"Dos 20 membros da diretoria, 11 torcem pelo Fluminense, inclusive eu e o presidente Joelci Trabach, o Cici. E não há nenhum vascaíno", contou o vice-presidente do Independente, Hilário dos Santos Júnior.
"Mesmo assim, todos os jogadores e comissão técnica serão muito bem recebidos", fez questão de frisar o cartola da várzea vila-velhense. "Só não pode machucar a nossa grama", completou o presidente do conselho fiscal, Edmilson Nascimento, em tom de brincadeira.
Apesar do amor pelas cores branca, verde e grená, quando o assunto é o maior ídolo da história do Vasco e atual presidente do Gigante da Colina, Roberto Dinamite, a turma "vira a casaca" e se derrete em elogios pelo ex-craque.
"O Roberto esteve aqui para conhecer o campo e foi simpático com todo mundo. Ele chegou de bermuda, à vontade, e se mostrou muito simples. Até autografou uma camisa minha do Independente", disse Hilário, que espera ver outra fera, também ídolo vascaíno, pisar no campo do Independente.
"Gostaria que o Edmundo continuasse a jogar e viesse para a pré-temporada. Sou fã dele. Com certeza o Animal vai atrair ainda mais a galera", afirmou.
Diretoria pensa em jogo-treino solidário
A diretoria do Vasco ainda não confirmou, mas pode realizar um jogo-treino no campo do Independente. É o que garante o vice-presidente da equipe canela-verde Hilário dos Santos Júnior. "A idéia é fazer um amistoso para ajudar as vítimas das chuvas em Vila Velha. A entrada seria a doação de um donativo", explicou. "A iniciativa é boa. Podemos fazer um coletivo ou jogo-treino e cobrar um quilo de alimento não perecível para os trocedores entrarem no clube. Mas é o treinador Dorival Júnior quem vai definir isso", comentou Geovani. Em janeiro de 2008, o Fluminense também fez jogo-treino contra um time de Vila Velha: o Tupy. A então considerada nova "Máquina Tricolor", com Washington, Leandro Amaral e Dodô no ataque, enfiou 9 a 0 na equipe de Itapuã, no Estádio da Estiva.
Vascaínos vão poder ver time bem de perto em Vila Velha
A estrutura do Clube Esportivo Social Independente é composta por um campo, com refletores, uma quadra fora de uso, um campo soçaite e área para eventos.
Os vestiários são pequenos, mas, segundo o vice-presidente Hilário dos Santos Júnior, o Vasco não vai utilizá-los. "Eles vão chegar aqui prontos, direto para o gramado", disse. Falando no "piso", ele vai muito bem, obrigado, e não apresenta buracos.
"O gramado é bom e será ideal para treinos físicos, técnicos, táticos e mini-coletivos", opinou o ex-craque vascaíno Geovani, que está intermediando a vinda do Almirante da Colina para os mares capixabas.
O campo do Independente é separado das ruas por um pequeno muro e um alambrado. Ou seja, os jogadores e comissão técnica poderão ser vistos por quem circular ali por perto.
"Mas é essa a ideía do Lancetta (Carlos Alberto, gerente de futebol do Vasco), que os torcedores acompanhem o time pelo alambrado", explicou Hilário.
São duas as vias que permitem a visão para o campo: a rua Annor da Silva, que passa atrás de um dos gols, e a rua Treze, paralela a uma das laterais.
"O carinho do povo será muito importante para o Vasco. Os jogadores estão precisando dessa energia", analisou Geovani.
Fanático é só vibração com a visita do time do coração
A vinda do Vascão para a pré-temporada já está deixando a torcida cruzmaltina de Vila Velha na expectativa. Um exemplo é o do ex-árbitro de futebol profissional Luiz Alberto Gomes, que tem um bar perto do campo do Independente, em Santa Mônica.
Fanático, ele já organizou várias excursões para o Rio de Janeiro. "Cansei de ir ao Vasco. Agora serão eles que virão até mim", comentou, com seu estilo fanfarrão de ser.
Luiz tem vários quadros de futebol em seu bar. Com destaque, claro, para o Vasco. "Pendurei na parede o do nosso último título, o Carioca de 2003. Tenho também o da conquista do Estadual de 1992, mas não coloquei no bar para não dar inveja aos clientes flamenguistas", zoou.
Naquele esquadrão de 92, que levou a taça de forma invicta, curiosamente estavam jogando juntos a então jovem promessa Edmundo e o já veterano Roberto Dinamite. Dois personagens que podem passar os próximos dias a poucos metros de distância do bar de Luiz.
"Gostaria que o Edmundo continuasse. O Vasco não caiu por causa dos jogadores. Foi pela crise administrativa", disse Luiz, que acredita que vai ser pé-quente para o clube da Colina.
"Já joguei muito no campo do Independente. Isso vai dar sorte ao Vasco. Além disso, espero que o bairro de Santa Mônica seja ponto de partida para nos levar de volta è elite do futebol brasileiro", completou.
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