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21 de fevereiro de 2012

Caso Bernardo: Dinamite decide partir para o ataque


Rio - Ainda com esperanças de manter Bernardo no elenco, a diretoria vascaína evita críticas públicas ao jogador, que há uma semana acionou o clube na Justiça por falta de depósito de FGTS. No entanto, a paciência dos dirigentes está perto do fim. Garantindo que pagou o que devia ao meia, o presidente Roberto Dinamite decidiu quebrar o silêncio sobre o assunto.

“Eu já vi muita coisa no futebol. Seja como jogador ou dirigente. Por isso, achei que o Bernardo se precipitou ao entrar na Justiça. A gente estava prestes a pagar os atrasados quando ele tomou essa decisão equivocada. Vale lembrar que foi o único grande investimento que fizemos nos últimos anos (R$ 3,5 milhões) e ele não poderia ter feito isso”, disparou o presidente durante o primeiro dia de desfiles das escolas do Grupo Especial, na Sapucaí.

Dinamite lembrou o esforço da diretoria para conseguir comprar os direitos federativos de Bernardo, que até o fim de 2011 pertenciam ao Cruzeiro. Encostado no clube mineiro, ele foi emprestado ao Vasco há um ano e caiu nas graças dos torcedores, que agora criticam a postura do atleta.

“Foi ele quem veio chorando pedindo para o Vasco contratá-lo. Nos esforçamos, conseguimos os R$ 3,5 milhões para adquirirmos o passe dele e recebemos isso em troca. Na vida, tudo é uma troca. Respeitamos o pedido dele, mas queremos ser respeitados também. É uma situação que ainda pode ser consertada. Basta ele tirar essa ação contra o clube”, afirmou.

Outro vascaíno que esteve presente no primeiro dia de desfiles na Sapucaí, o meia Felipe escolheu palavras mais cautelosas ao comentar a atitude de Bernardo, mas deixou claro que o elenco reprovou a ação na Justiça contra o clube.

“O Bernardo tem um pouco de culpa pela situação, mas foi mal orientado. O grupo também está sem receber o FGTS, mas ninguém tomou essa decisão de entrar na Justiça. O ser humano é passível de erro e, por isso, o que ele fizer dentro de campo vai determinar se a torcida vai apoiá-lo ou não”, disse.

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POR RICARDO NAPOLITANO

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