A origem do nome?
O nome Clube de Regatas Vasco da Gama é uma homenagem ao grande navegador português, descobridor do caminho marítimo para as Índias, em 1498. Em 1898, apaixonada pelo remo (o mais popular dos esportes na época), a colônia portuguesa no Rio, decidida a participar das competições, nada mais fez do que aproveitar as comemorações do IV Centenário do feito de Vasco da Gama (dobrou o Cabo das Tormentas, hoje Cabo da Boa Esperança) e fundou seu clube. Surgia assim, a 21 de agosto daquele ano, um dos mais democráticos e lutadores clubes brasileiros.
O significado da camisa?
A primeira camisa era negra, com a cruz de Cristo em vermelho (não a cruz de Malta como costuma-se dizer) no peito. Pouco depois, entretanto, o desenho foi alterado, juntamente com o da bandeira. Uma faixa diagonal branca, com a cruz de Cristo ao meio, em vermelho, passou a representar a coragem e as glórias das naus de Portugal desbravando os mares desconhecidos. A camisa original e oficial do Vasco da Gama, portanto, é a preta, embora a branca (com a faixa preta) seja até mais popular e conhecida. As quatro estrelas douradas da bandeira representam os campeonatos invictos conquistados pelo clube (45-47-49-92).
Quando aconteceu a primeira cisão no clube?
Um ano depois da fundação, já respeitado e temido nas regatas nas praias do Flamengo e de Botafogo, alguns associados queriam a mudança da sede da Ilha das Moças para o Passeio Público. O primeiro presidente, Francisco Couto, acabou renunciando e levando com ele um grupo de ex-vascaínos que, a 5 de julho de 1899, criou o Clube de Regatas Guanabara. Apesar de tudo, na virada do século, o Vasco da Gama já era uma potência, com mais de 100 remadores filiados à União Fluminense de Regatas.
Quantos escudos o clube teve?
Embora fundado em 1898, o primeiro escudo do Vasco foi criado apenas cinco anos depois, em 1903, e bem diferente do atual. Era redondo, com o nome Clube de Regatas Vasco da Gama escrito em fundo negro, entre seis cruzes de Cristo, e a caravela ao centro. A partir da década de 20, porém, o clube adotou o escudo que usa até hoje.
Quando surgiu o amor pelo futebol?
Em 1913, a exibição no Rio de um combinado de três clubes portugueses (Clube Internacional, Sporting Clube de Lisboa e Sport Clube Império) empolgou a influente colônia lusitana. A pressão dos associados, que exigiam um time de futebol, passou a lutar para derrotar a corrente do remo, que não aceitava o novo esporte. Mas surgiu outro obstáculo inesperado: os estatutos do Vasco não permitiam sócios não portugueses, e isso inviabilizava a filiação do clube à Liga Metropolitana de Futebol (LMF).
Como foi a primeira “virada de mesa”?
Mesmo com a oposição ferrenha dos remadores, os adeptos do futebol conseguiram a fusão com o Lusitânia (que admitia sócios brasileiros) a 26 de novembro de 1915. O caminho para o êxito do Vasco da Gama no futebol estava aberto. Os outros que se cuidassem, que a nau do Almirante estava a caminho.
Que o clube sofreu discriminação?
Em 1917, o Vasco já estava na segunda divisão, mas ainda não preocupava os grandes e famosos Flamengo, Fluminense, Botafogo e América, entre outros. Só começou a apavorar os adversários quando conquistou, de maneira espetacular e por antecipação, o título carioca da primeira divisão de 1923. Unidos contra o campeão, os derrotados criaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA) e não convidaram o Vasco da Gama para o ano seguinte, acusando-o de ter analfabetos e profissionais entre seus jogadores.
Qual foi a grande resposta vascaína?
O que poderia fazer o Vasco da Gama diante de um golpe tão elitista aplicado por seus adversários? A resposta foi a construção do Estádio de São Januário. Inaugurado em 21 de abril de 1927, em um amistoso contra o Santos. Diante de São Januário, o que significavam os campinhos de Fluminense, Botafogo, Flamengo e América? O Vasco da Gama demonstrou que era uma força que não mais poderia ser ignorada. E todos os que o repudiavam tiveram que voltar atrás. A trajetória vitoriosa do clube começou verdadeiramente, então, com São Januário, que só seria superado muitos anos depois pelo Pacaembu, em São Paulo.
Quem é o torcedor mais ilustre do Vasco?
Consagrado com o título de “Atleta do Século”, Pelé, também chamado de o “Rei do Futebol”, é o torcedor mais ilustre do Vasco. Pelé não esconde de ninguém a sua paixão pelo clube de São Januário.
Em que ano o Rei jogou no Vasco?
Foi em meados de 1957, quando Pelé tinha apenas 16 anos. Ele fez parte de um combinado Vasco-Santos e disputou três partidas no Maracanã com a camisa do clube de seu coração. Nos três jogos, que fariam parte de um torneio cancelado por causa do prejuízo financeiro, Pelé marcou cinco gols. No primeiro, contra o Belenenses, de Portugal – uma goleada de 6 a 1 – “Ele” marcou três gols. Em seguida, marcou o gol do empate de 1 a 1 com o Dínamo de Zagreb, e também no empate pelo mesmo placar com o Flamengo.
