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29 de março de 2013

Tenorio comemora volta sem sentir dor: 'Agora quero mais 90, mais 90'

Tenorio comemora volta sem sentir dor: 'Agora quero mais 90, mais 90'
Jogador reitera que se sente em dívida com o Vasco e admite que ficou 'machucado' por voltar a Moça Bonita um ano depois da grave lesão

Discreto, Tenorio teve atuação discreta contra o Olaria
(Foto: Bruno Gonzalez / Ag. O Globo)
Tenorio tem apenas quatro jogos na temporada. Nenhum gol. Pelo Vasco, no total, foram apenas 21 partidas em 14 meses, nas quais marcou cinco vezes. As lesões em sequência deram até mesmo uma certa resistência da torcida que via no equatoriano uma solução para a carência ofensiva do Vasco. O jogador chegou a dizer que preferia até mesmo que o time levasse de 5 a 0, que todas vaias fossem apenas para ele, mas que não tivesse tantas interrupções em sua trajetória em São Januário.

- Foi o momento mais difícil que passei na minha carreira. Foram muitas lesões pequenas, mas que atrapalhavam muito. Era uma coisa de jogar, parar, jogador, para... Hoje, quero demonstrar para mim mesmo que posso ir adiante. E para o Vasco. Se há alguma instituição para quem tenho que mostrar alguma coisa é o Vasco - diz o equatoriano, relembrando o longo tempo de estaleiro.

Apesar do bom humor característico e de provocar risadas na entrevista coletiva ao dizer que queria falar mais de Páscoa do que de futebol, o camisa 11 lembrou que a partida pouco mais de um ano após a grave lesão no tendão de aquiles, em Moça Bonita, o deixou angustiado.

- Era contra o mesmo time, no mesmo local. Uma coisa que me deixou machucado, porque poderia voltar em 15 dias ou antes, mas voltei um mês depois e em Moça Bonita. Não pensei que ia conseguir jogar 90 minutos, ainda mais sem ter feito um treino. Mas consegui. Agora é jogar mais 90, mais 90 e bola para frente - afirma o Demolidor.

Provavelmente com Tenorio no comando do ataque, o Vasco volta a campo na quarta-feira, contra o Botafogo. O clássico será em Volta Redonda por causa da interdição do Engenhão. (Raphael Zarko - Globoesporte.com)

Vasco vê evolução na base e luta contra empresários descontentes com Sorato


Aos poucos, o Vasco supera os inúmeros problemas ocorridos com as categorias de base no ano passado e tenta colocar o futebol amador em situação confortável. Após o desafio de adequar alojamentos, transporte e alimentação, a meta da vez é lutar contra os empresários descontentes com Sorato, técnico dos juniores. Os dirigentes dizem acreditar em uma campanha interna pela demissão do treinador, que possui respaldo do diretor executivo de futebol René Simões e do coordenador das categorias de base Mauro Galvão.

Segundo apurou a reportagem, representantes e pais de atletas não aproveitados nos juniores são contrários aos métodos de trabalho do técnico Sorato. O fato de o time não ter alcançado às semifinais da Taça Guanabara na categoria foi um combustível para os comentários nos bastidores. A situação é reprovada pela diretoria em um momento no qual o Cruzmaltino traça uma evolução com dificuldade no departamento amador.

“Isso tudo é muito estranho. Essas coisas acontecem mais no profissional. O trabalho na base tem um prazo maior para os resultados. Tem muita gente ajudando e atrapalhando ao mesmo tempo. Será que não estão achando bom? Nem quero cogitar isso. O clube melhorou bastante a estrutura. Temos alimentação, transporte e não podemos parar por aqui. Nunca teremos a tranquilidade absoluta em um projeto para resgatar a credibilidade. Vamos seguir independente de quem não esteja gostando. As pessoas fazem campanha e não nos atingem”, afirmou Mauro Galvão.

O técnico Sorato, ex-jogador do clube, se mostrou chateado e fez questão de deixar claro o objetivo da base contra a justificativa dos descontentes em torno dos recentes resultados adversos.

“Não recebi qualquer comunicado sobre possibilidade de demissão. Isso não existe e tenho o respaldo da diretoria. Sabemos das cobranças. Considero o trabalho no caminho certo e entramos com a proposta de qualificar o grupo. Sabemos que isso não é do dia para noite. A estrutura deixou de ser problema e o resultado vai chegar. Mas não adianta ganhar título e não revelar jogador”, explicou.
(UOL)

29 de novembro de 2011

Sorato vê Bernardo como sucessor para posto de herói do Vasco

Ex-atacante decidiu o Brasileiro de 1989 para o Cruz-maltino em final contra São Paulo

“Os jogadores acreditam, isso é o mais importante”. Dessa forma o ex-atacante Sorato, herói do título do Vasco no Brasileiro de 1989, analisou as esperanças de o título ficar em São Januário no próximo domingo (4). Para isso, o ídolo aponta quem poderá repetir seu feito.

