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26 de novembro de 2011

Há 40 anos o garoto-Dinamite explodia o Maracanã

 Neste dia 25 de novembro completam-se 40 anos do primeiro gol de Roberto Dinamite pelo time profissional do Vasco. Foi em 1971, no Maracanã, num jogo contra o Internacional-RS válido pela primeira edição do Campeonato Brasileiro. No dia seguinte, o Jornal dos Sports traria em sua manchete ("Garôto-Dinamite Explodiu") o apelido que se incorporou ao nome do jogador e que o acompanharia por mais de 20 anos, 1000 jogos e 700 gols, a maioria absoluta deles pelo Vasco. Números que transformaram Roberto Dinamite no maior ídolo da história do Clube da Colina.

Para entender o início dessa história de sucesso, porém, precisamos compreender o momento pelo qual passava o Vasco em 1971. Apenas um ano antes, em 1970, o clube acabara de se livrar de um jejum de doze anos sem ser campeão carioca, iniciado com a conquista do Super-super de 1958. É bem verdade que o Vasco ganhara em 1965 a 1ª Taça Guanabara e em 1966 - de forma peculiar, dividindo o título com mais três times - o Torneio Rio-São Paulo. Mas nada se comparava ao título carioca, então o mais importante e tradicional já que não existia o Campeonato Brasileiro como o conhecemos hoje e conquistas como a Libertadores e o Mundial Interclubes só eram privilégio do Santos de Pelé.

A luta desesperada por um título carioca durante a década de 60 fez com que torcida e diretoria não tivessem paciência para esperar que jovens valores amadurecessem. A ordem era contratar figurões, às vezes a peso de ouro, para ver se resolviam o jejum de títulos. A instabilidade política - sempre presente no Vasco, mas na década de 60 especialmente forte - completava o quadro tenebroso.

Mas o Vasco foi campeão em 1970 e tudo se acalmou. E foi nesse contexto que jovens como Roberto tiveram tranqüilidade para amadurecer nas categorias de base, sem serem "queimados" logo de cara. Roberto saiu-se muito bem no Campeonato Carioca de Juvenis de 1970, terminando como artilheiro do Vasco com 10 gols. No campeonato de juvenis de 1971 Roberto foi ainda mais longe: com 13 gols, foi o artilheiro de toda a competição. Aquele time de juvenis de 1971, além de Roberto, revelaria também os jogadores Gaúcho (hoje treinador) e Luís Fumanchu.

Foi quando o técnico Admildo Chirol (falecido em 28/12/1998, ao 64 anos) começou um trabalho gradual de inserção de Roberto no "time de cima". Aos poucos, o futuro ídolo ia sendo relacionado para completar o time reserva em alguns coletivos e para se concentrar com os profissionais. O fato curioso é que Admildo Chirol, preparador físico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, no México, fora contratado para desempenhar essa mesma função no Vasco. Com a queda do treinador Paulo Amaral, entretanto, Chirol acabaria assumindo o comando técnico da equipe até o fim do ano.

O primeiro jogo de Roberto no time profissional do Vasco foi contra o Bahia, no Estádio da Fonte Nova, no dia 14/11/1971. O Bahia vencia por 1 a 0 e o treinador Chirol colocou-o no time no intervalo, no lugar do meio-campo Pastoril. Roberto tinha 17 anos e sete meses de idade. A partida terminou com a vitória tricolor pela contagem mínima.


Mesmo com a derrota o Vasco se classificou para a segunda fase do Brasileirão, em que enfrentaria, num quadrangular, Atlético Mineiro (futuro campeão da competição), Santos (com Pelé e tudo) e Internacional de Porto Alegre. O primeiro jogo seria contra o Galo, em Minas. Roberto se destacou nos coletivos durante a semana e garantiu sua escalação como titular no time. A manchete do Jornal dos Sports no dia anterior ao jogo foi: "VASCO ESCALA GARÔTO-DINAMITE" (respeitando a grafia da época, que colocava o acento circunflexo sobre o primeiro "o" de "garoto"). Na reportagem, lia-se:

"Roberto, um garôto revelado nos juvenis, marcou dois bonitos gols, entrosou-se com Dé [o 'Aranha', hoje treinador] e joga amanhã contra o Atlético Mineiro no Mineirão."

O jornalista Sérgio Cabral, vascaíno, na época colunista do Jornal dos Sports, escreveu no dia do jogo:

"O Garôto-dinamite vai explodir hoje. Roberto acabou com o treino sexta-feira e está com jeito de que não pretende deixar o time titular."

Pesquisando-se as edições da época do Jornal dos Sports, aliás, nota-se claramente que, ao contrário do que sempre se afirmou, o apelido "Garoto-dinamite" não foi criado após o jogo Vasco x Inter; ele já vinha sendo utilizado antes do primeiro gol de Roberto como profissional. O apelido fora uma criação de dois jornalistas do "Cor-de-Rosa", Eliomário Valente e Aparício Pires, ambos vascaínos. Roberto, anos depois, reconheceu que foi o melhor apelido que lhe colocaram.

Voltemos, porém, a 1971. Roberto não fez uma boa partida naquele dia 21 de novembro, um domingo, no Mineirão. Acabou substituído. O JS do dia seguinte observou:

"Roberto pareceu sentir a responsabilidade e foi apenas regular, embora demonstre qualidades para melhorar no futuro."

O jogo seguinte seria contra o Internacional, no Maracanã. Roberto começou no banco, mas, mesmo assim, prometeu:

"Vou me matar em campo para fazer o gol que estou devendo à torcida."

Era uma quinta-feira, dia 25 de novembro, e a partida estava marcada para as 21 horas e 15 minutos. O jogo começou morno e os dois times se arrastaram em campo durante todo o primeiro tempo, que terminou 0 a 0. No seguindo tempo, logo aos 5 minutos, Buglê fez 1 a 0 para o Vasco. Alguns minutos depois, o técnico Admildo Chirol tirou Gilson Nunes (hoje treinador) para colocar Roberto em campo. Na primeira bola que pegou, aos 27 minutos, a jovem promessa vascaína driblou três adversários, ganhou do quarto, Pontes, na corrida, e, da entrada da área, fuzilou de pé direito, numa bomba que entrou no ângulo esquerdo do goleiro Gainete. Vasco 2 a 0. O Inter ainda perdeu um pênalti dois minutos depois, o que praticamente definiu a vitória cruzmaltina.



