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18 de dezembro de 2011

Carlos Germano: 'nosso time vai dar trabalho em 2012'


Capixaba Carlos Germano manda recado: 'nosso time vai dar trabalho em 2012'
Carlos Germano avalia o ano como positivo e confia na força do elenco para a nova temporada

Goleiro do Vasco em uma das épocas mais vitoriosas do clube, Carlos Germano é praticamente uma unanimidade em São Januário. Campeão brasileiro em 1997 e da Libertadores em 98, o capixaba vive um "flashback" com o ano de conquistas e boas atuações da equipe vascaína.


Como preparador de goleiros, Carlos Germano acompanhou de perto os últimos grandes acontecimentos do clube, desde a queda para a Série B, em 2008, até o título da Copa do Brasil este ano, acompanhado das excelentes campanhas no Brasileirão e na Sul-Americana.

De férias após o fim da temporada, Germano conversou com o GAZETA ESPORTES e falou sobre o ano de 2011, o futuro da equipe, a volta dos grandes ídolos, até o drama vivido pelo treinador do clube, Ricardo Gomes, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

2011

"Acho que o Vasco fechou o ano bem. Tivemos um início de ano muito ruim no Carioca, mas o resto foi maravilhoso. Passamos a temporada toda disputando títulos e, independente da conquista, o nosso ano foi bom".

Copa do Brasil

"Desde a chegada do Roberto (Dinamite, presidente do clube), o Vasco melhorou bastante. Estamos conseguindo resgatar a identidade do clube, estamos fazendo com que os vascaínos sintam orgulho de torcer para esse time. Em relação ao título, eu acredito que é sempre muito importante, principalmente para os jogadores. Falo para eles (jogadores) que é sempre bom vencer porque é dessa forma que você fica marcado na história de um clube... E agora eles estão marcados".


Geração vitoriosa

"Juninho e Felipe são extremamente importantes para este grupo. Desde quando eles chegaram, o Vasco está brigando por títulos. Sempre falo para os mais novos que eles estão tendo uma oportunidade de ouro. É muita sorte jogar com esses caras porque são diferenciados. Eu, claro, procuro ajudar de outra forma: com reunião, com conversas".

Vasco em 2012

"Acho que nós já temos um grupo bom, vencedor, que pode dar trabalho em 2012. Em relação aos reforços, sempre acho que é válido contratar, mas isso é com o Ricardo (Gomes) e o Cristóvão (Borges). O mais importante, para mim, é a preparação, que é curta e precisa ser bem feita. Tivemos muitos jogos este ano e sofremos um pouco com o desgaste no final".

Fernando Prass

"Fernando é como se fosse meu irmão mais novo. Tenho um carinho muito grande por ele. Ele é um cara tranquilo, trabalhador, tudo o que a gente pede é bem aceito por ele".

Ricardo Gomes

"O acidente com o Ricardo foi um baque muito grande. No começo, ficamos apreensivos com relação ao próprio grupo, como os jogadores iriam reagir, porque isso poderia abalar todo um trabalho que estava sendo feito. Mas, felizmente, isso só fortaleceu o grupo. Lembro que, no dia do acidente, Ricardo e eu estávamos conversando sobre o futuro dos filhos, educação... Aí, de repente, na hora do jogo, ele teve aquele problema. Foi difícil, mas conseguimos superar. O pessoal aceitou muito bem o Cristóvão, que é um cara bom e o trabalho seguiu".

Dedé
"Em 2009, a gente jogou contra ele. Ele formava dupla de zaga com o Júnior Baiano. Quando chegou ao Vasco, ficou treinando sozinho por muito tempo, praticamente não entrava nos coletivos. Aí, ano passado, quando estava quase sendo dispensado, ele começou a ter oportunidades com o PC Gusmão, que disse que queria contar com ele. Então, ele começou a jogar, começou a cair nas graças da galera e virou esse sucesso todo. Ele tem uma coisa que o torcedor gosta muito, que é raça".

