Na Coluna do Jornalista Renato Maurício Prado - O Globo, Joel Santana, conhecido um técnico retranqueiro de carteirinha, explica como obteve o êxito na final da Guanabara contra o Vasco> Leia e reflita sobre a pergunta: Será que o Joel teria o mesmo sucesso se tivesse um time melhor em mãos que tivesse que sair para o jogo?
(...) Assim como conseguiu anular Adriano, na semi, a criticada zaga alvinegra neutralizou o artilheiro Dodô na decisão. E sem marcação homem a homem.
— A gente sabe que Dodô gosta de entrar pelo meio. Por isso tratamos de fechar bem este setor. E quando ele recuava pra buscar o jogo, tínhamos alguém sempre por perto, pra não deixar que dominasse com tranquilidade. Ele escapou uma vez só. E, pra nossa sorte, perdeu a passada na hora de concluir.
Joel me conta também que esperar o Vasco em seu próprio campo foi outra estratégia alvinegra:
— Eles vieram com tudo, como imaginávamos, e nós nos seguramos. No segundo tempo, eles cansaram e aí saímos pra decidir.
Apesar do título, Joel não se ilude. Sabe das deficiências do seu elenco e alerta:
— Não falei antes, pra não desmotivar ninguém. Mas campeonato de tiro curto, com semifinais e finais em “mata-mata” é uma coisa. Montar um elenco realmente competitivo para o Brasileirão é outra.
Que os dirigentes do Glorioso tratem de se mexer rapidamente. Milagre não acontece todo dia. Nem mesmo com Joel Santana...
Fonte: Coluna do Renato Maurício Prado - O Globo