No dia seguinte, o Jornal dos Sports estampava a manchete que passaria à História: "GARÔTO-DINAMITE EXPLODIU". Na reportagem, Roberto dava sua primeira declaração após a "explosão":

"Antes de entrar eu estava um pouco nervoso e alguém alertou que eu esfregava muito as mãos. Talvez tenha sido porque meus pais estavam lá assistindo o jogo. Graças a Deus dei sorte naquele lance e ofereço a eles o gol."

Roberto também descreveu com detalhes o primeiro de seus cerca de 700 gols como profissional:

"Recebi o lançamento, vi uma brecha e joguei a bola na frente. Aí o Gainete ficou indeciso e pensei rápido: 'É agora'. Não deu outra coisa. Quero ter esta alegria muitas outras vezes."

Roberto Dinamite não só teve essa alegria muitas outras vezes como proporcionou o mesmo sentimento a todos os vascaínos. E é por isso que, nesta data, a NETVASCO homenageia o maior ídolo do Vasco da Gama.



FICHA DO JOGO

VASCO 2 X 0 INTERNACIONAL

Competição: Campeonato Brasileiro (2ª Fase - 1º Turno - 2ª Rodada)

Data: 25/11/1971 (quinta-feira)
Hora: 21h15min
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Maurílio José Santiago
Auxiliares: Rubens Paullis e Dagomir Sacramento

Público: 10.449 pagantes
Renda: Cr$ 49.675,00

VASCO: Andrada; Haroldo, Miguel, Renê e Alfinete; Alcir, Buglê e Benetti (Jaílson); Luiz Carlos, Ferreti e Gílson Nunes (Roberto). Técnico: Admildo Chirol

INTERNACIONAL: Gainete; Bira, Pontes, Flávio e Édson Madureira; Carbone, Paulo César e Dorinho (Árlem); Valdomiro, Claudiomiro (Bráulio) e Sérgio. Técnico: Dino Sani

Gols: Buglê (VAS) 5' do 2º; Roberto (VAS) 27' do 2º

Observações: Primeiro gol de Roberto Dinamite como profissional. O Internacional perdeu um pênalti aos 29 minutos do 2º tempo, cobrado por Bráulio. Alcir é Alcir Portella, hoje auxiliar-técnico do Vasco. Jaílson trabalha com as categorias de base do Vasco. Gainete já havia jogado no Vasco e sido campeão da 1ª Taça Guanabara em 1965. Gilson Nunes, Carbone e Paulo César (Carpeggiani) também são ou foram treinadores de futebol.


Agradecimento a Mauro Prais.


Fonte: NETVASCO (texto), Jornal dos Sports (ficha e foto), Jornal dos Sports/digitalizado por NETVASCO (fotos). 





Carlos Roberto de Oliveira, mais conhecido como Roberto Dinamite (Duque de Caxias, 13 de abril de 1954), é um ex-futebolista brasileiro e atual presidente do Vasco da Gama
É tido como maior ídolo do Vasco pelos torcedores, e é considerado o maior goleador da história do clube. É também o jogador com maior número de gols na história do Campeonato Brasileiro (190) e do Campeonato Carioca (279). Considerado pela IFFHS o quinto maior goleador do futebol mundial em campeonatos nacionais de primeira divisão, com 470 gols em 758 jogos


Infância e categorias de base

Carlos Roberto Dinamite de Oliveira nasceu em 13 de Abril de 1954, às 4h25 em São Bento (Duque de Caxias). Logo cedo, Roberto (que naquela época era conhecido pelo apelido de Calu) começou a mostrar intimidade com a bola. Igual a muitas crianças apaixonadas pelo futebol, chegava a dormir com ela nos braços enquanto imaginava as jogadas que faria na próxima partida de várzea.

Aos 12 anos, o pequeno Calu já era titular do principal time do bairro, o Esporte Clube São Bento, onde se destacava como artilheiro. Nessas peladas tinha uma característica marcante: era o mais fominha e exigia de seus companheiros que as jogadas de ataque passassem pelos seus pés. Contudo, quando recebia a bola, dificilmente a devolvia.

Apesar do individualismo - era fã de Jairzinho, autor de gols em todas as partidas durante a conquista do tricampeonato mundial no México - já demonstrava toda sua habilidade e precisão nos arremates de curta e longa distâncias. Graças a isso,no ano de 1969, foi convidado a treinar nas categorias de base do Vasco por Gradim, olheiro do clube, responsável por garimpar jovens talentos nos campos de pelada espalhados pelo subúrbio do Rio de Janeiro. Um mês depois, já estava jogando na equipe juvenil dirigida por Célio de Souza. Em pouco mais de um ano no clube, já anotava mais de 46 gols.

Em um ano de clube, Roberto ganhou 15 quilos, graças a um rigoroso trabalho muscular, tornando-se um dos jovens mais promissores do clube, recebendo constantes elogios de treinadores e dirigentes. No Campeonato Carioca de Juvenis de 1970 foi o artilheiro vascaíno, com 10 gols. Já no mesmo torneio, no ano seguinte, foi mais longe: foi o artilheiro da competição, com 13 gols.

Surge o Dinamite

Roberto fez sua primeira partida profissional contra o Bahia, no dia 14 de Novembro de 1971, com dezessete anos. O Bahia vencia por 1 a 0 e o treinador Admildo Chirol o colocou no lugar do meio campista Pastoril no intervalo da partida. Mas ainda não era hora do futuro ídolo. O Vasco acabou perdendo o jogo pelo placar de 1 a 0.

Mesmo com a derrota, o Vasco estava classificado para a segunda fase do torneio, onde enfrentaria Atlético Mineiro (que viria a ser o campeão da competição), o Santos de Pelé e o Internacional. Durante a semana que antecedeu o primeiro jogo, contra o Atlético, Roberto se destacou nos treinos e foi escalado como titular para a partida. No dia anterior à partida o Jornal dos Sports colocava em suas manchetes: "Vasco escala garoto-dinamite".

Diferente do que é divulgado, o apelido Dinamite não surgiu depois do jogo contra o Internacional. O apelido foi criação de dois jornalistas do Jornal dos Sports, Eliomário Valente e Aparício Pires, ambos vascaínos, e criado quando Roberto já se destacava nos juvenis.

