Estrela do jogo, meia não perde a oportunidade e rebate zuações do atacante do Amor
Autor de dois gols na vitória do Vasco sobre o Flamengo por 3 a 2, pela semifinal da Taça Rio, o meia Felipe alfinetou o atacante rubro negro Vagner Love, que disse antes do clássico que queria o time vascaíno completo, para depois não ter desculpas, se o time da Colina perdesse.
"Quem ganha a vida com boca é cantor. O Love já pode curtir as férias dele. Ele tem 28 dias para curtir a família e ver o Vasco na final"
Com o resultado, o Vasco avançou à final do returno do Campeonato Carioca e enfrentará o Botafogo, que eliminou o Bangu, neste sábado, com uma vitória por 4 a 2.
Sofia Miranda - Super Rádio Tupi
Marco Vasconcelos - Super Rádio Tupi
Superesportes
Visão de jogo: Vasco foi superior ao Flamengo
Emocionante. Talvez a palavra em si ainda não descreva como foi a partida realizada neste domingo, entre Flamengo e Vasco. Espetacular. A vitória vascaína por 3 a 2 sobre o Flamengo, que eliminou o Rubro—Negro do Campeonato Carioca, competição esta que os cartolas e os jogadores queriam de qualquer maneira para amenizar a inegável crise na Gávea, foi conquistada por uma superioridade quase que completa do time comandado por Cristóvão Borges, apesar dos resquícios flamenguistas de tentativas desesperadas — sustentadas pela tradicional raça — de, após levar a virada, ainda na primeira etapa, buscar o empate.
Logo no começo do primeiro tempo, o Flamengo, montado com três homens ofensivos por Joel Santana, começou com tudo, mostrando eficiência no contra-golpe e no consequente gol de Vagner Love, logo aos dois minutos. Porém, foi só. Após isso, o Vasco, utilizando a velocidade imponente de Éder Luiz, a visão de Diego Souza, os chutes fortes de F. Bastos e a maestria de Felipe, dominou inteiramente o rival, que demonstrava ser falho na marcação individual dos contra-ataques vascaínos. A partir dos 30 minutos, houve uma melhora ofensiva no Fla. Kléberson era o melhor, e até lembrava seus áureos tempos, junto ao Artilheiro do Amor. O único que destoava, do meio para frente, era Ronaldinho Gaúcho, que errava muito e era desarmado facilmente, proporcionando respostas vascaínas, perigosas, devido, sobretudo, à velocidade de Eder e aos espaços que eram dados por Welinton e Gonzalez. Aproveitando-se da superioridade na frente, no fim, Felipe ameaçou de fora e fez um belo gol, digno de um "cérebro" em campo. Era a virada.
Na volta para o segundo tempo, Joel tirou Muralha e colocou Bottinelli, visando dar mais consistência ao ataque vermelho e preto. O argentino entrou com gás, mas mostra deficiências pro seus extremos numa partida, erros e acertos. O Vasco continuava centrado e objetivo — a maioria dos lances eram de perigo. Com dois minutos, em pênalti que dá margens a interpretações, Felipe, de novo, fez o terceiro de sua equipe, o segundo dele. Tentando de qualquer maneira ir para cima do adversário, o Flamengo passou a ser superior no duelo após o gol do camisa 6. O erro veio com a saída de Kléberson, até então o único que coordenava bem a equipe do Fla. Renato não conseguiu atuar como quem ele substituiu. O Vasco, com Carlos Alberto no gramado — e que, por sinal, atuou bem —, e sem Eder Luiz, que saiu com câimbras, ocasionadas por sua entrega no jogo, não queria saber de administrar a partida e continuava perigoso, penetrando de maneira fácil na zaga flamenguista, que se expôs ainda mais indo à frente para tentar, em bolas aéreas, o gol. Mas nada adiantou e o Vasco está na final da Taça Rio.
Agora, é repensar o que há de errado no Flamengo, que ficará 27 dias sem jogos até a estreia do Campeonato Brasileiro, e apostar as fichas para o jogão de domingo, entre o Gigante da Colina e o Botafogo, no Engenhão, e que decidirá o time que enfrentará o Fluminense na grande final do Carioca.
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