Talvez o Vasco seja o clube que mais tem comemorado as três semanas livres consecutivas - sem jogos no meio de semana – no Campeonato Brasileiro. Fisiologistas, preparadores e fisioterapeutas fizeram um levantamento e constataram oito jogadores do elenco com déficit físico. Eles já precisavam de uma parada emergencial com o objetivo de recuperar a forma para a reta final da temporada. Auremir, Carlos Alberto, Douglas, Eder Luis, Felipe, Juninho, Nilton e Tenorio recebem uma atenção especial da comissão técnica desde a última terça-feira.
Auremir e Douglas estão lesionados e ainda não possuem um prazo concreto para a recuperação. Tenorio carece de cuidados especiais devido ao processo cirúrgico que passou para a reconstrução do tendão calcâneo do pé direito. Os demais estão desgastados pela maratona de jogos e até lesões musculares no decorrer do ano. Apesar dos 37 anos, Juninho é visto pelos profissionais como o atleta com a melhor condição física.
O trabalho será individualizado. Potência, força e recuperação física são os objetivos. Não está descartado que um ou outro jogador pare de treinar durante alguns dias. A definição só ocorrerá ao término das avaliações realizadas pela fisiologia. O Vasco enfrenta a Ponte Preta (23/09), o Figueirense (29/09) e o Atlético-GO (06/10). A equipe volta a atuar no meio da semana contra o São Paulo (10/10). Em 20 dias, o Cruzmaltino só jogará três vezes. Tempo comemorado por todos na Colina histórica.
Além da recuperação dos companheiros, o goleiro Fernando Prass salientou a importância da parada para conhecer melhor o trabalho do técnico Marcelo Oliveira. Recém-chegado, o treinador ainda irá completar uma semana no comando do elenco.
“Estávamos precisando disso mesmo antes da chegada do treinador. Praticamente, o Vasco só estava jogando e recuperando. Não tínhamos tempo de fazer quase nada. Acho que é excepcional para trabalharmos e entendermos um pouco mais as ideias do Marcelo Oliveira. Vamos recuperar os jogadores que estão com alguns problemas. São muitos jogos de três em três dias. Agora vamos aprimorar a parte física através dos trabalhos específicos. É essencial para o Vasco. Podemos vislumbrar uma crescente na competição”, afirmou.
Por fim, Fernando Prass lembrou que as conversas entre técnico e jogadores serão essenciais nas três semanas livres que se apresentam pela frente. “É importante a conversa para deixar bem claro o trabalho. Antes que dê algum problema, que alguém seja cobrado, é bom colocar tudo em pratos limpos. Só o Vasco tem a ganhar com tudo isso”, encerrou.
VASCO RECEBE CAMINHÃO-PIPA E GERA CONSTRANGIMENTO EM TREINAMENTO
A dívida no valor de R$ 1.336.230,19 com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) causou constrangimento durante o treinamento do Vasco na tarde desta terça-feira, em São Januário.
O Cruzmaltino está sem água desde a última quinta-feira. Para diminuir os danos, o clube contratou um caminhão-pipa. São quatro viagens, suficientes para armazenar 60 mil litros de água – consumo diário em São Januário. No entanto, durante toda a tarde a sede esteve sem água nos banheiros, bares e restaurantes. Garrafas de água mineral foram usadas em demasia pelos funcionários.
Apesar da repercussão negativa, o clube só pretende se pronunciar oficialmente na próxima quarta-feira. A diretoria se reuniu durante a tarde e tem novo encontro marcado para a noite. O departamento jurídico não reconhece a dívida com a Cedae e entrou com mandado de segurança para exigir que a empresa volte a fornecer água ao clube o quanto antes.
“Não temos o que falar agora. O clube vai se pronunciar na hora certa. Amanhã, vocês [imprensa] terão a nossa opinião para divulgar e passar aos torcedores”, afirmou Aníbal Rouxinol, vice-presidente jurídico do Gigante da Colina.
Por sua vez, a Cedae lembrou que propôs um acordo de parcelamento da dívida com o Vasco, que não o cumpriu. A empresa ressaltou que negociou com outros clubes do Rio de Janeiro. O comunicado do corte foi emitido 30 dias antes, como pede a lei.
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