Naquele jogo contra o Atlético Mineiro, no dia 21 de Novembro, Roberto não foi bem e acabou sendo substituído. Houve uma grande decepção na torcida vascaína, que depositava muitas esperanças nele.

O jogo seguinte ocorreu em 28 de Novembro, uma quinta-feira, contra o Inter, no Maracanã. No segundo tempo, quando o Vasco vencia por 1 a 0, Admildo Chirol tirou Gilson Nunes e colocou Roberto. Na primeira bola que recebeu Roberto driblou quatro jogadores jogando a bola no canto esquerdo, num belo gol, o seu primeiro no time profissional.

No dia seguinte o Jornal dos Sports estampava em letras garrafais a manchete: "GAROTO DINAMITE-EXPLODIU!".

Era o adeus definitivo de Calu, e o surgimento de Roberto Dinamite, que viria a ser considerado por muitos o maior ídolo da história do Vasco, imortalizando a camisa 10.

Começa a história de amor com o Vasco

A partir de então, começou sua longa história de amor com a torcida. O centroavante atuou pelo time profissional do Vasco de 1971 a 1980, quando se transferiu para o Barcelona, numa negociação que envolveu muito dinheiro. Voltou ao clube três meses depois, onde ficou até 1989, antes de ser negociado com a Portuguesa. Seis meses depois, Dinamite estava novamente no Vasco, para encerrar sua brilhante carreira, em 1993, aos 39 anos de idade.

Alto e forte, Dinamite usava com muita inteligência seu corpo e dificilmente perdia a bola para um adversário, tornando-se um grande perigo na área inimiga. Ele conseguiu a média de 36 gols por temporada nos 22 anos de carreira - disputou 1.108 partidas. Seu melhor ano foi em 1981, quando deixou por 62 vezes a sua marca, superando o recorde de Zico, o maior ídolo da torcida do rival, o Flamengo, que havia feito 45.

Suas principais características dentro de campo eram o oportunismo, a competência e a sorte. Sabia cobrar faltas como poucos, além de desenvolver, ao longo de sua carreira, a capacidade de chutar com as duas pernas.
Participou da conquista de cinco estaduais - 1977, 1982, 1987, 1988 e 1992. Em 1974, conquistou o título de campeão brasileiro batendo o Cruzeiro na final por 2 a 1. Apesar de não ter marcado na decisão, Roberto Dinamite foi o artilheiro da competição com 16 gols e maior responsável pelo inédito título.

A frustração em Barcelona

Em 1980, muito assediado por clubes europeus, o Vasco não pôde evitar a transferência de seu melhor atleta para o poderoso Barcelona. O brasileiro substituiria o atacante austríaco Hans Krankl, que, por ter brigado com o treinador Ladislao Kubala, acabou dispensado.

Em sua estreia no clube catalão, Dinamite marcou dois gols. Entretanto, o técnico que o contratara, Joaquín Rife, foi demitido três rodadas depois, sendo substituído por Helenio Herrera, que não lhe deu o mesmo espaço, o que não o impediu de não ser cobrado pela torcida.

Sabendo da falta de sorte de Roberto na Espanha, o Flamengo o procurou, com seu presidente à época (Márcio Braga) indo pessoalmente conversar com o jogador. Num primeiro momento o Vasco, que havia sido contactado, não se interessou, só entrando na disputa pela volta de Dinamite ao Brasil após pressão da torcida. Avisado para não assinar com o rival e de que Eurico Miranda também iria à Espanha conversar com ele, Roberto acertou seu retorno ao Vasco apenas três meses após tê-lo deixado. A torcida lotou São Januário para saudá-lo.

A volta de Roberto ocorreu num pequeno jogo, contra o Náutico, que o próprio jura não lembrar. Mas o verdadeiro jogo que consolidou sua volta ocorreu no dia 5 de maio de 1980, num jogo Vasco x Corinthians. Antes deste jogo, teve um jogo do Flamengo. A torcida rubro-negra, então, tinha ficado no estádio, secando o Vasco, formando o que foi chamado de "Fla-fiel". 110.000 pessoas presenciaram a nova "explosão" de Roberto, que fez 5 gols e decretou a vitória do Vasco por 5 a 2. Foi a volta triunfal do maior ídolo do clube, acompanhada inclusive por um repórter de Barcelona, que relataria o jogo para um jornal local com os dizeres: "Esto, sí, es lo verdadero Dinamita"

Política interna do clube

Roberto Dinamite foi o grande rival político de Eurico Miranda, presidente do Vasco no período 2001-2008. Essa rivalidade começou após a polêmica expulsão de Roberto Dinamite e seu filho da Tribuna de Honra de São Januário, numa atitude autoritária típica do ex-presidente do clube. Iniciava-se assim a derrocada de Eurico Miranda e a ascensão de Roberto Dinamite, que nos braços da torcida, seria ungido à presidência do Clube que o formou.

Após a expulsão da tribuna, Roberto Dinamite, com o apoio do MUV (Movimento Unido Vascaíno, criado em oposição aos abusos de Eurico Miranda), foi derrotado em duas eleições cercadas de polêmica e com acusações de fraude. Na época até os sócios já falecidos votaram no então presidente. Porém, a segunda eleição, em 2006, teve tantas irregularidades e abusos que acabou sendo anulada pela justiça e remarcado para 2008.

No dia 21 de junho de 2008, a chapa pró-Dinamite venceu as eleições para formação do Conselho Deliberativo do Vasco. A imensa torcida Vascaína, antes dormente, entrou em polvorosa. A festa era tão intensa que parecia que o Vasco tinha ganhado um título mundial. Era o ídolo maior que retornava para salvar o clube do abismo. Sabendo que não teria chances numa eleição limpa, Eurico Miranda decidiu não participar do novo pleito.

Na madrugada de 28 de Junho de 2008, com participação de vascaínos ilustres antes afastados do clube e apoio maciço da torcida, o conselho deliberativo elegeu Roberto o novo presidente do clube.

