Reta final de Campeonato Brasileiro é época de definições na tabela. Enquanto o Fluminense, líder da competição, segue vivo em busca do título, o Vasco já alcançou seu objetivo de fugir do rebaixamento e parece não ter mais grandes pretensões. Mesmo assim, no clássico de hoje, às 19h30, no Engenhão, tudo pode acontecer.
Favorito no duelo, o tricolor amarga mais de dois anos e meio de jejum para o rival, que quer começar a botar água no sonhado chope do Flu.
Contando apenas o Brasileirão, a seca tricolor é ainda mais longa: cinco anos. A última vitória do Fluminense no clássico valeu pelo Campeonato Carioca, em março de 2008.
Curiosamente, Washington, que não marca há 11 jogos, foi o autor de um dos gols que garantiram os 2 a 1 no placar.
O técnico Muricy Ramalho, que prefere não se apegar aos números, no entanto, acredita que o tricolor tem a oportunidade ideal para voltar a vencer o rival. Segundo ele, para ser campeão o time não pode pensar no passado.
"Ganhamos apenas um clássico, mas vale ressaltar que também não perdemos. O próximo confronto, porém, sempre é o mais difícil. E estamos encarando essa disputa com o Vasco como uma partida fundamental para a nossa intenção de conquistar o título brasileiro", disse o técnico.
Após uma semana conturbada em que a saída de PC Gusmão foi quase sacramentada, o Vasco conseguiu juntar os cacos e agora só tem em mente vencer seus jogos para terminar de forma honrosa o Campeonato Brasileiro.
Isso significa poder influir diretamente no sonho do Fluminense. Mesmo sabendo da intensa disputa pelo topo, ninguém quer ter pena. Muito menos Dedé.
"O campeonato não acabou para nós, como andam dizendo por aí. Temos que garantir no mínimo a vaga na Sul-Americana e para isso precisamos vencer. Queremos terminar o melhor possível na tabela", disse o zagueiro, um dos que terão a missão de parar Conca.
Felipe também vê como motivação o clássico. Além disso, lembra que o Vasco ainda vai pegar Corinthians e Cruzeiro, os outros concorrentes: "Vamos entrar para vencer todos". (O Dia)
Eder Luis só joga se estiver 100%
O atacante Eder Luis, que já não havia treinado na sexta-feira, não participou da atividade de ontem, em São Januário. O camisa 7 do Vasco está com dores na coxa direita e ainda não tem escalação confirmada no clássico com o Fluminense. Ele ficou em tratamento na concentração e passará por uma avaliação médica antes do jogo.
O técnico Paulo César Gusmão afirmou que só vai utilizar Eder se o jogador estiver totalmente sem dor. Ele também não divulgou quem será o substituto de Zé Roberto, que está suspenso. Nunes e Jonathan brigam pela vaga.
"Eder Luis vai para a concentração, onde faremos a avaliação junto com os médicos. Ele também vai nos passar sua condição. Só entra se estiver 100%. Sobre o Zé, vamos esperar porque temos a incerteza da escalação do Eder. Amanhã (hoje) na revisão médica teremos a noção. Não vamos forçar a barra. Ninguém vai para risco. Senão, podemos ter que mexer logo na equipe. Vamos esperar até onde pudermos, dar o descanso necessário", disse o técnico.
PC garantiu que a equipe entrará em campo muito motivada, apesar de não ter muitas aspirações no Brasileiro. O técnico lembrou que um bom resultado será importante para dar mais moral ao jovem elenco vascaíno.
"Será decisão para os dois. Existe todo um clima envolvendo este jogo: será o nosso último clássico, o Fluminense é líder... Queremos mostrar para a torcida que a reestruturação vai dar resultado".
Semelhança do Flu com Palmeiras vira só coincidência
Assumir o time durante a temporada, trabalhar com a intenção de buscar uma vaga para a Libertadores e brigar pelo título brasileiro. Até aí, a história de Muricy Ramalho em 2010, pelo Fluminense, é idêntica à do Palmeiras no ano passado, quando ele era o treinador.
Mas, se depender do comandante, o fim tem de ser diferente, já que o Verdão a partir da 33ª rodada perdeu o rumo e nem sequer figurou entre os quatro primeiros após o término da competição.
Coincidências ou não, a cinco rodadas do fim, o clube paulista, ano passado, também liderava a competição com os mesmos 58 pontos que o tricolor soma no momento e era seguido de perto pelos rivais.
No entanto, três derrotas, um empate e apenas uma vitória acabaram com o sonho de mais um título do treinador.
Talvez por isso, Muricy não consegue esconder o incômodo ao falar sobre o assunto.
"Na base do trabalho, tenho um currículo vitorioso, com muitos títulos expressivos, e sempre me perguntam sobre o que aconteceu no Palmeiras. Não fico pensando nas derrotas e procuro ver o lado positivo. Não comento coisas ruins e essa é uma delas. Aprendo com a vitória e deixo as derrotas de lado", disse o técnico irritado. (O Dia)
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