A Ferj explicou, através da sua assessoria de imprensa, que o novo contrato protocolado nesta segunda pelo Vasco não foi registrado porque Dedé ainda tem vínculo com o Villa Rio. Segundo a Ferj, Dedé foi emprestado para o Vasco até 31 de dezembro do ano passado, e a renovação do empréstimo foi feita com data de início em 28 de dezembro, 'sem que o contrato anterior tivesse terminado'. Por isso, a Federação entende que o jogador ainda está vinculado com o Villa Rio, com quem tem contrato até 30 de abril de 2014.
"Para que o contrato hoje protocolado pudesse ser processado, seria necessário: a) rescisão do contrato anterior com o Vasco; b) novo termo de empréstimo do Villa Rio; c) ou rescisão do contrato com o Villa Rio", diz um trecho do comunicado da Ferj.
Presidente da Ferj diz que o Vasco é desorganizado
Se não resolver o problema e inscrever o zagueiro Dedé até quinta-feira, o Vasco não poderá contar com o jogador na Taça Guanabara, já que o artigo 9 do regulamento do Carioca diz que as inscrições para o primeiro turno se encerram 48 horas antes do início da quarta rodada, que começará sábado.
O Vasco e a Federação estão em pé de guerra porque o clube se sentiu prejudicado pela entidade, que não abriu as portas na última sexta-feira, enforcando o feriado da véspera, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade do Rio. Com isso, o clube não conseguiu inscrever alguns dos seus reforços, como Eduardo Costa e Anderson Martins, além da renovação de Dedé.
Nesta segunda, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, criticou duramente os Vasco por não ter, na sua opinião, se organizado para inscrever os jogadores antes do feriado prolongado:
- O Vasco precisa ter um departamento técnico competente e saber ler o que está escrito. Vou fazer plantão para atender um retardatário que não sabe ler o regulamento e faz as coisas atrasado? Quando tem feriado, o banco abre? O calendário da Federação foi divulgado antes do fim do ano. Infelizmente, o Vasco é muito desorganizado. O clube precisa contratar profissionais competentes - disse o dirigente, em entrevista à "Rádio Brasil".
O Globo
