Vasco recorre a torcedores ricos para quitar salários
Olavo Monteiro de Carvalho com Dinamite
Com todas as receitas bloqueadas pela Justiça, o Vasco vai recorrer a torcedores ilustres e de bolsos profundos para tentar quitar a dívida de R$ 10 milhões em salários atrasados com os jogadores, além dos rendimentos de funcionários e outras pendências. Uma comissão liderada por Olavo Monteiro de Carvalho, presidente da Assembleia Geral, o benemérito Jorge Salgado e Antonio Peralta, vice-presidente geral, tentarão levantar R$ 20 milhões de investidores ligados ao clube.
Os cartolas vascaínos pretendem quitar a dívida com o time e demais funcionários antes do fim do ano, para iniciar a pré-temporada em um clima mais propício à preparação para a próxima temporada. No entendimento dos dirigentes, será possível até lá desbloquear as contas. O Vasco deve R$ 60 milhões à Receita Federal, o que levou à penhora de 100% das receitas cruzmaltinas.
A situação financeira preocupa os jogadores há muito tempo, mas a má campanha na temporada atual intensificou também a crise política em São Januário. "Não depende só de nós. Pelo que demonstramos, temos condições de fazer muito mais, de ajudar o Vasco a chegar aos títulos. Mas tem que começar lá de cima. Desde que eu e vários outros chegaram, melhorou muito, mas não se pode repetir os erros de agora", comentou o atacante Eder Luís.
Para o clássico contra o Fluminense, domingo, no Engenhão, o técnico Gaúcho deve mandar muitos reservas a campo.
Helder, do Nancy: "Vasco é muito famoso na França"
Depois da saída de Fagner para o Wolfsburg, o Vasco procura um lateral direito com certa urgência. Jonas, que veio do Coritiba, não agradou e pode deixar o clube. Elsinho, do Figueirense, deve chegar. E Helder, do Nancy, chegou a ser oferecido ao clube e entrou no radar de observação do diretor executivo, Ricardo Gomes. O jogador, que não está sendo aproveitado no time francês, afirmou que quer voltar ao Brasil e falou um pouco mais sobre sua carreira em entrevista à Trivela. Confira:
Na semana passada, foi dito que você teria sido oferecido ao Vasco. O que realmente chegou para você?
A mesma coisa que saiu na imprensa. Meu empresário é quem está tomando conta dessas negociações, e ele nem me fala muito sobre isso para não criar expectativas. O certo é que eu quero voltar ao Brasil o mais rápido possível. Estou feliz aqui no Nancy, mas quero voltar.
Você declarou recentemente que o Vasco um dos clubes brasileiros mais famosos na França. Como os franceses falam sobre o futebol brasileiro por aí?
Não é exatamente o mais famoso, mas os jogadores daqui do Nancy perguntam muito sobre o Vasco porque muitos deles jogaram com Juninho, Eduardo Costa, Wendel. Mas também perguntam pelo Fluminense, por causa do Deco e do Fred, e mais recentemente pelo Botafogo, onde joga o Seedorf. Eles querem saber sobre esses jogadores, e são bem curiosos.
Você foi contratado pelo Nancy em 2008, mas passou dois anos na Romênia. Como foi essa experiência?
A Romênia, de certa forma, é o inverso da França. Lá, eu tive muitas oportunidades, mas algumas coisas faltavam fora de campo, porque o país é pobre e muitas equipes têm problemas financeiros. Aqui, não tenho chances, mas a vida fora de campo é pacata, tranquila.
Por que, na sua opinião, você não é aproveitado pelo Nancy?
O clube passa por uma situação muito difícil, e o técnico coloca um zagueiro na lateral direita, às vezes defende até com cinco zagueiros para não perder. Como sou um jogador de características ofensivas, com muita velocidade, acabei às vezes jogando como meia pela direita, quase um ponta. Mas prefiro jogar como lateral, vindo de trás, onde faço a diferença.
Você afirma que quer voltar ao Brasil. Sabe de mais alguma especulação? Toparia jogar em alguma equipe da Série B?
Depende do clube, da proposta. No Brasil, atuei no Juventude, onde tive um bom ano, e no Internacional B, e meu objetivo é voltar a atuar em um clube da Série A. Mas estou disponível para ouvir propostas, sempre levando em consideração o lado do Nancy, com quem tenho contrato até o ano que vem.
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