Que a paixão do torcedor ilustre não salvou o Vasco?
Um dos maiores momentos da carreira do melhor jogador de futebol do mundo aconteceu também em uma partida contra o Vasco. Com o Maracanã lotado, Pelé marcou o milésimo gol de sua carreira justamente contra o clube do seu coração. Foi na Taça de Prata de 1969. O jogo estava empatado em 1 a 1 e Pelé marcou seu milésimo gol, de pênalti, que o goleiro Andrada se esforçou para defender, mas não conseguiu.
Quais os símbolos do Vasco?
O Almirante, em homenagem ao navegador português Vasco da Gama, é o símbolo do clube desde a sua fundação e foi estilizado pelo cartunista argentino Mola, na década de 40, mesma época em que surgiu o símbolo do Expresso da Vitória, com uma locomotiva e um comerciante português de camisa e tamancos. Nos anos 60, surgiu o apelido de “Bacalhau”, que acabou estilizado pelo saudoso cartunista Henfil.
Que muita gente torce pelo Vasco por causa de Ademir?
Mesmo morando em Aracaju, Sergipe, a centena de quilômetros de distância do Rio, o então menino João Ubaldo Ribeiro aprendeu a torcer pelo Vasco por causa das transmissões das partidas pelo rádio. Hoje, escritor consagrado, ele confessa que a imagem que guarda, por causa das transmissões, é a de que Ademir voava com a bola quando partida para o gol. “O mais interessante é que eu nunca vi nem ele nem aquele timaço de 50 jogar, mas sou vascaíno por causa deles”.
Os títulos
Estaduais Estaduais 1923 - Nélson Chofer; Leitão e Mingote; Nicolino, Claudionor Bolão e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Ceci e Negrito.
1924(Campeão invicto) - Nélson Chofer; Leitão e Mingote; Brilhante, Claudionor Bolão e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Fernandes e Negrito.
1929 - Jaguaré; Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Paschoal, 84, Russinho, Mário Matos e Santana.
1934 - Rei; Domingos da Guia e Itália; Gringo, Fausto e Mola; Orlando, Gradim, Leônidas da Silva, Nena e Dallessandro.
1936R - Rei; Poroto e Itália; Calógero, Zarzur e Marcelino Perez; Orlando, Luís de Carvalho, Feitiço, Kuko e Luna.
1945 - Rodrigues; Augusto e Rafanelli; Berascochea, Eli e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaías, Jair e Chico.
1947 - Campeão invicto) Barbosa; Augusto e Rafanelli; Eli, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico.
1949 - Barbosa; Augusto e Sampaio; Eli, Danilo e Alfredo; Nestor, Maneca, Heleno de Freitas, Ademir e Chico.
1950 - Barbosa; Augusto e Wílson; Eli, Danilo e Jorge; Tesourinha, Maneca, Ademir, Ipojucan e Djair.
1952 - Barbosa; Augusto e Haroldo; Eli, Danilo e Jorge; Sabará, Maneca, Ademir, Ipojucan e Chico.
1956 - Carlos Alberto; Paulinho, Bellini, Orlando, Laerte e Coronel; Sabará, Válter Marciano, Vavá, Livinho e Pinga.
1958 - (Supercampeão) – Miguel; Paulinho, Bellini, Orlando e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Almir, Valdemar e Pinga.
1970 - Andrada; Fidélis, Miguel, Renê e Eberval; Alcir e Buglê; Luís Carlos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes.
1977 - Mazaropi; Orlando, Abel, Geraldo e Marco Antônio; Zé Mário, Zanata e Dirceu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Paulinho.
1982 - Acácio; Galvão, Ivan, Celso e Pedrinho; Dudu, Serginho e Ernâni; Pedrinho Gaúcho, Roberto Dinamite e Jérson.
1987 - Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Henrique, Geovani e Luís Carlos; Tita, Roberto Dinamite e Romário.
1988 - Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Henrique; Vivinho, Romário e Bismarck.
1992 - Carlos Germano; Luís Carlos Winck, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro, Carlos Alberto Dias e Bismarck; Roberto Dinamite e Edmundo.
1993 - Carlos Germano; Pimentel, Jorge Luís, Torres e Cássio; Luisinho, Leandro, Geovani e Dias; Valdir e Bismarck.
1994 - Carlos Germano; Pimentel, Ricardo Rocha, Torres e Cássio; Leandro, Luisinho, William e Yan; Valdir e Jardel.
Brasileiros 1974 - Andrada; Fidélis, Moisés, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Ademir; Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos.
1989 - Acácio; Winck, Quiñones, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Boiadeiro, Bismarck e William; Bebeto e Sorato.
Torneio Rio-São Paulo 1958 - Miguel; Paulinho, Bellini, Orlando e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Almir, Valdemar e Pinga.
1966(Título dividido com Botafogo, Corinthians e Santos) - Amauri; Joel, Brito, Fontana (Ananias) e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luisinho (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.
bibliografia: Jornal O Dia
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10 de novembro de 2007
Camisas Negras - Luta contra o Racismo - PROTESTO
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