Vasco, apesar de superior, por vocação cede empate ao Bota aos 45 do segundo tempo

O Engenhão está se acostumando a ver grandes clássicos. Depois do Fla-Flu de 3 a 3 no domingo, nesta quarta foi a vez de Vasco e Botafogo empatarem em 2 a 2 em um jogo cheio de alternativas. Após abrir 2 a 0 com Ramon e Éder Luís, o time de PC Gusmão cedeu o empate em gols de Herrera, que foi expulso depois, e Loco Abreu - este marcado já nos acréscimos - confira como foi no tempo real .

Este foi nada menos que o 12º empate do Vasco no Brasileirão. O time chegou a 30 pontos, estacionado no meio da tabela. O Botafogo foi a 39 e segue encostado nos líderes.

Confira a classificação do Brasileirão
O Vasco começou o clássico mais ligado e não demorou muito para encontrar espaços na defesa alvinegra. Logo aos três minutos, Fágner escapou pela direita e rolou para Rafael Coelho, livre no meio da área. O atacante pegou mal na bola, que saiu à direita, perdendo chance clara.

O primeiro gol vascaíno não demorou a sair, mas começou em lance irregular. Zé Roberto roubou a bola de Antônio Carlos fazendo falta, mas o juiz mandou seguir e a jogada chegou até Ramon na esquerda. O lateral puxou para o meio e bateu de direito. O chute não saiu forte, mas desviou em Danny Morais e enganou Jefferson: 1 a 0.

O prejuízo foi duplo para o Botafogo. Antônio Carlos machucou o tornozelo direito no lance e precisou ser substituído por Caio. Atrás no placar, o alvinegro passou a pressionar e perdeu duas boas chances com Maicosuel. Na segunda delas, o atacante fez linda jogada driblando Dedé, mas machucou o pé esquerdo na hora do chute e não conseguiu seguir em campo. Herrera entrou em seu lugar.

Atrás no placar e já tendo queimado duas substituições no primeiro tempo, o Botafogo ainda foi para o intervalo em prejuízo maior. Aos 36 minutos, Éder Luís fez bela jogada individual pela esquerda, puxou para o meio e bateu forte, no canto esquerdo de Jefferson: 2 a 0.


A segunda etapa também começou com o Vasco melhor. Carlos Alberto entrou no lugar de Rafael Coelho e Fágner perdeu boa chance logo aos sete minutos. Dois minutos depois, porém, o Botafogo descontou e incendiou o jogo. Após levantamento da área, Fernando Prass saiu mal do gol e afastou parcialmente de soco. Herrera dominou o rebote e cabeceou por cobertura. Titi e Nilton, quase em cima da linha, ficaram indecisos sobre quem cortaria a bola. Um deixou pro outro, que deixou pro um, e a bola acabou entrando: 2 a 1.

O Botafogo cresceu em campo, mas Herrera passou de herói em vilão em poucos minutos. Aos 17, o argentino, que já tinha amarelo, deu entrada em violenta em Zé Roberto. Cartão vermelho e chuveiro mais cedo, deixando o time de Joel Santana com um a menos em campo.

A partir daí o jogo ficou aberto para os contra-ataques do Vasco. Felipe, que havia entrado no lugar de Zé Roberto, deu passe açúcarado para Carlos Alberto encher o pé. Jefferson fez ótima defesa e evitou o terceiro gol. O Botafogo passou a apostar quase exclusivamente nas bolas aéreas para Loco Abreu.

E foi exatamente assim que saiu o gol de empate. Aos 44, após novo cruzamento na área, Titi colocou a mão na bola infantilmente. Pênalti que Loco Abreu bateu já nos acréscimos para deixar tudo igual em 2 a 2.

VASCO 2 x 2 BOTAFOGO
Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Felipe Gomes da Silva (RJ)

Renda/público: R$ 347.545,00 / 14.248 pagantes

Cartões amarelos: Zé Roberto, Ramon, Fellipe Bastos, Nunes (VAS); Danny Morais, Alessandro, Loco Abreu (BOT)

Cartão vermelho: Herrera, 18'/2ºT (BOT)

GOLS: Ramon, 13'/1ºT (1-0); Eder Luis, 35'/1ºT (2-0); Herrera, 10'/2ºT (2-1); Loco Abreu, 46'/2ºT (2-2)

VASCO: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Titi e Ramon; Rafael Carioca, Nilton, Felipe Bastos e Zé Roberto (Felipe, 20'/2ºT); Rafael Coelho (Carlos Alberto, intervalo) e Eder Luis (Nunes, 34'/2ºT). Técnico: Paulo César Gusmão.

BOTAFOGO: Jefferson, Danny Morais, Antônio Carlos (Caio, 17'/1ºT), Fábio Ferreira; Alessandro, Leandro Guerreiro, Fahel, Renato Cajá (Edno, 16'/2ºT), Maicosuel (Herrera, 32'/1ºT) e Somália; Loco Abreu. Técnico: Joel Santana.

O Globo