Videos

Homenagem á Roberto Dinamite com a camisa a vascaína

  

Goleada de 5 a 2 sobre os gambás, com 5 gols de Roberto


Gol de placa contra o Botafogo


18 de outubro de 2011

Vasco da Gama, o clube com a mais rica história do futebol Brasileiro

A História do CR Vasco da Gama é sem dúvida a mais rica do futebol Brasileiro


- O Vasco foi o primeiro clube carioca/brasileiro a jogar e vencer um campeonato com jogadores negros e pobres, sagrando-se campeão carioca em sua estréia em 1923 (inclusive, o único a conseguir tal feito dentre todos os outros). É bom que se recorde que o Vasco é oriundo do Remo (Modalidade esportiva em que é o maior vencedor do Brasil em todos os tempos) e que só estreou na primeira divisão do futebol em 1923.


Capa do livro editado em 1975, escrito por José da Silva Rocha que narra a história do Clube de Regatas Vasco da Gama desde a sua inauguração em 1898 até 1923, seus 25 primeiros anos de existência.


- Em razão das perseguições organizadas por Fla, Flu e América dentro da federação carioca(clubes de origem racista, um deles até passava pó de arroz no rosto de seus jogadores) o Vasco fez então seu estádio com recursos doados de seus torcedores, em tempo recorde, e em 1927 inaugurou o mais moderno e maior Estádio da América Latina na época. Foi o segundo estádio do mundo (o único particular), onde houve o milésimo gol de um jogador e teve como seu jogo mais importante aos vascaínos, a final da Libertadores de 1998.

- O estádio da Gávea foi inaugurado em 4 de setembro de 1938 com uma partida entre Vasco e Flamengo, pela primeira rodada do campeonato carioca daquele ano. Segundo o jornal A Noite, "as solenidades que precederam o encontro Vasco x Flamengo assumiram aspectos de grande expressão cívico-esportiva. Era intensa a atividade dos fotógrafos no seu trabalho estafante e os olhares da multidão convergiam para o gramado onde os atletas do Flamengo desfilavam com muito garbo". Porém, quando a bola rolou, o Vasco encarregou-se de acabar com o garbo deles e estragar a festa, vencendo inapelavelmente por 2x0. Ambos os tentos foram marcados por Niginho, um em cada tempo. Mais uma espinha de bacalhau atravessada na garganta do urubu...

-Como é extremamente improvável que o "estádio" da Gávea, um dos mais acanhados e piores estádios pertencentes a um clube grande, se não o pior, venha a ser novamente palco de mais confrontos entre Vasco e Flamengo, essa espinha de bacalhau tembém ficará eternamente atravessada na garganta do urubu. Ou pelo menos até que eles consigam reverter (no dia de São Nunca) a vantagem que o Vasco possui nos jogos realizados em São Januário, onde até o momento, em 26 partidas, o Vasco venceu 13, empatou 7 e perdeu 6.

-Gandula (nome completo: Bernardo Gandulla) foi um jogador argentino que atuou no Vasco em 1939. Era característica do Gandula ir buscar a bola que havia saído de campo e entregá-la ao jogador encarregado de repô-la em jogo - mesmo que este fosse do time adversário. Quando passaram a ser empregados garotos com a função de devolver as bolas para o campo durante as partidas, o público os apelidou com o nome do ex-craque vascaíno.

Pôster da Revista. Em pé: José Rodrigues, Amilcar Giffoni, Newton Cardoso, Gentil Cardoso, Barbosa, Augusto, Haroldo, Bellini, Cyro Aranha, Ernâni, Jorge, Danilo, Sarno, Ely, João da Silva e Aurelino Rodrigues. Sentados estão Pelegrini, Mário Américo, Sabará, Ademir, Vavá, Alfredo, Izabelino, Ipojucan, Maneca, Jansen, Edmur e Chico.

-Clube que detém a maior torcida oraganizada do futebol carioca. A Força/+/Jovem do Vasco, conforme dados e monitoramentos realizados pelo GEPE(Polícia Militar). Torcida inclusive que inovou adotando como mascote o Eddie(da banda Iron Maiden), bem como criou a subdivisão dos bairros em Famílias(depois vieram as cópias: pelotão, esquadrão, núcleo, região, fanfarrão...), que inovou no Brasil, criando no Brasil a 1º união de torcidas organizadas(no caso a Força/+/Jovem com a Mancha Verde do Palmeiras), Que inovou ao escrever suas faixas com letras góticas e que muito inveja e inspira outras torcidas Brasil afora. - O Vasco é o detentor do maior patrimonio dentre todos os clubes cariocas e o único a possuir Sede própria e não cessão de uso por parte de entes do Estado.

- O Bellini, que tem uma estátua num dos portões do Maracanã é ex-jogador campeão e capitão do Vasco!

Poderíamos nos estender colocando a história da expressão "gol olímpíco" que surgiu em um gol do Vasco contra a seleção uruguaia (campeã olímpica da época), que foi da forma que conhecemos como gol olímpico e que foi assim batizado pelos jornais da época e que pegou no linguajar do torcedor de todo o país;

- Primeira equipe carioca a ser convidada para uma excursão ao exterior (Portugal e Espanha) - 1931: 12 jogos: 08v 01e 03d.

- Primeira equipe brasileira a ganhar um título oficial no exterior (Santiago, Chile): Campeonato Sul-americano de Clubes Campeões - 1948 (Ano do seu Cinqünetenário).

- Primeiro Campeão do Maracanã - Estadual de 1950.

- Primeira equipe a vencer a Taça Guanabara - 1965.

- Primeira equipe carioca a ser Campeã Brasileira - 1974.

- Única equipe brasileira a vencer a Libertadores no seu ano de seu Centenário (1998), além de jogar com o scudetto do título brasileiro (do ano anterior, 1997) na manga.

- Primeira equipe brasileira a vencer o preconceito e aceitar pobres, operários e negros no time.

- Primeira equipe brasileira a ter um presidente negro.

- Clube com o maior estádio particular do Rio de Janeiro (durante os anos de 1927 a 1942, foi o maior estádio do Brasil): Estádio Vasco da Gama, popularmente conhecido como São Januário. Capacidade oficial, hoje, de 35.000 pessoas(com Estatuto do torcedor reduziram ainda mais, agora é de 26 mil torcedores, porém o clube neste ano, execepcionalmente em razão de obras só está colocando 18 mil ingressos a venda por jogo).

