Os vascaínos somam 29 pontos, três a menos que o Atlético-GO. Para os gaúchos, uma derrota com sérias consequências. Com os resultados da 15ª rodada, o grupo do técnico Ivo Wortmann fica com 16 pontos, em 18º, na zona do rebaixamento. Na próxima rodada, o Ju encara a Ponte Preta, terça-feira, em Campinas. No sábado seguinte, o Vasco recebe o lanterna Campinense, em São Januário.
Homenagem para Dorival
Antes da partida, a diretoria do Juventude homenageou o técnico Dorival Júnior. Titular do time que conquistou o título da Série B em 1994, Dorival ganhou das mãos de Ivo Wortmann, atual técnico do clube gaúcho, uma placa comemorativa aos 15 anos do título.
Vasco dita o ritmo e abre vantagem
Motivados pela combinação de resultados favorável desta sexta-feira (derrotas de Figueirense, Portuguesa e Guarani), os vascaínos tomaram a iniciativa do jogo e procuraram ditar o ritmo no Alfredo Jaconi. O lado esquerdo foi o escolhido para as investidas ofensivas e deram resultado quase imediato. Aos três, o lateral Ramon disputou corrida com a zaga gaúcha, perdeu o equilíbrio dentro da área, e o árbitro Wilson Luis Seneme assinalou pênalti. O lance gerou uma enorme reclamação dos jogadores do Ju, em vão. Carlos Alberto cobrou com categoria e abriu o placar, segundo gol do capitão na Série B.
Não que a vatangem tenha feito mal ao Vasco, mas a equipe abdicou do ataque e chamou o Juventude para seu campo. Com vontade, porém desorganizados, os donos da casa erravam principalmente aquele último toque. Aos 14, Zezinho, de apenas 17 anos, mas com camisa 10 nas costas e jeito de futuro craque, avançou pela direita, cortou para o meio da área e bateu com a canhotinha habilidosa. Fernando Prass espalmou para a linha da fundo.
Com medo de ser surpreendido, Dorival Júnior insistia para que o Vasco não recuasse, mas sim tocasse a bola e saísse para o jogo. Só aos 20 minutos o time seguiu a orientação. Carlos Alberto teve liberdade para tabelar com Elton na entrada da área, recebeu de volta redondinha para bater de direita, com efeito, e assustar Juninho. Um pouco mais atrás, um minuto depois, Souza olhou para a meta duas vezes e disparou a 104 Km/h. O goleiro Juninho, velho conhecido da torcida do Atlético-MG, caiu totalmente sem jeito e aceitou o segundo dos vascaínos.
Novo gol, nova pausa cruzmaltina, e ânimo para o Juventude. Sem sucesso na articulação das jogadas, os comandados de Ivo Wortmann passaram a apostar na bola parada. A primeira foi uma cobrança de falta para a área em diagonal. Aos 28, a zaga carioca parou, e Zezinho ficou livre para completar. A conclusão de carrinho com a perna direita não saiu legal e foi pela linha de fundo. A oportunidade seguinte veio após um escanteio, aos 34. Fernando Prass saiu muito mal, a bola ficou viva, mas ninguém do Juventude conseguiu empurrar para a rede.
Disparado o melhor jogador dos gaúchos no primeiro tempo, Zezinho não poderia ir para o vestiário sem ajudar a equipe. Pelo lado esquerdo do ataque, o garoto passou lotado por Nilton, invadiu a área e recebeu uma trombada de Vilson. Pênalti claro que Mendes bateu, com paradinha como sempre, para diminuir e fazer a etapa final prometer: 2 a 1.
Ju se anima, e Vasco se segura
Os dois times voltaram para o segundo tempo com uma mudança. Dorival Júnior lançou o atacante Adriano no lugar do volante Paulinho, que estava improvisado na lateral direita, e recuou o meia-atacante Alex Teixeira para o setor. No Ju, Ivo Wortmann trocou o zagueiro Xavier, machucado, por Nenê. E foi exatamente o defensor que, depois de quase dez minutos de pouco futebol, acertou a trave vascaína em cabeçada perigosa, aos nove. Após cobrança de falta para a área, o goleiro Fernando Prass, em tarde pouco inspirada nas saídas de gol, passou em branco e só torceu para a bola não entrar.
Muito bem marcado pelo volante Amaral, o meia Zezinho já não conseguia criar. O camisa 10 do Ju só apareceu aos 22 minutos. Ele cobrou escanteio, o zagueiro Allyson escorou de cabeça, o atacante Mendes usou a mão para tentar marcar, Fernando Prass fez a defesa. No rebote, Da Silva tentou concluir, mas o goleirão afastou o perigo pela segunda vez com um tapa.
A aposta de Dorival Júnior de jogar nos contra-ataques não funcionou, principalmente porque Carlos Alberto caiu de produção. Sob pressão, o Vasco não conseguia aproveitar os espaços deixados pelo Juventude na defesa. A oportunidade mais clara para os visitantes na etapa final surgiu aos 35. Carlos Alberto puxou o ataque com velocidade, achou Adriano na ponta esquerda, mas o atacante bateu em cima da zaga alviverde. Era a chance de matar o jogo.
Adriano ainda teve três chances claríssimas de fazer o terceiro, mas também faltou sorte. Aos 41, ele ficou na cara de Juninho, ajeitou o corpo, bateu colocado, mas acertou a trave. No rebote, chutou de perna esquerda, mas Bruno apareceu para cortar sobre a linha. Aos 49, encarou a marcação, bateu cruzado, rasteiro e com força, e parou outra vez no poste. Não era dia de gol de Adriano, mas a tarde era do novo vice-líder Vasco.
Fonte: globoesporte.globo.com
Sabia que o Vasco ia ganhar esse jogo. O Juventude é muito ruim. Foram três pontos importantes e o time ganha mais confiança e tranquilidade para as próximas partidas.
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