Assim como sugere o samba da Mangueira de 2002, que deu o último título à escola verde e rosa, a torcida vascaína tem tudo para invadir o Nordeste no próximo sábado para a partida contra o Fortaleza, na capital cearense. Dependente de uma pequena combinação de placares, o jogo pode sacramentar a volta à elite do futebol brasileiro.
Apesar de o Fortaleza ter posto à venda apenas 25 mil ingressos, sendo ínfimos cinco mil para as cadeiras inferiores, setor que os cruzmaltinos ficarão, a diretoria do Vasco já contactou o rival para aumentar essa carga, uma vez que a mobilização é grande não só entre torcedores que partirão do Rio, mas também dos que seguem de diversos locais do Norte e Nordeste.
– Contra o Ceará, tínhamos cerca de quatro mil vascaínos. Mas agora o jogo tem muito mais apelo. Consegui falar com o gerente de futebol do Fortaleza, Sérgio Papelim, e ele disse que, se tivermos a necessidade de mais ingressos, o Fortaleza nos disponibilizará mais espaço no Castelão – enfatizou Rodrigo Caetano, diretor-executivo de futebol do Vasco.
Integrante da organizada Coração Cruzmaltino, facção local, o torcedor Jefferson Andrade, de 28 anos, revelou que algumas pessoas já acionaram o Procon por conta de outro problema: os preços dos ingressos. Eles custarão só R$ 5 para os tricolores, que querem apoio para escapar da queda, e R$ 30 para os vascaínos.
– É uma vergonha! E nós é que vamos dar mais renda. Mas precisamos de mais ingressos – reclamou.
Se o pessoal de Jefferson forma apenas um pequeno grupo de torcedores independentes, a principal facção organizada do clube, a Força Jovem, terá ao menos oito ônibus saindo de capitais ao redor do Ceará. Sem contar com as outras centenas – ainda não definidas – que vão deixar o Rio de ônibus e avião.
Com acesso antecipado ou não, algo é certo: o Castelão será pequeno..(lancenet.com.br)
Vasco - Carlos Alberto sem medo de ser feliz
Para muitos, aceitar disputar a Série B do Brasileiro era um sinal de franca decadência. Mas Carlos Alberto hoje refaz os rumos de sua história, exatamente como o Vasco. Jovem que, de tão falado e rodado, parece um veterano, aos 24 anos, ele assumiu a patente de capitão de uma nau que, há meses, estava à deriva. "Sou feliz no Vasco. Com 10 dias de pré-temporada, já tinha a certeza de que havia feito a escolha certa", afirmou.
Há cinco anos, seria algo impensável ver Carlos Alberto, campeão mundial e da Liga dos Campeões pelo Porto, em 2004, na Série B. Recentemente, Carlos Alberto foi citado pelo técnico da Inter de Milão, José Mourinho, como exemplo de jovem talentoso, que se perdeu precocemente. "Nem sei onde ele joga", afirmou o treinador.
"Faz tempo que não tenho contato com ele. Pelo visto, não sabe como estou feliz aqui no Vasco", disse o apoiador.
Sob ameaça de rebaixamento à Série C, o Fortaleza não quer fazer do Castelão o salão de festa para retorno do Vasco à Primeira Divisão. A a diretoria pôs apenas 43% da capacidade do estádio (58.300 bilhetes) à venda. E subiu para R$ 30 o preço dos cinco mil ingressos destinados ao setor vascaíno, seis vezes mais caro do que os destinados à torcida do Fortaleza (R$ 5). (Agência Globo)
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