- Até a construção do Maracanã, o estádio do Vasco foi palco de inúmeras manifestações populares, como: Discursos presidenciais, principalmente Getúlio Vargas; Assinatura da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e Regência de coros, com milhares de pessoas, do maestro Heitor Villa-Lobos, entre outras.
No ano de 2001, o Vasco bateu o recorde de vitórias consecutivas (08) e de melhor início da Libertadores.

- Time com o maior artilheiro de todos os Campeonatos Brasileiros: Roberto Dinamite, com 190 gols.

- Time com maior número de artilheiros no Campeonato Brasileiro - 7x

- O Vasco possui o artilheiro mais jovem do Campeonato Brasileiro: 1974 - Roberto Dinamite (20 anos) - 16 gols.

- Único clube brasileiro com DOIS artilheiros de COPA do MUNDO: 1950 - Ademir Menezes - 09 gols 1962 - Vavá - 04 gols.

- O Vasco é o clube brasileiro cujos jogadores marcaram o maior número de gols com a camisa da seleção brasileira em Copas do Mundo. Ao todo, foram assinalados 29 dos 173 gols feitos pela Seleção.

- O Vasco já forneceu 34 jogadores para as seleções brasileiras que disputaram as 18 Copas do Mundo. Sendo somente superado neste total por Botafogo (46) e São Paulo (35).

- Único clube a fazer uma "dobradinha" na artilharia do Campeonato Brasileiro: 1984 - Roberto Dinamite - 16 gols 1984 - Arthurzinho - 14 gols.

- Único clube a fazer uma "tripla" na artilharia do Campeonato Estadual: 1987 - Romário - 16 gols  - Roberto Dinamite - 15 gols - Tita - 12 gols.

- Única equipe brasileira a vencer o Campeonato Brasileiro e um título internacional oficial (Copa Mercosul), no mesmo ano (2000).

- Equipe com o maior número de títulos estaduais invictos - 05: 1924, 1945, 1947, 1949 e 1992.

Curiosidades sobre o esporte amador:

- Clube que mais cedeu atletas a uma Olimpíada: 2000 em Sydney - 83

- Único clube carioca a ser Bi-Campeão da Liga Nacional de Futsal (1984/2000), batendo todos os recordes da Liga(2000)

- Clube carioca com maior número de títulos nacionais no Basquete - 03:

-- 02 no masculino -00/01

-- 01 no feminino -01

-- Clube carioca com  maior número de títulos internacionais no Basquete:

-- 02 Campeonatos Sul-americanos - 1998/99

-- 02 Ligas Sul-americanas (único clube brasileiro a ter este título) - 99/00

-- 01 Liga Sul-Americana Feminina (primeira!)

-- Único clube sul-americano que disputou a final do Mc Donald's Open (Campeonato Mundial de Clubes), contra o campeão da NBA (San Antonio Spurs - 1999).

Há torcedores rivais desinformados que insistem num papo de vice quando se refere ao Vasco. Uma coisa criada pela flapress.Senão vejamos:

-O urubu é o maior vice-campeão de campeonatos estaduais =31x

-O urubu é o maior vice-campeão de Copas do Brasil =3x

- A libertadores do urubu não contou com participação de clubes argentinos e mexicanos e teve sua semi-final decidida no tapetão, após um jogo denominado no próprio youtube como "roubalheira" realizada pelo hoje "global" J.R. Wright

-O tal Brasileiro de 87(que acertadamente a CBF reconhece como o Sport Campeão) é mais uma das invenções da Flapress. Como que o outro módulo era a segunda divisão se o Guarani(que era do módulo do Sport) era o vice-campeão brasileiro de 86, tendo perdido nos penaltis para o SPFC?

-O engraçado é que neste últimos tais 20 anos o Vasco venceu inúmeras taças GB e taças Rio do Fla, os eliminou das semifinais do brasileiro de 97 e é bom lembrar que no início da década de 90 não havia finais e sim quadrangulares nas finais de estadual. Seria bom lembrar também, que nestes últimos 20 anos o Vasco venceu um número bem maior de campeonatos relevantes do que o urubu, e que o maior time do urubu(década de 80) foi o que mais vezes foi vice campeão estadual em uma década no futebol carioca

-E com relação a esse tal  de "jovemfla", até o youtube tem uma pequena amostra do que as torcidas do Vasco fizeram e fazem com essa torcida. Já o contrário... Parece que não há? Então, tira-se apenas como parâmetro, e você pode aproveitar para pesquisar.


Trem Bala da Colina. Vasco da Gama
Já tive expresso da vitória, agora vamos pra ciima aquii não tem essa de bonde é o TREM BALA DA COLINA, é o trem bala bala bala bala da colina!
Puxa o Trem Vamos para Cima!
è o trem Bala da Colina

Saiba mais:
História do Club de Regatas Vasco da Gama

As várias facetas que o club de futebol Vasco da Gama

6 de janeiro de 2011

Anderson Martins: 'Vou me esforçar muito para fazer história no Vasco'

Nascido em Fortaleza, praticamente criado na base do Vitória, em Salvador, o cearense Anderson Martins dá seus primeiros passos no Vasco a fim de fazer a vida no Rio. Aos 23 anos, o zagueiro é uma das apostas do clube de São Januário, tanto que assinou contrato por quatro anos. Mas prefere chegar de mansinho para não decepcionar e discursa com o tradicional respeito pelos companheiros. Respeito que não impede o zagueiro de apontar suas qualidades na posição.

- Sempre joguei pelo lado esquerdo, vou lutar pela posição, me esforçar muito para fazer história no Vasco. Minha característica é de marcar forte, fechar bem a defesa e passar confiança para a equipe - disse Anderson, sempre ressaltando. - Tenho que respeitar os outros companheiros que já estão aqui. Vou ter que esperar minha oportunidade, mas quero jogar.

Escolhido numa peneira do Vitória, em Fortaleza, aos 12 anos, Anderson afasta a timidez com a recepção que teve no clube. O que, segundo ele, facilitará o período de adaptação, que acredita ser bem rápido. Parte de um elenco que conta com seis zagueiros, ele se espelha no passado de Dedé para garantir seu espaço. O jovem zagueiro, até então desconhecido, foi o destaque do Vasco no ano passado.

- Isso aumenta a competitividade dentro do grupo e o padrão cresce.

Além de Anderson Martins, os zagueiros do Vasco que estão na pré-temporada são Dedé, Fernando, Cesinha, Douglas e Jadson Vieira.

