Vasco e Fluminense fazem hoje, no Maracanã, o clássico dos opostos, às 18h30. Em crise depois da derrota por 3 a 2 para o Americano, que causou a demissão do técnico Vagner Mancini, o time vascaíno será comandado pelo interino Gaúcho, que precisa da vitória para aliviar o ambiente e manter viva a classificação para a semifinal da Taça Rio.
Pelo tricolor, Cuca segue firme. Com apenas uma derrota na temporada – para o Flamengo –, o treinador quer garantir a vaga e lutar pelo primeiro lugar no grupo. “Temos que ficar com o alerta ligado. Quando o time está bem, não pode amolecer”, ressalta Cuca.
O treinador não acredita que a fase complicada do adversário possa facilitar a vida do Tricolor. “Isso não tem nada a ver com a gente. Nos preparamos ao máximo, pois estamos na hora H”, garante.
Novamente sem contar com Fred, Cuca aposta que dois jogadores podem fazer a diferença neste clássico, cada um para seu time.
“Philippe Coutinho e Conca são os grandes nomes em nível técnico. Mas qualquer um dos 22 pode ser protagonista, ou melhor, qualquer um dos 28, contando as substituições”, destaca Cuca, contando com a habilidade de Wellington Silva no banco.
No Vasco, o clima é de final. Uma derrota pode até eliminar o clube da Taça Rio, caso o América vença o Flamengo. Um empate também é considerado ruim. Por isso, todos estão comprometidos na busca da vitória e confiantes na motivação de Gaúcho, que assumiu o time na sexta-feira.
“Tenho mais de 40 anos de futebol e vou passar tudo o que vivi para esse grupo. O Vasco não vive sem vitórias e é só nisso que precisamos pensar”, decreta o novo técnico, que depende da vitória no clássico para ter chances de se manter no comando do time.
A base do elenco que vinha sendo usada por Vágner Mancini foi mantida por Gaúcho. O curioso é que os dois jogadores mais badalados, Carlos Alberto e Dodô, vão começar no banco. O primeiro, por estar voltando agora de lesão, e o segundo, por opção do técnico.
“Não tinha como fazer mudanças drásticas em tão pouco tempo. O fundamental mesmo é resgatar a alegria”, declara. (O Dia)
"O grupo precisa de confiança. O Vasco passa por um momento difícil e a recuperação começa pelo Fluminense”
Gaúcho , técnico interino do Vasco
"Em clássico, quando um lado está calmo e o outro não, é preciso abrir o olho. Não podemos nos iludir”
Cuca , técnico do Fluminense
Talento e segurança sob as duas traves
Rio
O goleiro Fernando Prass chegou ao Vasco em janeiro de 2008. Quando ainda negociava com o clube, lá de Portugal, o atual camisa 1 sabia que teria de superar a forte concorrência de Rafael. Mas, por conta de uma confusão na pré-temporada no Espírito Santo, Rafael conseguiu sua liberação e foi jogar no Fluminense.
De lá para cá, os dois tiveram de superar muita coisa até se firmarem como titulares e hoje travam um duelo particular no Maracanã.
Mesmo com um concorrente a menos, Prass teve de esperar muito até ganhar sua chance. Com a saída de Rafael, Tiago assumiu a titularidade. A estreia só foi acontecer na Série B do Brasileiro por conta de uma lesão do então titular. Sempre muito concentrado, Prass agarrou, sem nem pensar em soltar, aquela chance e não saiu mais.
“O goleiro reserva depende de situações. Não é como um atacante que pode entrar no fim do jogo, marcar dois gols e virar titular. Nunca somos opções, só entramos em furadas: lesões ou suspensões. Mas tem de estar pronto. Eu estive aqui e o Rafael também esteve lá no Fluminense”, afirmou.
Apesar de não ter convivido diretamente com Rafael, Fernando Prass mostra admiração não só pela força de vontade como também pela técnica. “Ele já é uma realidade. Assumiu a camisa 1 do Fluminense quando todos consideravam o clube rebaixado. Mas só espero que ele não brilhe neste clássico (risos)”.
Família é a base do paredão tricolor Rafael
As primeiras defesas de Rafael foram no gol do Matonense, time de Matão, interior de São Paulo. Hoje no Fluminense, o goleiro é cobrado pelos moradores para que exalte a pequena cidade. Com o auxílio de uma antena parabólica, os pais do camisa 1, José Manoel e Ivanilde, assistem aos jogos do filho, que chegou às Laranjeiras como reserva, ganhou a vaga de titular absoluto e tira das próprias falhas a força para fechar o gol. “A família é a base de apoio. Meus pais torcem para os times em que atuo. Agora, são tricolores”, conta Rafael. Ele renovou os ânimos para o clássico contra o Vasco depois de assistir ao vídeo da partida contra o Resende. Na vitória por 2 a 1, domingo passado, Rafael falhou no gol. Ao sair de campo, de cabeça quente, negou de forma ríspida sua culpa no lance. Mas voltou atrás: “Foi falha sim, mas não frango”.
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