Cristóvão Borges explica como conseguiu anular o Botafogo
técnico afirma que reforçou a marcação nas laterais
No primeiro turno foi o Botafogo que atropelou o Vasco. Já agora no returno, foi a vez do Cruzmaltino anular o Glorioso em campo. Reforçando bastante as laterais, o treinador Cristóvão Borges impediu as jogadas de linha de fundo do adversário. Desta maneira, a bola chegava pouco na cabeça do atacante Loco Abreu.
Por sinal, o treinador vascaíno não escondeu a felicidade de poder anular o time de General Severiano e vencer o jogando. Deixando o Vasco junto com o Corinthians e ainda mais vivo na luta pelo título.
“Conhecemos bem a equipe do Botafogo, sabemos das virtudes que são as jogadas pelo fundo do campo, onde eles são muito bons, são fortes e claro com uma grande referência na área. Eu vi não só da última vez que jogamos contra eles e outros jogos que eu assisti, foi confirmado isso. Eu só arrumei uma forma de bloquear os lados do campo. Dificultando isso, sabíamos que poderíamos ter o controle do jogo e isso se confirmou”, disse o comandante.
O Vasco é o segundo colocado com os mesmos 612 pontos do líder Corinthians. Mesmo depois de uma bela vitória no clássico, a equipe volta a treinar na tarde desta segunda para se preparar para encarar o Palmeiras, na quarta-feira. [Clayton Ribeiro - Super Rádio Tupi]
Vasco: Mostrando quem é Gigante
Bom até debaixo dágua! Contra um Botafogo esfacelado pela perdição tática de seu treinador, o Vasco mostrou, nesta bela vitória por 2x0, que mando de campo, em clássico regional, significa unicamente mandar no jogo.
O Botafogo tentou incorrer em uma lenda urbana de que o time do Vasco está cansado. Aprontou uma correria achando que surpreenderia o time de São Januário, que jogou duro uma partida classificatória onde precisou fazer cinco gols enquanto os alvinegros descansavam.
O que o Botafogo esqueceu de levar em conta é que o Vasco tem elenco de sobra para poupar sem exaurir seus jogadores nas competições que disputa. Se está cansado de alguma coisa, deve ser de ganhar, de se classificar, de se superar em jogos épicos, históricos. Talvez não tenha nomes bombásticos no elenco, mas tem elenco suficiente sobretudo no setor que mais se desgasta nas partidas, que é o meio-campo.
Reparem bem que os adversários de meio do caminho ficam sempre no rebate falso: ensaiam classificações, esboçam reações, depois passam vergonha perdendo feio.
Só Vasco e Corinthians, a meu ver, disputam o título. Têm time e campanha pra isso. O resto näo passa de folclore.
Levando-se, ainda, em conta que o Vasco tem mostrado indubitável força na competição internacional que disputa. Entre erros e acertos, ganhou sempre que precisou, do jeito que precisou. A disputa internacional, seu palmo de exigência e a necessidade de duas classificações heróicas por saldos de gols ensinaram essa equipe do Vasco a acreditar mais em suas forças. Amadureceu a equipe, consolidou sua envergadura de time de peso.
Em nenhum momento, mesmo quando perdeu jogos, o Vasco se mostrou covarde ou amarelado. O jogo de hoje, por exemplo, mostrou dois rivais com chances de disputa dentro da competição, mas com envergadura, postura e coragem absolutamente desproporcionais. O Vasco foi corajoso o jogo todo. Já o Botafogo parecia com medo de ganhar. Assim como o Fluminense, que também parece um time de camisa sem peso. Quanto ao Flamengo, é uma enganação desde o campeonato carioca vencido nos pênaltis. Wanderley e Ronaldinho näo conseguem transformar marketing esportivo em futebol de resultados.
E como o Vasco quer ser campeão de tudo, justo no momento em que o até então destaque Diego Souza dá uns sinais de "chinelinho" (o pênalti batido hoje foi de uma máscara patética), sobra-nos em fúria, técnica, graça e elegância a figura do retinto Dedé. O craque vive fase irrepreensível de paixão pelo ofício e produtividade nos gramados. Sobra muito fácil em todos os jogos, sendo uma espécie de "Neymar da zaga".
A disputa segue, mas näo tão aberta como muitos acreditavam. E eu acho que estrutura de campeão, pelo que a gente tem visto, tem o time de São Januário.
Fonte: SDRZ
Autor: Hélio Ricardo Rainho
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