O atacante equatoriano Carlos Tenorio conquistou a torcida do Vasco pela luta em campo e o lado espontâneo nas entrevistas. Nesta quinta-feira, o camisa 11 concedeu coletiva para falar sobre o momento cruzmaltino no Campeonato Brasileiro. Com 44 pontos, o time ocupa a quarta posição e está a 12 do líder Fluminense. Apesar da distância, o jogador mantém a confiança no título e diz que terminar em 2º ou último trata-se da “mesma coisa” na competição, já que o fato acaba esquecido.
“No futebol, segundo e último é a mesma coisa. Ninguém vai falar do segundo quando terminar. Só o campeão sai na foto. O Vasco está pensando em ser campeão. Temos uma diferença para o primeiro, é difícil, mas tem muita coisa ainda. Precisamos confiar sempre. Você pode perder dez gols, mas tem que acreditar que o 11º vai entrar. Estamos a 12 pontos do primeiro colocado, mas ainda faltam 12 jogos e temos que acreditar que podemos ser campeões”, afirmou.
Tenorio está confirmado no time que enfrenta o Figueirense, sábado, às 18h30, em São Januário, pela 27ª rodada do torneio. Cada vez mais identificado com o clube, ele admite que não é torcedor do Vasco, mas o desafio de brilhar na Colina histórica o motiva a cada dia.
“Todo mundo tem inspirações. Mas meus pais são importantes nisso. Sempre me ensinaram que a pessoa correta vai pelo caminho do bem e não pode se esconder. Quando vim para cá, por exemplo, estava com tudo assinado com a LDU. Sou ídolo lá e estava pensando em me aposentar depois do contrato. Só que tinha ficado 11 anos no Qatar e nunca deixaram que saísse. Acabaram com a minha carreira. Decidi que ainda queria estar em um futebol mais forte. E o Brasil é difícil. Gosto desses desafios. Não vou dizer que sou torcedor do Vasco, seria mentira. Mas respeito e defendo essa camisa. As pessoas confiam em mim e tenho uma responsabilidade grande. Cheguei para ganhar coisas com o Vasco e tentar ser campeão”, comentou.
Tenorio ainda sofre os efeitos dos cinco meses parado em razão de uma cirurgia para a reconstrução do tendão calcâneo do pé direito. Ele volta ao time depois de um problema no púbis. Porém, assegura que irá se esforçar e descarta sofrer com o medo de uma nova lesão grave.
“O jogador quer atuar sempre. Eu gosto de jogar, gosto de estar sempre aí. Eu não tenho medo de nada. Tenho 33 anos, vou ficar com medo de que? Eu ainda não joguei no Vasco. Para uma temporada com Estadual, Brasileiro, acho que não fiz nada, foram 13 jogos. Quando me machuquei, sempre me ajudaram e me elogiaram. Tenho de ser grato e dar alegria para essa torcida. Não vou ser campeão sozinho, mas eu vou ajudar, vou fazer a minha parte. Não me escondo, mostro sempre a cara”, encerrou.
“Eu ainda não joguei aqui no Vasco. Para um temporada no futebol brasileiro, jogar dez jogos, não é nada. Mas tem uma coisa: eu sou um cara que respeita muito a instituição. A lesão é algo que ninguém esperava. Pensei até em parar. Tive primeiro o apoio de todo o grupo e depois até da torcida. Sempre me deram apoio e a pessoa tem que ser agradecida por isso. Agora, eu sou quero jogar e dar alegria para a torcida. Eu não vou ser campeão com o Vasco sozinho, mas farei minha parte. Não sou um jogador que vou me esconder. Vou dar sempre a cara.” — Carlos Tenório.
Técnico do Vasco, Marcelo Oliveira surpreendeu na escalação do time durante treinamento coletivo realizado na manhã desta quinta-feira, em São Januário. Sem poder contar com o lateral direito Jonas, suspenso, o treinador optou por improvisar o jovem zagueiro Luan, de 19 anos, no setor para a partida do próximo sábado, contra o Figueirense, às 18h30, na Colina histórica, pela 27ª rodada.
Outras mudanças na equipe foram as entradas do volante Nilton, que retorna ao time após cumprir suspensão, e do atacante Carlos Tenório, recuperado de dores que o deixaram de fora do jogo contra a Ponte Preta na rodada passada. Com isso, Eduardo Costa e Éder Luís voltam para o banco de reservas. Marcelo Oliveira trabalhou com a seguinte escalação nesta quinta-feira: Fernando Prass; Luan, Dedé, Fabrício e Thiago Feltri; Nilton, Juninho Pernambucano, Wendel e Felipe; Tenório e Alecsandro.
O treinamento durou quase uma hora e a principal preocupação do treinador foi com o posicionamento da equipe para evitar contra-ataques. No meio-campo, Oliveira recuou Juninho Pernambucano e adiantou Wendel. Assim, Felipe segue como armador mais próximo aos atacantes Tenório e Alecsandro. Juninho também participou de jogadas ensaiadas de bola parada.
Os vascaínos estão pressionados pela possibilidade de sair da zona de classificação para a Libertadores em caso de tropeço para o Figueirense e uma vitória do São Paulo no fim de semana, o que interromperia uma sequência de 51 rodadas do Vasco no G-4 do Campeonato Brasileiro. O time está dois pontos à frente do São Paulo, mas o rival tem mais triunfos que os cariocas e, portanto, levaria vantagem nos critérios de desempate.
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