O início de temporada um tanto quanto titubeante de Pimpão fez a comissão técnica notar que o jogador precisava aprimorar fundamentos e até mesmo deixar o time por um período. Barrado, Rodrigo Pimpão não desanimou e se transformou na volta. No Campeonato Carioca, foi o camisa 11 quem mais finalizou no time do Vasco. De 37 tentativas, 16 foram para o gol adversário. Fruto do acaso? Pelo contrário. Resultado do suor diário de Pimpão.
– Comecei a trabalhar mais intensamente, a ficar depois dos treinos finalizando. Nos jogos arrisco mais de fora da área e venho tendo sucesso. Isso é importante. Tem de ser assim mesmo, repetitivo. Aí, dá resultado – avalia Rodrigo Pimpão.
Da quadra de futsal, com dimensões menores, o atacante garante ter trazido para o campo velocidade e agilidade. O pensamento rápido, às vezes, gera belas jogadas e faz a torcida prender a respiração. Embora já tenha amadurecido muito nesse tempo de Vasco, Pimpão deseja mais jogos para emplacar uma ótima fase.
No Paraná, em 2008, garante ter jogado pouco. Mas no Vasco a situação mudou e ele se tornou o artilheiro da equipe na temporada, com oito gols.
– Não tive base no campo, só no futsal. E são escolas diferentes. Senti muito isso quando fui para o futebol de campo. Não é aprimorar só a finalização, não. Tenho muitas coisas a melhorar – disse Pimpão.
A humildade atual contrasta com a empolgação de um jovem que chegava a um grande clube e garantia que seria “o cara” do Carioca. O campeonato passou, o Vasco foi eliminado. Pimpão pode até não ter sido “o cara”, mas evoluiu. E como.
Lateral-direito Fagner ganha uma chance, mas ainda não é o titular da posição |
"Venho trabalhando para poder aproveitar a minha chance. O Paulo Sérgio tem um vigor físico e me espelho nele aqui no Vasco. Tive três chances e sempre tento fazer o melhor para ganhar a condição de titular", destacou Fagner, que atuou no amistoso diante da Desportiva-ES e também nos duelos com Friburguense e Mesquita, ambos pelo Campeonato Estadual do Rio de Janeiro.
No coletivo desta quinta-feira, Dorival Júnior escalou os titulares com a seguinte formação: Tiago; Fagner, Leonardo, Gian e Ramon; Amaral, Mateus, Enrico e Carlos Alberto; Rodrigo Pimpão e Alan Kardec.
O zagueiro Titi e o atacante Elton não participaram do trabalho, mas, segundo médico Fernando Mattar, ambos estarão em campo na primeira partida pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Sendo assim, Gian e Alan Kardec, respectivamente, voltam para o banco de reservas.
Certo mesmo é que o zagueiro Fernando, o volante Nilton e o meia Jéferson, todos lesionados, não terão condições nem para a estreia do Vasco na Série B do Campeonato Brasileiro, dia 9 de maio, contra o Brasiliense, em São Januário ou Maracanã. No caso do cabeça-de-área, somente pela quarta ou quinta rodada da competição.
Torcida dá outra prova de amor ao Vasco
A torcida do Vasco mais uma vez deu provas de amor ao time. Se na quarta-feira um grupo havia aparecido no CT da Barra para protestar contra a eliminação do time da final da Taça Rio — sendo barrado e dispensado pelos seguranças —, ontem, 150 torcedores foram ao treino e declararam apoio irrestrito ao grupo cruzmaltino.
Depois do treino, os jogadores se reuniram com a torcida. Carlos Alberto intermediou o encontro, que teve também a presença de diretores da Força Jovem. “Eles foram educados e deixaram claro que não tiveram nada com aquela manifestação da véspera. A torcida está jogando junto com o clube”, agradeceu Carlos Alberto.
O jogador deixou claro que existem pessoas que não estão mais em São Januário, mas que induzem determinados grupos a jogar contra. “É hora de unir todas as forças. Estamos às vésperas da estreia na Série B do Brasileiro. Precisaremos de muito apoio”, pediu.
Apesar de toda a experiência e dos títulos internacionais conquistados na curta carreira, Carlos Alberto confessa estar ansioso, aguardando a chegada da competição. “Na verdade, gostaria que já estivéssemos no fim do ano, de volta à Primeira Divisão e com a torcida vascaína feliz da vida, comemorando conosco”, completa.
Fonte: odia.terra.com.br
POR MAURO LEÃO, RIO DE JANEIRO