Há algumas estações, a moda em São Januário era camisa verde enfiada dentro de uma calça marrom com vinco. Por quatro verões, foi o modelo que o ex-treinador Antônio Lopes usou no desfile do Vasco pelos campos do Brasil, América do Sul, Estados Unidos e Japão. Alheio a tendências, ignorava o último grito da moda ao berrar na beira do campo. Vestia-se por superstição.
Ao contrário do técnico atual, Vagner Mancini. Desde a estreia no Campeonato Carioca, ele veste camisas listradas, como a que pretende usar hoje, contra o Madureira, às 17 horas, em São Januário. Mas não é para dar sorte, segundo ele, e sim para ficar bem na foto.
No catálogo de seis vitórias em seis jogos, Mancini repetiu a camisa branca com listras coloridas três vezes. Nas outras três partidas, mudou apenas a cor.
Como o Vasco é o time da moda, com melhor campanha em todo o Brasil no início dos estaduais, o técnico atraiu os disparos dos flashes. Mas foram os companheiros de clube que fizeram primeiro a comparação com Lopes.
“Me contaram que o Antonio Lopes usou a camisa por um tempão. Fiquei impressionado. Mas não sou supersticioso. No meu caso, é pela praticidade”, disse Mancini, que trouxe poucas roupas para o Rio.
Enquanto o Vasco prepara o uniforme do treinador, com as cores e patrocinadores do clube, Mancini abre o guarda-roupa: “Procuro seguir a moda. Mas não posso usar certas camisas para não confundir a arbitragem. Eu gosto muito de branco, mas o time joga de branco também. Então, as listradas, que costumo usar para ir ao cinema e para jantar, são as que escolhi”.
A todo momento, Mancini diz que a escolha pela camisa não é superstição. Apesar de deixar escapar que já teve o pensamento de não mexer na roupa que está vencendo.
“Uma vez eu me vi pensando se deveria repetir a camisa porque deu sorte na estreia. Mas, em seguida, lembrei-me de cada treino, do sufoco que os jogadores passaram para ganhar, e percebi que sucesso do Vasco não depende de um pedaço de tecido”, disse. (Agência Globo)
Sem Careca, xerife capixaba pode ser titular
Com a suspensão forçada do lateral-esquerdo Márcio Careca, o treinador Vagner Mancini não tem no elenco um jogador de ofício para a posição. Suas opções são limitadas. “Posso usar o Ari, do sub-20, ou o (zagueiro capixaba) Thiago Martinelli. Ele é destro, mas pode fazer razoavelmente essa função”, disse Mancini. Ari é baiano e nasceu em 1991. Jogou nas categorias de base do Vitória-BA antes de chegar ao juvenil do Vasco em 2008. Além de Careca, ausência certa é do meia Carlos Alberto, que também forçou o terceiro cartão amarelo para entrar nas semifinais “limpo”. Em seu lugar, joga Magno.
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