Vasco. Bolso vazio é mais um adversário

O Vasco segue invicto no Brasileiro após a parada para a Copa do Mundo, mas a briga não é apenas por pontos para chegar ao G-4. Com os salários dos jogadores atrasados há um mês, a diretoria e os próprios jogadores lutam para afastar os problemas e poder se concentrar somente na partida de hoje, às 18h30, contra o Cruzeiro, em São Januário.

De olho no G-4, Vasco e Cruzeiro fazem duelo em São Januário

Ontem, pela segunda sexta-feira consecutiva, a cúpula de futebol, junto com o presidente Roberto Dinamite, se reuniu após o treino.

Se na semana passada o papo foi com todo o grupo, desta vez foi só com os principais líderes. Em pauta, a tentativa de tranquilizar o elenco e reforçar o elo entre os jogadores, afastando a boataria de crise.

Dinamite explicou aos atletas que entraves burocráticos impedem o Vasco de receber a cota de R$ 7,8 milhões da Eletrobras. A novidade animou ainda mais o grupo, que já tinha ficado mais tranquilo após receber um mês de salários na última semana.

O técnico PC Gusmão considera hipocrisia falar que não é ruim trabalhar com o atraso salarial. Mas garantiu que não há qualquer risco de queda de performance do time.

O capitão Carlos Alberto concorda com o treinador e lembra que o Vasco já viveu situações mais difíceis em relação a salários. “Vencendo, tudo acontece mais facilmente. Não dá para esquecer o atraso, mas ninguém morre por isso”.

Com a suspensão de Rômulo, Felipe teve seu pedido atendido e vai voltar a jogar no meio-campo. Em seu lugar na ala esquerda, entra o improvisado Irrazábal.

Será a primeira vez que o quarteto, que ainda conta com Zé Roberto, Carlos Alberto e Éder Luís, vai atuar junto na mesma faixa de campo.

“Sabemos que o jogo não vai ser fácil, mas eu estou na minha casa e quero vencer. Quem vai colocar o pé em cima do meu sofá sou eu”, afirmou Carlos Alberto. (O Dia)