16 de fevereiro de 2012
Vasco tentará acordo com Bernardo para evitar rescisão e prejuízo de R$ 3,5 mi
Após a vitória por 3 a 0 sobre o Volta Redonda, a diretoria do Vasco iniciou as conversas para convencer Bernardo a não levar o processo contra o clube à frente. Aníbal Rouxinol, vice-presidente jurídico, e Roberto Dinamite, presidente, voltarão a se reunir com o meia nesta quinta-feira em São Januário, em mais uma etapa da negociação. Em dezembro de 2011, o Vasco fez valer a cláusula de compra e investiu R$ 3,5 milhões no jogador. O clube pretende costurar um acordo e assegurar todos os pagamentos ao atleta. O objetivo é evitar perder os direitos do camisa 31.
Caso Bernardo dê continuidade ao processo na Justiça, o dinheiro gasto pelo Vasco com o atleta será perdido. O diretor executivo, Daniel Freitas, assegurou que a decisão do meia em entrar com um pedido para se desligar do clube surpreendeu a todos. O jogador tem contrato com o Vasco até 31 de dezembro de 2015.
"Temos vivido situação de atraso nos últimos meses, conseguimos pagar um mês, mas ainda não quitamos tudo com os atletas. Ele, como é jovem, pode ter sentido uma pressão maior do que os mais experientes. Imaginamos que nesta quinta pela manhã tenhamos uma evolução positiva nessa situação. Não esperávamos essa atitude. Achamos que não é o melhor caminho para resolver os problemas. Fomos surpreendidos com essa atitude mais radical do atleta. Foi feito um investimento pesado para a aquisição do jogador. Estamos confiantes na possibilidade de reverter essa situação", disse.
A escolha de Bernardo em entrar na Justiça ainda não é confirmada oficialmente pelo Vasco, que espera uma notificação. O vice-presidente jurídico, Aníbal Rouxinol, evita entrar em conflito com o meia e acredita na possibilidade de que a situação possa ser resolvida amigavelmente.
"É um ótimo garoto. Se isso aconteceu, acho que foi alguém que o levou para o caminho errado. Bernardo não confirmou nada ao Daniel. Poderia estar acontecendo em nível de família ou empresário. Se aconteceu, foi ato repentino e tem como reverter. Ele é ídolo, gosta do Vasco. No fim do ano passado, pediu para ficar no Vasco", afirmou.
O clube encontra problemas para receber o dinheiro de seu patrocínio com a estatal Eletrobrás. Para receber os valores acordados, o Vasco não pode ter nenhum tipo de dívida, o que não ocorre atualmente. Desta forma, o cruzmaltino precisa entrar na Justiça sob a alegação de que todo trabalhador tem o direito de ser remunerado.
Os salários atrasados não são uma novidade no Gigante da Colina, que foi campeão da Copa do Brasil em 2011 sem estar com seus vencimentos em dia. Em janeiro deste ano, no entanto, os jogadores se rebelaram e decidiram não se concentrar devido a dívidas (13º, dezembro e entre três e quatro meses de direito de imagem). Na última semana, o 13º salário de atletas e funcionários do clube foram quitados. A diretoria promete acertar o restante, ou grande parte, nesta quinta-feira.
Fonte: UOL Esporte
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