Com São Januário mais uma vez lotado, o palco estava montado para mais uma vitória do Vasco, que, com muita dificuldade, fez 2 a 1 sobre o Cabofriense e ficou muito perto da classificação para a semifinal da Taça Rio. Os gols foram marcados por Bernardo e Alecsandro, aos 40 minutos do segundo tempo. Com o resultado, a equipe da Região dos Lagos está rebaixada com apenas oito pontos somados na competição.
O Vasco agora está com 16 pontos no Grupo A, à frente de Flamengo (12 pontos) e Americano (11), ambos com dois jogos a disputar. No próximo domingo, na última rodada, o Vasco encara o Olaria fora de casa. No Correão, o Cabofriense irá enfrentar o Volta Redonda.
Bernardo coloca o Vasco na frente, mas Cabofriense empata
Antes de o jogo começar, houve uma homenagem para as crianças da escola em Realengo que foram vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira. O estádio inteiro ficou em silêncio absoluto, e os jogadores se abraçaram no meio de campo. Com a bola rolando, a torcida voltou a fazer muito barulho para empurrar o time. Desde o início o Vasco deu amostras de que não estava disposto a pressionar o adversário.
O ataque estava se entendendo bem. Alecsandro, que já havia chegado perto de marcar após o goleiro rebater uma bola em suas costas, ameaçou o Cabofriense novamente. Aos 13 minutos, Anderson Martins cruzou da direita na medida para o camisa 9, que mandou de cabeça. Flávio voou e fez excelente defesa. Ninguém conseguiu aproveitar o rebote. O arqueiro teve muito trabalho. Pouco depois, ele salvou com o peito um chutaço de perna esquerda dado por Fellipe Bastos da entrada da área.
O gol cruz-maltino estava amadurecendo. Felipe deu lindo lançamento para Bernardo, que cruzou para Eder Luis, de cara para o gol. O camisa 7 não pegou bem na bola e mandou no travessão. O placar foi alterado, enfim, aos 20 minutos, em jogada tramada pelos menos três jogadores. Felipe, desta vez, tocou para Eder Luis, que achou Bernardo dentro da área. O xodó dos vascaínos dominou, se livrou do marcador com muita calma e chutou no cantinho direito: 1 a 0. Na comemoração, fez os gestos com a mão imitando um pombo em um pedido de paz. Na sequência, junto com o amigo Fellipe Bastos, celebrou dançando funk.
O Vasco seguiu melhor, mas acabou errando na defesa e foi surpreendido. Aos 34 minutos, Léo Itaperuna recebeu nas costas de Allan e bateu cruzado. Fernando Prass defendeu e deu o rebote para o meio da área. Zotti aproveitou e mandou para o fundo da rede: 1 a 1. Antes do fim da primeira etapa, a equipe da Colina esteve perto de ficar à frente novamente. Eder Luis rolou para Felipe, que, de perna direita, chutou forte no canto. Flávio defendeu.
Alecsandro, aos 40 minutos, dá a vitória ao Vasco
Na volta do vestiário, o Vasco levou um grande susto logo no início, quando Luciano Totó desviou de cabeça e Fernando Prass voou para tirar a bola do ângulo. Mas era a equipe cruz-maltina que comandava as ações, e o panorama ficou melhor após a expulsão de Assunção, aos 11 minutos. Este foi o terceiro jogo seguido que um adversário levou o vermelho. Com a vantagem numérica, o técnico Ricardo Gomes revolveu tirar o volante Fellipe Bastos e colocou o atacante Leandro para deixar a equipe mais ofensiva.
A pressão cruz-maltina continuou, e dificuldade de penetrar na defesa do Cabofriense. Em uma destas oportunidades, Leandro recebeu cruzamento da direita, deu lindo drible no marcador e chutou de perna esquerda. A defesa desviou a bola para a linha de fundo. Pouco depois, Dedé mandou de cabeça e André Paulino salvou em cima da linha o gol certo.
O Vasco abusou do direito de perder gol feito aos 33 minutos. Felipe cruzou na medida para Dedé, que desviou de cabeça para o meio da área. Romulo, dentro da pequena área, chutou fraco e facilitou para a defesa de Flávio. Aos 34 minutos, Ricardo Gomes colocou Enrico na vaga de Bernardo e ouviu os grito de "burro" da torcida.
Os torcedores testemunharam mais uma sequência impressionante de gols perdidos, boas defesas do goleiro Flávio e uma dose de sorte do Cabofriense. Felipe, da entrada da área, mandou uma bomba rente à trave esquerda. Na jogada seguinte, após uma linda defesa de Flávio, André Olveira salvou um gol de bicicleta. Depois, Leandro acertou o travessão.
Quando a torcida já estava impaciente, vieram o gol e a classificação. Aos 40 minutos, Allan foi derrubado e o árbitro assinalou o pênalti. Alecsandro foi para a bola e cobrou com perfeição no canto direito de Flávio, que desta vez nada pôde fazer. Festa nas arquibancadas e provocações ao rival Flamengo, que está na final do Carioca: "Ô Urubu, pode esperar, a sua hora vai chegar".
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Por Fred Huber
Rio de Janeiro
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