Com os pés no chão, Prass diz que ainda falta muito para ser idolatrado e que, para chegar lá, pega conselhos com um dos maiores ídolos do clube na posição: Carlos Germano.
Enquanto o camisa 1 bateu na tecla das grandes conquistas, o seu preparador preferiu exaltar o tempo de casa.
Germano passou por outros grandes clubes do País, mas é, até hoje, reconhecido pelo que fez com a cruz-de-malta no peito.
“Hoje em dia os jogadores não passam mais de um ano nos clubes. Não há vínculo, não há identidade... Todos os dias passo a importância de assinar um contrato longo e ficar muito tempo no mesmo clube. Isso é importante. Hoje eu sou o Germano do Vasco e o Prass tem tudo para seguir este caminho. É assim que se forma um grande ídolo”, ensinou o capixaba.
Como um bom aluno, Prass aprendeu a fórmula. Tanto é que já pensa na renovação de seu contrato, que termina em dezembro. Só assim poderá conquistar sua grande meta: um título de expressão.
Prass, porém, até discute com quem diz que a Série B do Brasileiro não valeu nada.
“Só estamos aqui conversando por causa daquela conquista. Tudo que o Vasco vencer na Série A foi por conta da nossa campanha. Mas para eu conquistar mais preciso continuar no Vasco. Já houve uma conversa, mas nada oficial. Hoje minha cabeça está totalmente aqui”, explicou o camisa 1 cruzmaltino.
Mas se o próprio Prass (e parte da torcida) ainda não se considera um ídolo, em casa a história é diferente. Seu filho Caio, irmão gêmeo de Helena, de 2 anos, não perde um jogo do pai e já pensa em seguir seus passos. No Vasco, claro.
“Outro dia ele viu uma camisa vermelha e perguntou se era do Internacional. Quando falei que era do Flamengo ele logo reclamou e disse que era Vasco (risos)”, contou Prass, que inspira o filho Caio, que por sua causa quer ser goleiro: “Ele fala para todo mundo que é filho do goleiro do Vasco. Esse orgulho não tem preço”. (O Dia)
Goleiro acena para a torcida após lance no clássico |
Paredão vascaíno faz planos quando pendurar as luvas
Quando parar de jogar, em sete anos, Fernando Prass pode até sentar no banco. Mas de uma universidade. A princípio, seus planos são estudar e descansar. Só não sabe se faz Direito ou Administração. Para o futebol, só volta se for dirigente. Além de Carlos Germano, Prass conversa com os outro ex-goleiro da comissão técnica: Acácio, ídolo do clube, auxiliar do treinador Paulo César Gusmão, e que comparou a defesa de Prass a uma feita pelo uruguaio Rodolfo Rodríguez, do Santos, em 1984, contra o América de Rio Preto (SP). “O PC dá um toque, o Acácio, uma dica. Mas o responsável pelo nosso sucesso é o Carlos Germano”, disse Prass. Hoje, o Vasco virou um time especialista em se defender. Mérito de PC Gusmão, único treinador invicto no Brasileirão. No Vasco, foram duas vitórias e três empates, com dois gols sofridos. No Ceará, PC Gusmão ficou sete jogos sem perder antes de se transferir para São Januário. Foram cinco vitórias, dois empates e um gol sofrido. 03/08/2010 - 00h00 (A Gazeta)