Futuro no Vasco

"Por enquanto, eu não penso em mudar. Quero continuar como preparador de goleiros por mais um tempo, porque você aprende bastante. Mas, no futuro quem sabe. Posso optar por ser treinador ou tentar ser presidente do Vasco, como o Roberto (Dinamite), mas isso é num futuro distante ainda. Sei que tenho que escolher um dos dois caminhos".

A Gazeta

9 de agosto de 2008

Agora pode pintar gol de Tiago!


Carlos Germano libera Tiago para cobrar faltas no Vasco
Preparador de goleiros elogia profissionais do clube e diz que tem um projeto para a diretoria na busca por novos atletas para a posição

Carlos Germano voltou ao Vasco na última quinta-feira, como preparador de goleiros do técnico Tita. Pronto para o desafio de melhorar ainda mais o rendimento dos atletas da posição, o ex-jogador tem alguns projetos para tocar em São Januário, inclusive nas categorias de base. O primeiro deles é ajudar Tiago a chegar à seleção brasileira, seja para a Copa do Mundo de 2010 ou após o Mundial, que vai ser disputado na África do Sul.

Em sua primeira entrevista em seu retorno a São Januário, Carlos Germano da felicidade de retornar ao clube que o projetou e o ajudou a disputar uma Copa do Mundo, em 1998, na França.

GLOBOESPORTE.COM: Como você vê esse seu retorno ao Vasco?

CARLOS GERMANO: É o começo. É como se eu tivesse lá embaixo, nas divisões de base, começando uma nova etapa. No profissional, em uma posição diferente. Estou treinando os goleiros do Vasco, em uma situação que só tive lá no Joinville e agora no CFZ, nessa primeira fase da Segunda Divisão. Era uma situação aqui no Vasco que eu já estava esperando, não sei se no profissional, no juvenil, no amador. Mas não esperava que fosse ser tão rápido assim, já que houve uma mudança recente na diretoria do clube e o Roberto ainda está tentando organizar algumas situações. Tudo ainda é novo. Eu já tinha conversado com ele sobre a situação de retornar um dia e ele me pediu paciência. Conversei com ele alguns dias após a posse. Calhou agora, na saída do Lopes, e a vinda do Tita, e o meu nome foi mencionado. É um romance que eu espero que dure, como foi a minha primeira passagem no Vasco durante 15 anos.

O que você acha dos três goleiros do Vasco?

Não tem nenhum segredo e nenhuma novidade. São profissionais que eu já conhecia, o Roberto e o Tiago. O Rafael eu conheci agora. Vi alguns jogos do Vasco em que ele ficou no banco, quando o Tiago não jogava. Não tem mistério. São profissionais e o Vasco está bem servido. É só trabalhar mesmo. Foi o primeiro treino que fiz com os três e vamos manter o trabalho, com uma ou outra situação que aos poucos a gente vai colocando para os jogadores. O negócio aqui no clube é afastar um pouquinho a situação ruim que o clube atravessa no campeonato nacional. Só assim, todo mundo vai ter um pouco mais de tranqüilidade para seguir o trabalho.

Tiago tem qualidade para cobrar as faltas do Vasco. O que você acha disso? Ele está liberado para cobrar?

Acompanhei o Tiago na Portuguesa, na época da Série B, e não é à toa que ele está no Vasco. Ele se destacou, conseguiu mostrar para muita gente que, além de ser um grande goleiro embaixo das balizas, ele tem a possibilidade de ir à frente e ajudar o time em uma cobrança de falta ou em uma penalidade. Se ele vai ou não cobrar faltas e pênaltis, quem vai decidir é o Tita. Por mim, não tem problema nenhum. A minha maior preocupação é colocá-lo em condições de atuar bem dentro do gol. Ele precisa estar bem preparado para fazer sempre boas partidas. Se ele tem essa qualidade, ele precisa treinar mesmo para tentar ajudar nesses lances. É tudo questão de conversar.

Os goleiros do Vasco têm a possibilidade de almejar a seleção brasileira? Atuando pelo clube, você chegou a uma Copa do Mundo.

