Jéferson se sentiu culpado pela perda de seis pontos no julgamento do TJD
Se for derrotado no julgamento do recurso contra a perda de seis pontos, terça-feira, o Vasco ainda poderá recorrer ao STJD, o que poderia até paralisar o Carioca. Ontem, o advogado do Vasco, Fernando Lamar, obteve certidão da Justiça do Trabalho de Taguatinga informando que, após conceder a liminar ao Brasiliense, devolvendo ao clube direitos sobre o meia Jéferson, foi enviada só uma comunicação por fax à Federação do Rio e à CBF. "Não havia ordem da Justiça para retirar o nome do Jéferson do boletim da federação. Conversei com o Luiz Gustavo (diretor de registros da CBF) e ele disse que o fax não tinha tal efeito. A CBF jamais tirou o nome do jogador de seu boletim", diz Lamar. Valed Perry, do departamento jurídico da CBF, também afirmou que Jéferson tinha condições legais de enfrentar o Americano. Curiosamente, a CBF divulgou ontem a tabela da Série B e o Brasiliense será o adversário do Vasco na estreia, no dia 8 de maio.
Dorival Júnior teria todos os motivos para insatisfação. Em meio à crise política do Vasco, teve seu salário tornado público, servindo de argumento para críticas à diretoria. No mesmo dia, o tribunal tirou seis pontos que seu time conquistou em campo, por causa da escalação do meia Jéferson, jogador que técnico só usou porque a diretoria cruzmaltina lhe deu garantias.
Mas ontem, o próprio treinador já olhava o futuro. Ele reuniu o time e exigiu que seus jogadores enfrentem o Madureira, amanhã, no Engenhão, como se a vaga na semifinal da Taça Guanabara dependesse apenas da disputa em campo.
Para se classificar, o Vasco precisa vencer e, na terça-feira, ter sucesso no julgamento do recurso no TJD.
Dorival admitiu ter se sentido pessoalmente desrespeitado com a divulgação do seu salário (R$ 280 mil). Mas garantiu que não liga para isso.
"Individualmente me sinto desrespeitado. Foi algo infeliz. A exposição no Brasil é enorme e as pessoas deveriam ter bom-senso. É uma coisa que a poucos importa. Os verdadeiros vascaínos que nos ajudem. O Vasco será forte, disputará títulos", disse Dorival, antes de falar no jogo com o Madureira.
"Para mim, o Vasco não perdeu seis pontos. Ainda tem 11. E a vaga nas semifinais depende da nossa postura domingo (amanhã). O time tem que se preocupar só em jogar. De forma lisa e limpa, vamos ganhar a vaga no campo e não no tapete".
"Cadê os pontos?"
Já Carlos Alberto falava em voz alta na Colina: "Cadê os meus pontos?"
"Penso só no jogo e confio que a diretoria vai fazer sua parte. Ganhamos no campo, foi merecido. Na minha tabelinha de casa, não tirei os seis pontos. Seria injusto", disse o meia. "Fiquei assustado. Mas nos explicaram como e por que aconteceu isso", disse o jogador.
A diretoria do Vasco vê no resultado do tribunal influência da proximidade entre o Fluminense, terceiro interessado, e a Federação do Rio.
"Vamos repensar a questão de ceder estádio ao Fluminense. O Vasco precisa ser respeitado", disse o presidente Roberto Dinamite, referindo-se à participação de advogados tricolores no julgamento do caso Jéferson.
Fonte: gazetaonline.globo.com
Rodrigo Caetano acha que o Vasco se classifica. Foto/Vivian Ribeiro/LBV |
Em entrevista à Rádio Brasil, o diretor executivo do Vasco, Rodrigo Caetano, comentou os assuntos mais relevantes do clube neste atribulado começo de ano, desde o caso da escalação de Jéferson até as polêmicas de saída, permanência e entrada de jogadores. Para ele, ainda é grande as possibilidade de o time sair vitorioso do TJD/RJ e se classificar para as semifinais da Taça Guanabara.
Sobre a perda de pontos
“O departamento jurídico está mobilizado para entrar com um novo recurso ainda hoje (esta sexta-feira, dia 13) para reaver os pontos perdidos no tribunal. Estamos confiantes na possibilidade de reverter esse quadro, já que o Vasco em nenhum momento escalou de forma irregular o Jéferson, que estava normalmente regularizado na CBF. É uma pena que o time tenha perdido no Tribunal o que suou para conquistar dentro do campo”.
Sobre a possível venda do atacante Alex Teixeira
“A situação envolvendo a assinatura do contrato de patrocínio com a Eletrobrás é um assunto que está entregue ao presidente Roberto Dinamite. Mas diante do problema financeiro que o clube está atravessando no momento, pensamos na possibilidade de negociar um jogador ainda neste mês para equilibrar as dívidas. Prefiro não dizer nomes, mas o Vasco possui pelo menos três jogadores capazes de jogar no exterior”.
Sobre a permanência de Carlos Alberto
“A situação do Carlos Alberto é a seguinte: Ele tem contrato com o Vasco até o meio do ano, o que possibilitar utilizarmos no Campeonato Carioca e Copa do Brasil. Nós sabemos que o Carlos Alberto é um jogador fantástico dentro de campo, mas ele vem sendo peça importante fora de campo, exercendo liderança e orientando os mais jovens. Sabemos que é uma situação muito difícil já que ele é vinculado ao Werder Bremen da Alemanha, que vai pedir muito dinheiro para prorrogar o empréstimo dele. Mas vamos contar que, até lá, a parte financeira do clube seja resolvida para que possamos mantê-lo no grupo”.
Sobre a contratação de reforços
“Por enquanto encerramos o ciclo de contratações com a chegada do zagueiro Leonardo. Mas estamos atentos ao mercado para reforçar o elenco para a disputa da Série B. No inicio do ano a nossa preocupação era dar opções, depois qualidade, mais na frente nomes de peso. O Vasco iniciou o ano com pouquíssimos jogadores vinculados ao clube e agora conseguiu contratar jogadores como Rodrigo Pimpão, que tem contrato por quatro anos, Jéferson e Elton por dois, entre outros”.
Fonte: justicadesportiva.uol.com.br