O Globo

25 de abril de 2010

O histórico título do super-supercampeonato do Vasco

RIO - Em junho de 1958, o Brasil conquistou a primeira Copa do Mundo, na Suécia, aumentando ainda mais a paixão nacional pelo futebol. Muitos dos craques da seleção jogavam nos clubes do Rio, o que deixou o Campeonato Estadual ainda mais charmoso. Mas ninguém imaginaria que a competição, que começou em julho, seria tão emocionante.
Em pé: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Écio, Orlando e Coronel / Agachados: Sabará, Almir, Roberto Pinto, Valdemar e Pinga / Foto: Site oficial do Vasco


Depois dos dois turnos normais e 132 jogos, Vasco, Flamengo e Botafogo partiram para o Supercampeonato. Como cada um obteve uma vitória e uma derrota, um novo desempate teve que acontecer no chamado super-supercampeonato, que invadiu o ano de 1959 e, no dia 17 de janeiro, sagrou o Vasco campeão.

Na abertura do super-super, em 10 de janeiro, o Vasco venceu o Botafogo por 2 a 1, com Pinga marcando duas vezes e Quaretinha descontando. Quatro dias depois foi a vez de Botafogo e Flamengo se enfrentarem. O Rubro-Negro saiu na frente com Dida, mas o Alvinegro virou com dois gols de Quaretinha. Luiz Carlos deixou tudo igual e o 2 a 2 dava ao Vasco a possibilidade de apenas empatar o último jogo para ficar com a taça.

E, na noite de sábado, dia 17 de janeiro de 1959, o Maracanã recebeu 130 mil torcedores para ver Vasco x Flamengo. Roberto Pinto abriu o placar aos 13 minutos do 2º tempo. Babá deixou tudo igual para os rubro-negros aos 24, mas aquele super-super era mesmo do clube de São Januário.

VASCO 1 X 1 FLAMENGO
Data: 17 de janeiro de 1959

Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Público: 130.901 torcedores

Gols: Roberto Pinto - Vasco (13' 2º tempo) e Babá - Flamengo (24' 2º tempo)

Árbitro: Eunápio Gouveia de Queiróz

Vasco: Miguel, Paulinho, Bellini, Écio, Orlando, Coronel, Sabará, Almir, Roberto Pinto, Valdemar e Pinga. Técnico: Gradim.

Flamengo: Fernando, Joubert, Pavão, Jadir, Dequinha, Jordan, Luis Carlos, Moacir, Henrique, Dida e Babá. Técnico: Fleitas Solich.

Os 10 maiores artilheiros da história do Vasco (contabilizados somente os gols feitos pelo Vasco)
1. Roberto Dinamite, 702
2. Romário, 322
3. Ademir, 301
4. Pinga, 250
5. Russinho, 225
6. Sabará, 165
7. Vavá, 150
8. Lelé, 147
9. Maneca, 137
10. Valdir, 135

Foto: Pinga, um dos maiores artilheiros do Vasco e supercampeão em 1958 /59

8 de dezembro de 2008

Vasco vive o dia mais triste de sua história



Torcida apóia até o fim, mas o Gigante da Colina perde por 2 a 0 em São Januário


Um ano de muitos problemas internos e conturbação política, até com troca de presidente no Vasco, terminaram com o rebaixamento à Série B. Precisando de muitos resultados para permanecer na elite, a equipe cruzmaltina nem sequer se ajudou, pois perdeu para o Vitória por 2 a 0, em São Januário, diante da torcida, que fez a sua parte, e apoiou o Gigante da Colina, mas não foi o suficiente. O choro de Pedrinho simbolizou bem a tristeza que se abateu no estádio vascaíno.

Mas verdade que nenhum resultado ajudaria a salvar o Vasco da degola, já que o Atlético-PR venceu o Flamengo, o Náutico empatou com o Santos e, mesmo o Figueirense, igualmente rebaixado, superou o Inter.

O Vitória encerra a competição na ... posição, com ... pontos, honrosa para um time que voltou a figurar na elite do futebol brasileiro neste ano e jamais foi ameaçado pelo rebaixamento. Ao longo do campeonato, o Rubro-Negro chegou a brigar por vaga na Libertadores, mas caiu de rendimento no segundo turno e ficou apenas com a classificação para a Copa Sul-Americana no fim das contas.

Com espaço dado pela zaga do Vasco, o Vitória começou o jogo pressionando especialmente pelo lado direito com o lateral Wallace. Mas a torcida não se deixou abater, gritando sem parar para apoiar o time cruzmaltino e, aos cinco minutos, Edmundo começou a se irritar com o arbitragem quando uma levava a bola pela direita, foi derrubado, mas nada foi marcado. A primeira boa chance vascaína aconteceu aos oito, quando Madson cobrou falta pela direita, a zaga não afastou bem e a bola sobrou para Alex Teixeira soltar o pé para defesa segura do goleiro Gléguer. No minuto seguinte, Matheus arriscou de longe e errou o alvo.



O Vitória voltou a se animar aos dez minutos quando Jackson percebeu a penetração de Leandro Domingues. O camisa 10 chegou chutando, mas, desta vez, mandou por cima da meta defendida por Rafael. A postura ofensiva dos baianos proporcionou um contra-ataque aos donos da casa aos 14. Edmundo lançou Alex Teixeira, mas Leonardo Silva estava atento, desviou e Gléguer afastou de vez o perigo com os pés.

Neste momento, o Atlético-PR abriu o placar diante do Flamengo, em Curitiba, resultado que não favorecia o Vasco, e, por isso, não foi mostrado no placar eletrônico de São Januário. Mesmo aparentemente sem saber da má notícia, o time vascaíno parecia nervoso, tanto que Odvan levou um cartão amarelo sem a bola estar em jogo por empurrar repetidamente um adversário antes do escanteio ser cobrado.

Aos 22, o grito de gol quase ecoou em São Januário. Madson mandou uma bomba, Edmundo, em posição de impedimento, apareceu na cara de Gléguer, que espalmou nos pés de Matheus. O meia fez o gol, que foi invalidado devido à posição irregular do Animal. A rede foi balançada dois minutos depois, mas não do jeito que a torcida cruzmaltina imaginava. Marquinhos tocou para Leandro Domingues entrar livre na área e vencer o goleiro para fazer 1 a 0 a favor dos visitantes.