Empolgado com a campanha cruz-maltina, Sorato, aos 42 anos, se encanta com o futebol de Bernardo. Jovem como ele era na campanha de 21 anos atrás, o ex-centroavante o vê como predestinado, conforme revelou à reportagem.

- Contra o Fluminense, o Bernardo mostrou que está bastante focado, preparado para decidir. Ele é garoto e, mesmo sendo reserva, tem feito gols importantes. De repente pode ser ele que vai decidir e dar o título ao Vasco.

Sorato fala com a autoridade de quem entrou para a história do Vasco aos 20 anos. No dia 16 de dezembro de 1989, cabeceou com perfeição cruzamento preciso de Luis Carlos Winck, marcando o gol do triunfo por 1 a 0 diante do São Paulo, no Morumbi, que decidiu o título.

- Na época eu não tinha noção do que aquilo representava.  Fazia só um ano que eu estava no profissional. Hoje tenho a dimensão do que foi. Aonde vou os vascaínos falam comigo. Foi um título bonito, muito marcante, fora de casa, contra o São Paulo que era muito forte. Depois daquilo eles ganharam quase tudo o que disputaram.

No entanto, naquela tarde de domingo o Vasco precisava apenas dele para ser campeão. Assim como ocorreu nas conquistas de 1974, 1997 e 2000. Agora, o time, além de precisar vencer o Flamengo, domingo, no Engenhão, terá de torcer para o Palmeiras derrotar o Corinthians.

- Depois que o Corinthians abriu essa vantagem de dois pontos, o Vasco está consciente que tem de fazer a sua parte para ter chance. No último jogo mostrou bem isso. Os jogadores compreenderam e acreditam, isso é o mais importante. É difícil, complicado, mas tudo pode acontecer. São resultados possíveis.

Acreditando em uma tarde épica no Engenhão, Sorato prometeu comparecer ao estádio, já que revelou ficar muito nervoso em casa. Com um recente retrospecto ruim em decisões diante do Flamengo, o torcedor cruz-maltino pode se apegar ao passado de Sorato.

Em sua estreia nos profissionais, marcou dois gols no rival, em triunfo por 3 a 1, em 1988. Em seguida, o Vasco seria campeão diante do Flamengo, em uma época em que os cruz-maltinos costumavam levar a melhor em duelos decisivos.

- É um momento importante para que isso aconteça. A fase do Vasco é melhor que a do Flamengo, o time está embalado. Só torço para que não perca nenhum jogador na quarta-feira [contra a La U pela Sul-Americana] e chegue inteiro no domingo. [R7]


Vasco poupa Felipe e garante Juninho na Sul-Americana

 O Vasco embarcou para Santiago nesta segunda-feira com o grupo praticamente completo. Para o segundo jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, diante do Universidad do Chile, na quarta, o técnico Cristóvão Borges só não contará com o meia Felipe, poupado para o clássico com o Flamengo, no domingo. O jogo poderá definir o título do Brasileirão.
Juninho Pernambucano posa junto a torcedor no aeroporto (Foto: Alexandre Durão/Globoesporte.com)
Cristóvão relacionou até Juninho Pernambucano, que deixou o duelo com o Fluminense, no domingo, com dores no ombro e cansaço muscular. "Estava sentindo muitas dores quando saí de campo, mas estou me recuperando e queria muito ir para esse jogo. Quero estar com o grupo nesse momento decisivo para ajudar o Vasco a buscar essa vaga na final", disse o meia.

Juninho só viajou com a delegação porque está suspenso para o confronto com o Flamengo. Já Diego Souza é uma das apostas de Cristóvão Borges na Sul-Americana. O meia embarcou para o Chile mesmo depois que a comissão técnica refez as contas nos cartões amarelos e descobriu que o atleta não estaria suspenso no domingo.

O desgaste físico, contudo, não preocupa o grupo. "Há uma euforia. O desgaste existe, mas temos conseguindo recuperar bem de um jogo para outro", afirmou o técnico Cristóvão Borges. "Estamos emocionalmente muito fortes. Já são mais de 70 jogos no ano, depois de um início de temporada horroroso. Ninguém esperava que esse time pudesse dar essa virada", comentou o goleiro Fernando Prass. "Agora faltam quatro jogos para entrarmos para a história. Temos que nos dedicar ao máximo um pouco mais".

Na quarta-feira, o Vasco precisa de uma vitória simples para superar o empate por 1 a 1 na ida e garantir sua vaga na final. Uma igualdade sem gols classifica o Universidad do Chile e um empate por dois ou mais gols assegura o time carioca na decisão.