Vasco. Boa fase faz torcida confiar em vitória sobre o líder

Se a conquista da Série B no ano passado representou uma reconciliação do time do Vasco com sua torcida, e os maus resultados do primeiro semestre deste ano abalaram a relação, a atual boa fase e o clássico de domingo contra o líder Fluminense deixaram o discurso mais afinado do que nunca entre a arquibancada e os que vestem a camisa em campo.

Carlos Alberto no jogo-treino do Vasco
(Foto: Agência Photocâmera)

Com a confiança em alta após duas vitórias e a série invicta, a torcida fazia filas ontem em São Januário atrás de ingressos para aquele que é visto como um jogo decisivo para as pretensões do Vasco. Até ontem, já tinham sido vendidas 21.430 entradas.

“Se ganharmos, mostramos que podemos bater de frente com qualquer um”, resumiu o fisioterapeuta Patrick Pessoa, que passou a tarde de folga na fila.

Do lado de dentro de São Januário, as palavras do capitão Carlos Alberto mostravam sintonia com o torcedor. “Vencer o líder aumenta a confiança. Mostra que podemos ir mais longe”, afirmou o camisa 19, que descartou favoritismo do time-sensação do campeonato. “É um clássico, não tem isso. Se fosse o Vasco na liderança, eu não ia gostar se eles jogassem a pressão para cá”.

Suspenso contra o Prudente, Carlos Alberto assistiu a uma boa exibição vascaína, com o ataque formado por Zé Roberto e Éder Luís. Como o técnico PC Gusmão dificilmente abrirá mão de seus três volantes, o meia pode ir para o banco de reservas. PC deve escolher entre ele e Éder Luís.

“Estou tranquilo, não é demérito ficar (no banco). Se começar jogando, muito melhor. Se não, vou colaborar entrando meia hora, cinco minutos ou nada”, disse Carlos Alberto, que, quando vestiu a camisa do Porto, atuou ao lado de Deco.

“A convivência com ele foi muito boa. Foi o cara com quem eu mais aprendi no futebol. Agora, vai rolar cordialidade antes do jogo. Mas quando a bola rolar, alguém vai sangrar”. (Agência Globo)