O Vasco não se ajudava, mas o Inter bem que fazia sua parte ao inaugurar o placar contra o Figueirense. Na Arena da Baixada, no entanto, o Atlético-PR aumentava a vantagem sobre o Flamengo para 2 a 0. Em São Januário, quem seguia melhor era a equipe baiana. Leandro Domingues desequilibrou em dois lances. Aos 29, o meia aplicou um drible da vaca em Odvan, mas adiantou demais a bola, e , aos 31, em cobrança de escanteio, Leonardo Silva deu uma cabeçada que passou raspando.

Sem tranqüilidade para criar bons lances, a saída encontrada por Madson, aos 39, foi arriscar de longe e o chute passou bem perto. O Vitória segurava o resultado, enquanto o placar se movimentava no Paraná. O Fla reagiu, mas o Furacão também marcou e o placar de 3 a 2 para o time da casa ainda não adiantava para o Vasco. Com apenas um resultado a seu favor, precisando de vitória do Santos, que empatava sem gols, ou do Fla, que perdia, o Gigante da Colina deixou o campo com a torcida em silêncio com um incentivo no placar eletrônico: "Vascaínos, vamos virar esse jogo. Aplauda e incentive o nosso time".

Começo empolgado do Vasco, mas nada de gol

A torcida voltou para o segundo tempo com ainda mais ânimo e o Vasco também. Gléguer apareceu bem em dois lances fazendo uma bela defesa na cabeçada de Leandro Amaral aos cinco, e pegando firme um chute de Madson no minutos seguinte. Aos sete, a bola desviada na zaga quase entrou na própria rede do Vitória. Só dava Vasco e Odvan tentou alcançar bola pelo alto que sobraria para Leandro Amaral cara a cara com o goleiro. Aos dez, Edmundo recebeu de Leandro Amaral, penetrou na área rubro-negra e bateu cruzado sem direção.

O Vasco seguia pressionando mesmo sem os resultados ajudarem, pois o Atlético-PR vencia e o Náutico segurava o empate contra o Santos. O único resultado favorável acontecia em Florianópolis, pois, mesmo o Figueirense empatando diante do Inter, a vitória vascaína bastava para ultrapassar o rival catarinense.

Aos 15, Madson bateu falta e Gléguer brilhou novamente com mais uma defesaça. O ritmo alucinante do início da segunda etapa foi diminuindo quando o Figueirense virou diante do Inter para 3 a 1 com dois gols seguidos. Neste momento, nenhum resultado ajudava o time cruzmaltino a se salvar, incluindo o do próprio Vasco.

Jorge Luiz perdeu mais uma chance pelo alto, aos 28, mas, logo depois, o Vitória aproveitou o desespero do rival para fazer o segundo gol. Ricardinho fez boa jogada dentro da área e tocou na saída de Rafael. Adriano entrou de carrinho para colocar 2 a 0 no placar. Pedrinho não segurou a emoção e foi às lágrimas no banco se reservas. A torcida também já incrédula começou a deixar São Januário. Sob os gritos de "Não é humilhação, o Vasco é tradição", a torcida", os cruzmaltinos aparentemente se conformaram com o rebaixamento.

Leandro Domingues ainda ameaçou o gol cruzmaltino aos 37 minutos, mas Rafael fez a defesa. Já em clima, o Vasco tentava desordenadamente diminuir a vantagem dos visitantes. Mas não havia organização para virada ou para qualquer tipo de reação. A tristeza estava na face de cada vascaíno, que acreditou até o último minuto na virada. A virada, no entanto, só começa em 2009, quando o time cruzmaltino vai buscar retornar ao seu lugar de direito: a Série A do Brasileirão.

07/12/2008  ( GloboEsporte.com)

15 de agosto de 2007

Uma lição de vida: Copa Mercosul 2000 - Vasco Campeão

Recordar, porque hoje é dia de estréia na Copa Sulamericana.

O impensável acontece e o futebol também dá lições de vida.

Um dos jogos mais incriveis já vistos na história do futebol! Demonstração de força, garra e jogo em equipe!

Nesse jogo Romário, como no milésimo gol de Pelé, dedica o títuloàs crianças carentes que sentem fome, frio e deseja que todas elas tenham um natal melhor com comida e amor.

Romário (marcando 3x) e Juninho Paulista (marcando 1x).

O Vasco mostrou mais do que nunca que é o time da virada, que é o time do amor.

11 de agosto de 2007

2001: O ano em que o Vasco detonou a Globo



"A Globo teve que transmitir o jogo sem o áudio externo. A transmissão não teve a qualidade de sempre porque as câmaras tentavam evitar mostrar as manifestações hostis da grande torcida vascaína contra a habitual manipulação ideológica da emissora para atender a seus interesses".

VASCO vs GLOBO
Eduardo Marini e Hélio Contreiras

"Vasco e SBT, tudo a ver", copyright IstoÉ, edição 1634

"‘Foi homenagem. Não preciso pedir permissão para cantar Parabéns pra você. Na camisa do Vasco, coloco o que quero’

A festa pela conquista da Copa João Havelange, feita pelo Vasco da Gama na quinta-feira 18, no Maracanã, foi marcada por hostilidades. O alvo dos torcedores irados não era o adversário, o São Caetano, derrotado por 3 a 1, mas a Rede Globo, que pagou R$ 80 milhões pelos direitos de transmissão do bagunçado campeonato. Depois de responsabilizar a emissora pela suspensão do segundo jogo decisivo em São Januário, em 30 de dezembro, o presidente do clube, Eurico Miranda, colocou o logotipo do SBT nas camisas dos jogadores. Como o contrato entre o Vasco e a multinacional fabricante do sabão em pó que patrocinava o clube, vencido no último dia 31 de dezembro, não foi renovado, Eurico aproveitou a oportunidade para provocar a Globo. No primeiro tempo, quando o Vasco atacava, a Globo abusava dos planos abertos para não mostrar a marca da rival. No terceiro gol vascaíno, na segunda etapa, os atacantes Romário e Euller comemoraram de costas para as câmeras. ‘Não houve negociação de patrocínio com o SBT’, disse Eurico. ‘Foi uma homenagem. Não preciso pedir permissão para cantar Parabéns pra você. Na camisa do Vasco, coloco o que quero’, emendou o dirigente.

