e cita pênalti não marcado contra Flu
Meia vascaíno diz que juízes vivem um 'momento de cinema' e que auxiliar em Campinas 'passou mal e não tomou remédio' ao ignorar uma falta
- Esse é o Campeonato Brasileiro. Enquanto os árbitros entenderem e pensarem que são mais importantes que o futebol em si, vai continuar assim. Não é que os árbitros são ruins, é que é um momento de cinema para eles. É a hora de aparecer, um momento de mostrar autoridade. Nenhum é profissional na arbitragem, todos têm emprego, então na segunda-feira é o momento da alegria, talvez seja isso. Até a bola é mais importante que o árbitro, porque sem a bola a gente não joga, sem o árbitro, sim - criticou, em entrevista à Rádio Globo.
Juninho admite que a pressão dos jogadores sobre os árbitros colabora para os erros, mas vê a situação como inevitável. Ele lembrou o pênalti não marcado contra o Fluminense, na vitória por 2 a 1 sobre o Náutico, para dizer que os times menos prejudicados vão brigar pelo título.
- Acho que falta um pouquinho de humildade para todos, acaba todo mundo reclamando muito. Eu reconheço que a gente faz muita pressão, mas se você não faz de um lado, o adversário também faz. O Fluminense foi ajudado ontem com um pênalti não marcado (assista aqui). Vai ser assim até o fim, aqueles que tiverem a felicidade de não errarem contra ele, talvez cheguem - opinou.
Reclamação sobre auxiliar é irônica
No 0 a 0 em Campinas, a Ponte Preta é quem reclamou de um pênalti não marcado de Renato Silva sobre Rildo, aos 21 do segundo tempo. Já Juninho ficou na bronca com um dos assistentes, que não indicou falta para o juiz num lance no fim da partida.
- O pior é o bandeirinha. Ele teve um ataque ali, acho que passou mal e não tomou remédio. Deve ter sido alguma coisa assim, aí ele se arrependeu de marcar a falta.
O técnico Marcelo Oliveira seguiu a mesma linha.
- É um assunto sempre debatido, precisa de profissionalização. Hoje, o árbitro foi confuso, apesar de não ter influenciado diretamente no resultado. Deu cartões desnecessários no início, era um jogo morno que ele acabou incomodando os jogadores. Acho que se perdeu.
Com o empate, o Vasco foi a 44 pontos, segue firme no G-4, mas vê a distância para o líder Fluminense aumentar, agora para 12 pontos. Na próxima rodada, o time recebe o Figueirense no sábado, em São Januário.
Juninho cita erro a favor do Flu para criticar arbitragem nacional (Foto: Gustavo Magnusson / Agência Estado)
Vasco decide ir à Fifa para liberação da grana da venda de Diego Souza
Clube espera resposta do advogado do meia, que foi à Arábia Saudita neste fim de semana, com ação pronta. Jogador já tem luva e salário atrasados
Vasco e Diego Souza sonhavam que a negociação para o Al Ittihad, da Arábia Saudita, seria benéfica financeiramente para as duas partes, mas começam a viver um pesadelo. O clube do Oriente Médio não pagou pela compra dos direitos econômicos, e o departamento jurídico cruz-maltino decidiu acionar a Fifa nesta terça-feira. A última cartada, após dois meses de negociações amigáveis, foi a ida do advogado do jogador à sede local. Mas ainda não se ouviu notícias. Por isso, não há muita esperança de que haja solução.
Dono da fatia de 33,3% do meia, o time carioca tem a receber cerca de R$ 6 milhões no total. O restante pertence à Traffic, que também buscou um acordo, sem sucesso, por intermédio de sua direção internacional. Como uma prova de que o caso não será mesmo simples, nem mesmo o ex-camisa 10 teria visto a cor do dinheiro. Salários e luvas estão atrasados. Enquanto isso, Diego Souza esquece o problema, marca gols e já até deixou sua equipe mais próxima de ir ao Mundial de Clubes organizado pela entidade máxima, em dezembro.
Em contrapartida, o Al Ittihad alega que a primeira parcela já foi financiada por uma empresa parceira, mas as regras da Fifa atestam que a transação precisa acontecer entre os clubes, e a grana (cerca de R$ 2,5 milhões) ficou retida no Banco Central até que se defina uma nova forma de acerto. A segunda parcela venceu em agosto e não saiu de nenhum dos cofres. A terceira está agendada somente para janeiro, época de agitação de mercado brasileiro.
Diego Souza rebate ex-dirigente e diz que foi forçado a sair do Vasco
O Vasco notificou os árabes três vezes e já utiliza o termo calote. Levar a disputa para a Fifa, contudo, era o último recurso, pois o órgão que comanda o futebol prioriza em seus tribunais impasses nos quais o jogador fica impedido de trabalhar, como aconteceu com o zagueiro Renato Silva, finalizado de forma relativamente rápida. Por se tratar de um caso financeiro, o parecer pode sair só em 2013. A diretoria prepara uma petição na qual destaca a necessidade do dinheiro para pagar salários, que já estão atrasados de novo - assim como direitos de imagem - e não há, hoje, previsão de recurso para honrar o compromisso.
A pressa também tem base na crise financeira vivida pela gestão de Roberto Dinamite, que herdou dívidas trabalhistas (a principal é a do antigo Vasco-Barra, em aproximadamente R$ 11 milhões, dos quais R$ 4 milhões foram quitados recentemente) e acumulou outras, como a que envolvia vascaínos ilustres, que investiram na contratação de jogadores, em 2010. Entre eles estão o ex-vice de futebol, José Hamilton Mandarino, e o presidente da Assembleia Geral, Olavo Monteiro de Carvalho. Os montantes das vendas de Fagner (R$ 2,5 milhões) e do volante Romulo (quase R$ 10 milhões) foram gastos para zerar isso e também na aquisição de reforços para repor o elenco, como Jonas (R$ 1,5 milhões) e Auremir (R$ 500 mil).
A mais recente é a conta da companhia estadual que fornece água no Rio de Janeiro, que não foi quitada por quatro meses, gerou corte da distribuição por sete dias e foi normalizado com parcelamento de 36 vezes de cerca de R$ 40 mil, perfazendo mais de R$ 1,3 milhões. O Gigante da Colina ainda sofre com constantes penhoras na Justiça.
Globoesporte.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se a vontade para comentar