista.
Três minutos, dois sustos para a torcida cruzmaltina
A partida não começou bem para os donos da casa. Logo com um minuto de jogo, o lateral-esquerdo Ramon caiu de mau jeito e deixou o gramado com uma luxação no ombro direito, sendo substituído por Rafael Morisco. Aos três, Léo Lima perdeu bola no meio-campo para Léo Jaime, que avançou pela direira e cruzou para Bill. O artilheiro do Bragantino, sozinho na pequena área, perdeu chance inacreditável. Trocou o pé esquerdo pelo direito na conclusão, e a bola foi para fora.
O Vasco tinha dificuldades para furar a retranca da equipe paulista, o que Robinho tentou aos 12 e 13 minutos, mas os chutes não foram bons. Vendo que o time não se encontrava, a torcida, que estendera antes da partida uma faixa com os dizeres "Pela grandeza do Vasco, Série B é obrigação", passou a vaiar alguns jogadores. Paulo Sérgio, Nilton e, principalmente, Léo Lima eram os mais visados.
A arquibancada só acordou aos 22. Carlos Alberto fez boa jogada pela esquerda, cruzou para o meio da área e Nilton, um dos perseguidos, pegou de primeira. A zaga salvou em cima da linha. Foi pouco, e os passes errados deixavam os torcedores ainda mais irritados. O único resquício de talento vinha dos pés do capitão, cuja reapresentação ao Werder Bremen, da Alemanha, está marcada para esta quarta-feira. Aos 33, após jogada individual, Carlos Alberto arriscou de fora da áera, e a bola saiu rasteira, rente à trave direita, levando muito perigo a Gilvan.
Cinco minutos depois, Paulo Sérgio cobrou escanteio na cabeça de Titi, que concluiu bem, mas o goleiro adversário espalmou a escanteio. Novamente, foi muito pouco. A melhor oportunidade na primeira etapa havia sido dos visitantes, e os jogadores vascaínos deixaram o campo sob vaias dos torcedores - Léo Lima, por sua vez, não precisou de muito tempo para ser o principal alvo dos protestos.
Reunião no meio-campo e mudanças ofensivas
Dorival Júnior, que já havia demonstrada irritação nos minutos finais do primeiro tempo, tornou o time mais ofensivo ao trocar um volante por um atacante: Nilton saiu para a entrada de Alan Kardec. E antes de a bola rolar, Carlos Alberto reuniu os jogadores no meio-campo como se fosse uma corrente positiva, mas o início não foi animador. Apesar de mais posse de bola e presença no campo do adversário, o Vasco continuava errando muito e proporcionando contra-ataques. Aos dois minutos, após bate-rebate na área, a bola sobrou limpa para Carlos Alberto, mas o camisa 19 chutou bisonhamente para fora.
Aos quatro, um novo erro no meio-campo provocou calafrios nos vascaínos. Bill partiu sem marcação, entrou na área e driblou Titi, que caiu e cortou a bola com a mão. Pênalti não marcado por Carlos Augênio Simon, que mandou a jogada seguir, e Vilson, na tentativa de afastar o perigo, quase perdeu a bola na meia-lua. A baixa qualidade técnica tomou conta da partida durante oito minutos, período em que os dois times se revezaram nos erros de passe e jogadas sem sequência. Aos 12, Robinho tabelou com Carlos Alberto, recebeu pela direita e foi à linha de fundo, mas o cruzamento saiu por trás do gol.
No desespero, o técnico do Vasco resolver mandar o time ainda mais para frente, colocando Philippe Coutinho no lugar de Léo Lima, que dividiu a torcida: metade o vaiou bastante, a outra aplaudiu a entrada do jovem meia-atacante. No entanto, a saída do meio uniu todos no estádio, que passaram a gritar o nome do clube. Mais solto e leve em campo, o anfitrião partiu para cima e criou cinco boas chances em pouco tempo. Aos 20, Gilvan fez ótima defesa em cobrança de falta de Rafael Morisco, e no minuto seguinte Alex Teixeira mandou à direita do gol do
Bragantino, com muito perigo. Aos 24, Robinho arriscou mais uma, e o goleiro adversário pegou com segurança. Aos 26, Carlos Alberto deu excelente passe para Alex Teixeira, que emendou de esquerda. Gilvan fez grande defesa. Na sequência, Phillipe Coutinho pegou de primeira, da entrada da área, e o camisa 1 novamente apareceu bem.
Gilvan, o nome do jogo
Acuado, o Bragantino tentava aproveitar os espaços deixados pelo Vasco para chegar ao ataque, mas passou a ter mais preocupações defensivas. A blitz vascaína era formada por nada menos que cinco jogadores: Carlos Alberto, Alex Teixeira, Alan kardec, Phillipe Coutinho e Robinho. Aos 30, em nova cobrança de falta, Rafael Morisco deu novo susto no adversário, mas a bola foi para fora. Aos 39, Paulo Sérgio cruzou da direita, e Alan Kardec cabeceou com consciência no lado esquerda. Gilvan fez defesa simplesmente espetacular, espalmando na trave. No contra-ataque, quase o castigo. Com o gol vazio, Léo Jaime apenas completou, mas Ramon apareceu para salvar de carrinho.
Faltando cinco minutos para o fim do tempo regulamentar, os donos da casa deram sinais de cansaço e diminuiram o ritmo. Foi a vez de o adversário pressionar, o que levou à expulsão de Amaral aos 42, ao impedir que Bill entrasse livre na área. Àquela altura, a torcida vascaína já cantava "Vergonha, time sem vergonha", mas prendeu a respiração aos 44 minutos, quando Fernando Prass espalmou a escanteio chute de Diego Macedo. E o fim do jogo foi marcado por vaias e protestos, com jogadores de cabeça baixa e torcida revoltada.
30/06/2009 - (GloboEsporte.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se a vontade para comentar