[googlee078d043171a94a9.html] Sou Mais Vasco: Vasco pilhado para o jogo de volta contra o Paraguaio Libertad

15 de março de 2012

Vasco pilhado para o jogo de volta contra o Paraguaio Libertad


Dedé: Os ânimos estão acirrados. Não fomos bem tratados
Jogadores do Vasco confirmam que foram vítimas de racismo no Paraguai

RIO - O empate com o Libertad deixou sequelas que serão guardadas para o jogo da semana que vem, em São Januário, pela Libertadores. Os jogadores do Vasco desembarcaram no Rio de Janeiro nesta quinta-feira revoltados com o tratamento recebido no Paraguai. Os zagueiros Dedé e Renato Silva também disseram ter sido vítima de racismo durante a partida, quando foram chamados de macaco.

- Teve um torcedor babaca que me chamou de macaco. Isso é muito ruim que ainda aconteça no futebol. Independentemente de ser no Braasil ou em outro país. Infelizmente ainda vai acontecer outras vezes - disse Dedé.

O zagueiro reclamou ainda do tratamento recebido pelo Vasco em Assunção:

- Os ânimos já estão acirrados. Não fomos bem tratados lá. Não deixaram a gente treinar no campo, o vestiário era abafado - afirmou.

Quando chegou no Paraguai, o Vasco foi proibido de fazer o reconhecimento do gramado no estádio Nicolas Leóz. Em campo, Diego Souza, ao sair de campo depois de ter sido expulso, foi atingido por uma garrafa de plástico. Quando foi revidar, o quarto árbitro tentou apressar a saída dele do campo e o meia deu um empurrão no juiz e arremessou a garrafa de volta. Após a expulsão, os jogadores ainda trocaram empurrões.

- Vai ter um brilho diferente para essa partida. Vamos jogar com mais tesão - garantiu Dedé, que explicou porque não revidou os xingamentos da torcida.

- Se fosse fazer alguma coisa, sabia que não ia dar nada.

Renato Silva disse que por vezes é melhor ignorar a torcida adversária.

- Chamar a polícia acaba deixando essas pessoas com mais raiva. Às vezes é melhor ignorar que eles esquecem.

O Libertad chega no Rio na próxima terça-feira. Assim como fez com o Vasco, o time paraguaio não vai fazer o reconhecimento do gramado de São Januário. [O Globo]



Chamado de macaco, Dedé diz: "tenho muito orgulho da minha cor"

A partida entre Vasco e Libertad disputada na última quarta-feira em Assunção pela Copa Libertadores contou com um ponto negativo. Durante o empate por 1 a 1, o zagueiro Dedé foi vítima de ofensas racistas, e foi chamado de "macaco" por um torcedor rival. Nesta quinta-feira, no desembarque do time carioca no Rio de Janeiro, o defensor lamentou o caso, mas diz que isto não o abalará.

"Eu sou tranquilo sobre isso, não me abala. Mas é chato. A gente está em um lugar jogando um bom campeonato onde disputam várias raças e escutar um torcedor, um babaca, me chamar de macaco. Não é a primeira vez que vou escutar e não vai ser a última", afirmou.

Dedé explicou que as ofensas vinham de vários pontos do estádio, mas que optou por não chamar a polícia. O zagueiro declarou que segue com a cabeça erguida mesmo com o crime, e lastimou que o racismo siga existindo no futebol.

"Fico triste de ter pessoas assim, independente se for do Paraguai ou de outro lugar. Mas sigo de cabeça erguida. Tenho muito orgulho da cor que tenho e de ser brasileiro. E demonstro isso onde for", avisou.

A Copa Libertadores tem um histórico de ofensas de cunho racial, sendo que a mais famosa é a proferida em 2005 pelo argentino Desábato, então jogador do Quilmes, contra Grafite, que jogava no São Paulo. O fato, ocorrido no Morumbi, terminou com o defensor detido. (Terra)

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