A lesão sofrida por Carlos Alberto na véspera do jogo contra o Fluminense teve tempo de ser curada até o clássico com o Botafogo. O jogador do Vasco deixou o campo desolado com a derrota de ontem e negou que a contusão tenha o levado a jogar no sacrifício.
“Dei meu máximo, me entreguei muito em campo, mas infelizmente não deu. Não quero falar se a minha lesão me atrapalhou, porque pra mim isso é página virada”, disse o jogador, que preferiu destacar a luta do time, mesmo sabendo que o futebol costuma pregar peças.
“Gostaria muito de falar de vitória, mas no futebol eu aprendi que as coisas são assim. Só os fortes vão sobreviver”, ensina Carlos Alberto.
Para o apoiador, o Vasco jogou melhor e dominou boa parte do jogo, porém as finalizações não aconteciam.
“Criamos muito e a bola não entrou. Tem dias que são assim”, lamentou o jogador, que nesse momento de dificuldade diz que é importante preservar os jogadores mais jovens. “Temos que dar suporte aos mais jovens e aprender com esse resultado”, afirmou.
Para muitos, incluindo o técnico Vágner Mancini, as expulsões de Nilton, principalmente, e também de Titi foram determinantes para a derrota de ontem. No entanto, como capitão, Carlos Alberto preferiu não crucificar os companheiros.
Pelo contrário, o camisa 19 quis enaltecer a coragem do grupo e garantiu que ao longo da semana, se necessário, vai cobrar um ou outro que não tenha rendido seu máximo.
“O que aconteceu de ruim a gente cobra ao longo da semana. Temos que buscar força na família, em Deus, e nos amigos do clube. Aprendi que no futebol não tem tempo para sofrer. A Taça Rio já está aí”.
Agora, o Vasco volta suas atenções para a partida de volta contra o Souza (PB), pela Copa do Brasil, em São Januário.
“A derrota que sempre dói. Mas o atleta tem que assimilar rapidamente”, disse o técnico Vagner Mancini. (O Dia)
Atuações - Botafogo
6 > Jefferson. Mostrou segurança sempre que foi acionado.
6,5 > Alessandro. Não foi eficiente no apoio, mas simbolizou a garra da equipe alvinegra no segundo tempo, vibrando a cada bola roubada.
6 > Wellington. O substituto de Antônio Carlos jogou com simplicidade e segurança. E teve sua tarefa facilitada pela omissão total de Dodô.
7 > Fábio Ferreira. Teve problemas com as subidas de Philippe Coutinho mas acabou sendo herói do título com o gol de cabeça, o primeiro do Botafogo no jogo.
6 > Marcelo Cordeiro. Errou boa parte dos cruzamentos para a área, mas jamais se omitiu do jogo e foi importante no apoio no fim.
6,5 > Leandro Guerreiro. No início vigiou Dodô, mas logo percebeu que poderia também sair para o jogo. Mostrou a garra de sempre.
6 > Fahel. O criticado volante jogou com personalidade.
5,5 > Eduardo. Aplicado, só falhou ao tentar um lençol na área alvinegra, sendo repreendido pelos companheiros.
5 > Lucio Flavio. O capitão alvinegro fez alguns bons lançamentos, mas sem brilho.
7 > Caio entrou e, mais uma vez, deu novo ritmo à equipe. Foi brutalmente caçado em campo. Nilton foi expulso por agredi-lo e Titi levou amarelo.
7,5 > Loco Abreu. Pouco acionado no primeiro tempo, sempre preocupou a defesa vascaína nas bolas altas. De tanto insistir, sofreu o pênalti e cobrou com perfeição.
5 > Herrera. Muito esforço e pouca precisão. Sem nota > Renato Cajá entrou no fim.
10 > Joel Santana. Tem estrela, sim. Mas seu maior mérito foi fazer um time limitadíssimo e fragilizado pelos 6 a 0 do turno acreditar na sua capacidade e ser campeão.
Atuações - Vasco
4,5 > Fernando Prass. Falhou ao sair em falso no lance do gol de Fábio Ferreira, que abriu caminho para o título alvinegro.
4 > Élder Granja. Pouco acrescentou no apoio e, num cochilo seu, Herrera ficou cara a cara com Prass.
4,5 > Fernando. Um bom primeiro tempo. No segundo, abusou das faltas e ficou exposto com a expulsão de Titi.
1 > Titi. Mostrou toda sua truculência e sepultou as chances vascaínas. Primeiro agrediu Caio, o que lhe valeu um cartão amarelo. Pouco depois, puxou Loco Abreu na área, fazendo pênalti e sendo expulso.
4 > Márcio Careca. Atuação apagada, quase sem ser notado no apoio ao ataque.
0 > Nilton. Deu uma entrada criminosa em Caio e foi expulso no momento em que o Vasco mais precisava de tranquilidade.
5 > Souza. Mostrou habilidade, mas foi muito lento na saída de bola para o ataque.
4,5 > Rafael Carioca entrou para dar mais liberdade a Magno, mas, com as expulsões, terminou improvisado na zaga.
4 > Léo Gago. Burocrático, limitou-se a marcar.
5 > Magno. Deu novo ritmo ao meio-campo, mas foi sacrificado após a expulsão de Nilton.
2 > Rodrigo Pimpão. Na única jogada que fez, tentou um cruzamento de letra bisonho.
6 > Carlos Alberto. O capitão não foi brilhante, mas lutou e arriscou bons chutes.
Sem nota. > Dodô. Foi tão omisso nos 90 minutos em campo que nem sequer merece ter sua atuação avaliada.
7 > Philippe Coutinho. O único lampejo de talento no ataque. Se abateu com as duas expulsões no time.
5 > Vágner Mancini. Escalou seu time para jogar ofensivamente, ainda tentou uma cartada com Magno, mas viu seus planos ruírem com as expulsões de Nilton e Titi.
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