13/06/2009 - ( - GloboEsporte.com)
Expulsão de Carlos Alberto revolta jogadores e comissão técnica
Meia disse que não merecia levar cartão vermelho, Ramon chamou arbitragem de ridícula e o técnico Dorival Júnior pediu um juiz decente
De qualquer maneira, o Bugre segue tranquilo na ponta da tabela, com 16 pontos, quatro a mais que o vice-líder Brasiliense. A equipe de São Januário, agora com 11 pontos, continua embolada com outros times na briga por um lugar na zona de acesso à elite do Nacional. Até aqui foram três vitórias, dois empates e uma derrota.
Embora tenha superado bem a ausência de Carlos Alberto durante a etapa final da partida, isso não eliminou a revolta dos vascaínos por conta da expulsão do seu principal jogador. Todos consideraram muito injusto o cartão vermelho aplicado ao meia e o árbitro Elmo Alves Resende Cunha foi bastante questionado.
Na próxima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o Vasco recebe o Duque de Caxias, em São Januário, no Rio de Janeiro. A partida está marcada para sexta-feira, dia 19, às 21h. O Guarani, por sua vez, tem o clássico campineiro contra a Ponte Preta, sábado, às 16h10m, no estádio Moisés Lucarelli, casa do rival.
Cautela demais e expulsão
Tanto Guarani quanto Vasco evitaram muitos riscos no primeiro tempo da partida deste sábado. A equipe da casa, apesar da empolgação pelas cinco vitórias seguidas na Série B, esperou o time carioca no campo de defesa e tentou surpreender nos contra-ataques. Mesmo assim, não conseguiu criar muitas chances.
O mesmo aconteceu com a equipe de São Januário. Sem criatividade na marcação, o time se enrolou no meio-campo e a bola chegou pouco ao ataque. A primeira oportunidade perigosa foi somente aos 15 minutos, quando Ramon recebeu bom passe de Léo Lima na esquerda e cruzou para Edgar. Douglas saiu do gol para salvar.
Um minuto depois, então, veio a resposta do Guarani. Após boa jogada pela direita, Fabinho fez o corta luz para o seu companheiro de ataque Ricardo Xavier, que chutou colocado. A bola desviou na zaga cruzmaltina e por pouco não enganou o goleiro Fernando Prass. Logo depois, porém, o jogo voltou a ficar morno.
Somente aos 21 minutos é que o torcedor que esteve no Brinco de Ouro da Princesa voltou a ter emoção. Pelo menos o do Vasco. Edgar recebeu ótimo passe na direita da grande área, mas achou que não chegaria e facilitou o trabalho de Douglas. No lance seguinte, Carlos Alberto deixou o atacante na cara do gol, mas ele dominou mal.
Depois de servir o companheiro e ver que a conclusão foi ruim, o meia tentou em arremate de fora de área. Só que o chute saiu fraco pela linha de fundo. Foi de longa distância, aliás, o lance de maior perigo da etapa inicial. E em favor do Vasco. O volante Nilton cobrou falta forte, a bola bateu no gramado e Douglas espalmou.
A leve superioridade do Vasco na reta final acabou aos 44 minutos, quando Carlos Alberto, que já tinha cartão amarelo por reclamação, foi expulso pelo árbitro Elmo Alves Resende Cunha. Tudo por conta de um lance com Dão, que tocou o cotovelo no rosto do meia, que o empurrou em seguida. O juiz entendeu que era para expulsão (veja no vídeo acima).
Carlos Alberto deixa o gramado após expulsão GloboEsporte.com
Jogo melhora, mas gol não sai
Como era de se esperar, o Guarani voltou para o segundo tempo mais acelerado, já que tinha um jogador a mais em campo. E logo no primeiro minuto mostrou que estava afim de dar trabalho ao Vasco. Walter Minhoca deu belo passe para Fabinho. O atacante chutou cruzado de dentro da grande área e Fernando Prass fez a defesa.
A equipe carioca, porém, não se intimidou com a pressão inicial e chegou com perigo aos 5 minutos. Alex Teixeira fez boa jogada pela linha de fundo e rolou para Edgar mandar por cima do gol de Douglas - o goleiro já estava fora do lance. O Guarani, por sua vez, voltou ao ataque aos 7, quando Fabinho chutou cruzado e assustou Prass.
Até por ter um jogador a mais em campo, o Guarani tinha mais volume de jogo. Mas foi o Vasco que chegou bem ao ataque aos 15 minutos. Paulo Sérgio avançou em velocidade pela lateral direita, invadiu a área e chutou cruzado. No entanto, a bola subiu demais e passou longe do gol defendido por Douglas.
Do outro lado, Fernando Prass teve mais trabalho aos 18 minutos. Rodriguinho apareceu na grande área e chutou à queima-roupa. O goleiro do Vasco fez ótima defesa. Embora tivesse mais tempo no campo de ataque, o Bugre não conseguia criar seguidas jogadas de perigo. Até chegava na área, mas se atrapalhava na conclusão.
Quando conseguia criar jogadas com toque de bola, o Guarani era mais perigoso. Como aos 28 minutos, quando Maranhão tabelou na intermediária e chutou de fora da área. A bola passou por cima do gol de Fernando Prass. Xodó da torcida bugrina, Nei Paraíba quase abriu o marcador após cabecear cruzamento da esquerda aos 33.
A proximidade com o final do jogo fez as duas equipes se arriscarem um pouco mais. O Guarani pressionou com bolas alçadas na área, enquanto o Vasco tentou com chutes de longe e tabelas perto da grande área. A partida, no entanto, terminou 0 a 0.
GUARANI 0 x 0 VASCO | |
Douglas; Maranhão, Bruno Aguiar, Dão e Eduardo; Cleber Goiano, Luciano Santos (Marquinhos), Rodriguinho e Walter Minhoca (Glauber); Fabinho e Ricardo Xavier (Nei Paraíba) | Fernando Prass; Paulo Sérgio, Vilson, Gian e Ramon; Amaral, Nilton, Léo Lima (Jeferson) e Carlos Alberto; Alex Teixeira (Souza) e Edgar (Alan Kardec) |
Técnico: Vadão | Técnico: Dorival Júnior |
Gols: | |
Cartões amarelos: Luciano Santos, Cleber Goiano, Bruno Aguiar (G); Carlos Alberto, Ramon (V) Cartão vermelho: Carlos Alberto (V) | |
Público: 11.853 pagantes Renda: R$ 178.641,00 | |
Estádio: Brinco de Ouro da Princesa, Campinas (SP). Data: 13/6/2009. Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO). Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Jesmar Benedito Marinho de Paula (GO). |