Em primeiro lugar, eles precisam pensar no Vasco, em fazer um bom trabalho. Pensar no clube em primeiro lugar, mas trabalhar sempre almejando algo mais alto, vôos mais altos, como chegar à seleção brasileira, defender o seu país. São jogadores jovens, que tem mais dez ou 15 anos de carreira pela frente. Eles precisam aproveitar todas as chances que aparecem.

Você tem um projeto para o Vasco. Qual é a sua idéia para o desenvolvimento do clube de São Januário?

Tenho um projeto para o clube desde 2000, quando saí do Vasco. Eu sempre tive o projeto de voltar para treinar os profissionais. Minha idéia é ficar o dia todo no clube para organizar as divisões de base.

Além de você, que ficou muito tempo no clube, o Acácio também foi goleiro do Vasco por muitos anos. O que falta para o Vasco ter novamente um atleta que ocupe a posição por muitos anos?

O Acácio jogou dez anos, eu fiquei outros dez no gol do Vasco. Depois veio o Hélton, que ficou pouco tempo e até poderia ocupar esse espaço. O Fábio também tinha esse perfil, mas jogou no Vasco por apenas duas temporadas. Depois, o Vasco teve o Cássio e o Sílvio Luiz. Agora é a vez do Tiago, que veio de fora. A minha idéia para o futuro é pegar dois ou três garotos das categorias de base e revelarmos grandes profissionais. Assim, o Vasco não vai precisar mais contratar atletas de fora.

O Tiago pode se tornar esse goleiro?

Hoje, o Tiago joga em um grande clube. Quando você joga em um grande clube, as chances aumentam e é difícil a manutenção do atleta quando ele se destaca. Tivemos o Brasileiro, a Copa do Brasil, e o atleta pode se destacar. O Tiago tem tudo para seguir a carreira no clube. Ele é um goleiro que tem capacidade de ficar no clube por muito tempo. Ele tem uma grande importância para o clube, para o time e vamos trabalhar para que ele continue tendo boas atuações.

Você está se sentindo em casa nessa volta, não é?

É sempre muito bom estar aqui. Morei sete anos embaixo da arquibancada de São Januário e joguei nove anos como profissional. O clube cresceu muito nos últimos anos e espero ajudar ainda mais nesse desenvolvimento.

Reportagem selecionada no globoesporte.com



Tita terá ajuda de Edmundo em Salvador
09/08/2008

Rio Com Antônio Lopes, o Vasco vivia uma situação esdrúxula: um astro (Edmundo) não jogava fora de casa, outro (Morais) não jogava dentro. Em seu primeiro dia comandando o Vasco, Tita conseguiu, com franqueza e objetividade, quebrar 50% dessa rotina.

Edmundo pode ter um monte de defeitos, mas não foge da raia. E se colocou à disposição do técnico para jogar contra o Vitória, amanhã, em Salvador, embora sua preferência fosse jogar apenas uma vez por semana. Tita agradeceu.

Já quanto a Morais... Que diferença. Na conversa que teve com o jogador em sua sala, Tita teve de escolher as palavras para não ferir a sensibilidade do meia, que continua abalado pelo aperto que levou de alguns torcedores.

Com muita habilidade, o treinador revelou o que todos em São Januário já sabiam ou desconfiavam: que ele se escondia atrás de uma suposta contusão para não jogar e que sua cabeça está um nó.

"Morais não está machucado. Ele precisa de carinho. Está um pouco triste com tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Pedi uma semana para termos tempo de resolver essa situação. Conto nos dedos os jogadores com características semelhantes às do Morais no futebol brasileiro. Ele vai ser importante para o nosso time", garante Tita.

Por causa do pouco tempo de conhecimento do grupo, Tita deixou para hoje a escalação do time que enfrenta o Vitória no Barradão.

"Conto nos dedos os jogadores com características semelhantes às do Morais no futebol brasileiro"
Tita novo técnico apóia o jogador do Vasco


Fonte: A Gazeta



Vitória x Vasco: para voltar a sorrir, LANCEPRESS! - Times tentam se recuperar na competição, mas com ambições diferentes