(GloboEsporte.com)
O palco estava armado para uma grande festa. Com São Januário quase lotado, nem a chuva no início da partida desanimou os vascaínos. Após o apito inicial da partida, o início da tragédia para o time carioca. O Figueirense venceu o Vasco por 4 a 2 e afundou o time em uma crise profunda. Com o resultado, o Figueira chega a 32 pontos e se afasta da zona de rebaixamento. A equipe cruzmaltina segue na laterna, com 26 pontos.
Na próxima rodada, quarta-feira, o Vasco vai até a Ilha do Retiro enfrentar o Sport. O Figueirense recebe o líder Palmeiras no Orlando Scarpelli.
Figueira esfria o ânimo da torcida vascaína
Empurrado pelo grito da torcida, o Vasco impôs um ritmo alucinante nos primeiros minutos da partida. Logo no primeiro minuto, Madson pegou um rebote perto da entrada da área e arriscou de perna direita. A bola pegou na zaga e foi para fora. Aos três minutos, após cruzamento da direita, Leandro Amaral e Fernando subiram, o zagueiro desviou e a bola foi por cima do gol. A pressão vascaína continuou. Aos 13, Leandro Amaral bateu forte, cruzado, a bola resvalou na zaga e passou perto do gol de Wilson.
Após a animação inicial, o Figueira, favorecido pelo grande número de passes errado do adversário, conseguiu esfriar o jogo. O castigo vascaíno veio em um contra-ataque aos 19 minutos. Diogo arrancou pela direita e achou Marquinho livre dentro da área. O jogador do Figueirense teve tempo de dominar a bola, escolher o canto e abrir o placar: 1 a 0. Balde de água fria nos torcedores. Em desvantagem, o Vasco tentou corre atrás do prejuízo. Baiano, aos 28 minutos, assustou o goleiro do Figueira em uma falta cobrada perto da área.
Em outro contra-ataque os visitantes quase ampliaram o placar aos 36. Bruno Santos recebeu sozinho pela direita e chutou cruzado, Cazumba chegou atrasado e perdeu uma boa oportunidade. Antes do fim do primeiro tempo o Vasco teve outra chance. Aos 44, Edmundo se livrou da marcação e tocou para Alan Kardec, já dentro da área adversária. O centroavante chutou cruzado, mas a zaga cortou a aliviou o perigo.
Novo apagão da zaga, novo gol do Figueira
Na volta do vestiário, a torcida até que mostrou boa vontade, mas a paciência se esgotou logo no primeiro minuto. Após escanteio cobrado, Asprilla, sozinho, nem precisou pular para desviar de cabeça e marcar: 2 a 0. Das arquibancadas, muitas vaias e ameaças aos jogadores. Nem o mais pessimista dos vascaínos poderia esperar que o pior ainda estava por vir. Aos oito minutos, Marquinho cobrou falta de longe e acertou o canto de Tiago, que não chegou na bola: 3 a 0. Alguns torcedores deixaram o estádio, os que ficaram passaram a gritar "olé" a cada toque de bola do adversário.
São Januário virou uma panela de pressão aos 14 minutos. Tadeu deixou a bola para Cleiton Xavier, que deu um corte e chutou rasteiro para ampliar a vantagem: 4 a 0. Com o grito de "mentiroso", alguns torcedores tentaram invadir o local onde o presidente Roberto Dinamite assistia ao jogo e foram contidos pela polícia. O quarto gol foi demais para o governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, que deixou o estádio.
Aos 19, Madson fez falta dura, levou o segundo amarelo e foi expulso. Mesmo com um jogador a menos, o Vasco conseguiu diminuir. Aos 21, após bola levantada na área, Leandro Amaral subiu mais do que a zaga e fez de cabeça: 4 a 1.
Com a vantagem, o Figueirense apenas adminstrou a vantagem. Apesar de perdido em campo, o time vascaíno tentou vencer o nervosismo e as vaias da torcida para esboçar reação. O segundo gol vascaíno, no entanto só saiu em uma falha da zaga alvinegra. Em cobrança de escanteio, Edmundo se livrou da marcação e cabeceou para o gol, diminuindo a vantagem.