Na próxima rodada, o Palmeiras, que agora soma quatro pontos na competição, recebe o Grêmio no Palestra Itália, enquanto o Vasco, que tem um ponto ganho, vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, domingo.
Desde o primeiro minuto o Vasco mostrou autoridade, se impondo e pressionando o Palmeiras em seu campo defensivo. Com boa movimentação do atacante Caíque e do meia Philippe Coutinho, a equipe da casa dominava a partida, mas tinha dificuldades no momento de concluir a gol. Até pareceu se estimular com os protestos de torcedores, que gritavam: "Queremos jogador."
Fechado na frente de sua área com dois zagueiros, dois laterais recuados e três volantes, o Palmeiras criou uma barreira quase intransponível para o Vasco chegar pelo meio. Nas alas, a única opção era Ramon, já que o volante Jumar, improvisado, pouco avançava pela direita. Assim, o time cruzmaltino quase sempre optou por arriscar chutes de fora.
Com sua marcação bem adiantada, o Vasco levava perigo, como aos 32 minutos, quando Caíque, de frente para o gol, não conseguiu completar um cruzamento de Elton. No entanto, muitas vezes mostrava-se vulnerável aos contra-ataques, e foi assim que o Palmeiras criou sua melhor chance, aos 36. Márcio Araújo recebeu na grande área, dividiu com Fernando Prass e caiu, mas o árbitro não assinalou pênalti.
Perdida, a defesa do Palmeiras literalmente se chocava. Num lance, Marcos e Cleiton Xavier deram um encontrão dentro de sua área, mas Souza não conseguiu aproveitar a oportunidade, chutando para fora. O goleiro palmeirense, que passou os primeiros 45 minutos gesticulando muito com sua defesa, levou um susto pouco antes do intervaldo, quando Elton acertou uma bicicleta para fora.
O Vasco voltou para o segundo tempo ainda melhor do que o Palmeiras. No entanto, os muitos erros de passe foram, aos poucos, aumentando a confiança da equipe paulista, que passou a se arriscar mais ao ataque e equilibrar a partida. Assim, não demorou muito para o apoio da arquibancada que até então empurrava a equipe se transformasse em protestos.
Ao ser substituído, Nilton chegou a bater boca com alguns torcedores nas sociais de São Januário. Em seguida, o estádio gritou "Fora, Gaúcho!", pedindo a saída do treinador. E logo depois de Caíque chutar bisonhamente uma bola que mirava o gol mas saiu pela lateral, uma parte da torcida criticou o presidente Roberto Dinamite.
O desânimo dos torcedores vascaínos passou para dentro de campo. Com o passar do tempo, o Palmeiras ganhou confiança e equilibrou a partida, embora com dificuldades no momento de concluir. Em compensação, o time da casa mostrou-se nervoso e sem conseguir articular jogadas. Assim, terminou a partida sob vaias.
Ficha técnica:
Fernando Prass, Jumar, Thiago Martinelli, Dedé e Ramon; Nilton (Rafael Carioca), Léo Gago, Souza (Magno) e Philippe Coutinho; Caíque (Rafael Coelho) e Elton. | Marcos, Vítor, Edinho, Léo e Armero; Pierre, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Cleiton Xavier; Ewerthon (Bruno Paulo) e Robert (Marquinhos). |
Técnico: Gaúcho. | Técnico: Antônio Carlos Zago. |
Cartões amarelos: Nilton, Jumar (Vasco); Armero, Bruno Paulo (Palmeiras). Público: 8.765 pagantes (11.236 presentes). Renda: R$ 177.180. | |
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ). Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF). Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Renato Miguel Vieira (DF). |
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