O locutor Galvão Bueno e sua equipe se esfalfaram para evitar que as ofensas dirigidas à emissora pelos torcedores do Vasco chegassem aos telespectadores. Os câmeras evitavam dar close nas arquibancadas, cheias de faixas contra a Globo. Quando os palavrões eram captados pelos microfones, o áudio externo era anulado e ouvia-se apenas a voz de Galvão. Os xingamentos eram alternados com gritos de ‘Ah, é Silvio Santos’, ‘Ão, ão, ão, é o jogo do milhão’, e ‘Ritmooooo, é ritmo de festaaaa’, música tema do Topa tudo por dinheiro.

A cúpula da emissora paulista parecia não entender o que ocorria. ‘Não sabíamos de nada. Nosso símbolo não pode ser utilizado dessa forma. Nossos advogados irão tomar as medidas necessárias’, disse a diretora de comunicação do SBT, Ana Teresa Salles. A Globo não quis comentar o assunto. À noite, os editores do Jornal Nacional tentaram evitar a logomarca da concorrente, mas não impediram que ela explodisse no vídeo em seis ocasiões. A audiência média do jogo, transmitido em rede nacional, foi de 31 pontos, com picos de 39. Isso significa que pelo menos 60 milhões de brasileiros viram a logomarca da maior concorrente brilhar na tela da Globo. Para compensar, o JN disparou torpedos contra o chefe vascaíno, também deputado federal pelo PPB. Destacou a representação do deputado Pedro Celso (PT-DF), pedindo a cassação de Eurico, que teria trocado um cheque de US$ 110 mil no mercado paralelo sem registrar a operação no Banco Central.

O quinto parágrafo do artigo 27A da Lei Pelé estabelece que nenhum clube pode ser patrocinado por empresas de rádio e televisão. ‘O São Caetano teria até 48 horas após a entrega da súmula do jogo para acionar a Justiça Desportiva’, explica o advogado Heraldo Panhoca, especialista em legislação esportiva. ‘Nesse caso, o STJD teria duas opções: marcar nova partida ou declarar o São Caetano campeão’, completa. ‘Homenagem a gente presta a quem quer’, diz Eurico. Por ser uma ‘homenagem’ ao SBT e não um patrocínio, o Vasco deverá ter o título confirmado. Mas o homenageado parece não ter gostado do gesto e tudo pode terminar num processo por uso indevido de marca."



Marcelo Carneiro

"Cartola obriga TV Globo a exibir logotipo do SBT", copyright Veja, edição 1684, 24/01/01

"Ele não se emenda. A atração quase irresistível do cartola Eurico Miranda por uma confusão chegou ao ápice na quinta-feira passada. Mandachuva do Vasco da Gama, o dirigente usou a final do Campeonato Brasileiro de Futebol, em que o clube carioca venceu por 3 a 1 o São Caetano, para desferir um petardo contra a maior rede de televisão do país. Aproveitando que o time estava sem patrocinador, Eurico fez os onze jogadores do Vasco, entre eles as estrelas Romário e Juninho Paulista, entrar em campo exibindo no peito e nas costas o logotipo do SBT, principal rival da Rede Globo. Por longuíssimas duas horas, a emissora teve de mostrar, para um público estimado em 20 milhões de telespectadores, o símbolo do concorrente. No estádio do Maracanã, 60.000 torcedores do Vasco cantavam músicas de programas do SBT e entoavam refrões impublicáveis contra a Globo.

A ousadia de Eurico, que na tarde de sexta-feira assumiu para VEJA a responsabilidade total pelo episódio, é o mais recente tiro desferido pelo cartola em sua guerra contra a Globo. O dirigente está convencido de que a emissora pretendeu prejudicá-lo na cobertura da tragédia de São Januário, no final do ano passado, quando a queda de um alambrado provocou ferimentos em mais de 150 torcedores e levou à suspensão da partida. Em depoimento na CPI da Câmara, que está apurando as responsabilidades sobre o acidente em São Januário, Eurico disse que a Globo forçou a suspensão da partida para não ter de mudar sua programação. ‘Eles tinham de colocar Uga Uga no ar’, disse o dirigente, em mais uma de suas tiradas.

Eurico não se preocupou sequer em avisar o SBT sobre a confusão que iria aprontar. Atônitos - mas evidentemente com uma ponta de satisfação - , os executivos da emissora enviaram ao Vasco uma notificação pedindo explicações pela utilização não-autorizada do logotipo. O SBT pode processar o clube carioca por uso indevido da imagem, mas o caso não deve ir adiante. ‘Vou explicar a eles que era só uma homenagem’ diz, candidamente, Eurico. Apesar do duro golpe, a Globo ainda não ensaiou nenhuma reação oficial. A legislação atual proíbe empresas de comunicação de patrocinar eventos desse tipo. A idéia é justamente impedir que uma emissora pegue carona nas transmissões de uma concorrente. Trata-se de um mercado de altíssimas cifras. O último patrocinador do Vasco pagava cerca de 1 milhão de dólares mensais para ter sua imagem estampada no uniforme dos jogadores. Para o SBT, a propaganda foi de graça."




9 de agosto de 2007

O Vasco e os bichos


América: uma vaca com quatro pernas
Flamengo: uma vaca com três pernas
Fluminense: duas ovelhas e um porco
Botafogo: de galo pra cima

1923 - O VASCO CRIA O BICHO NO FUTEBOL

Nesse campeonato o Vasco instituiu uma forma criativa de pagamento aos seus jogadores. Nos mercados de secos e molhados da Saúde e da Rua do Russel, os portugueses tinham o hábito de apostar nas vitórias do Vasco.

Como quase sempre venciam, decidiram dividir o lucro com os jogadores. Contudo, os atletas não poderiam receber em dinheiro, já que eram amadores. Criou-se, então, uma tabela que rendia uma premiação de animal, de acordo com a importância do adversário que o Vasco vencia. O América, o campeão em 22, valia uma vaca com quatro pernas. O Flamengo, bicampeão em 20/21 era merecedor de uma vaca com três pernas. Uma vitória sobre o tricolor carioca era trocada por duas ovelhas e um porco. Vencer o Botafogo e outros times também rendiam algum animal, sempre de galo para cima.

Estava então criado o bicho, um tipo de premiação por bom resultado em um jogo e que viraria uma instituição no futebol brasileiro.

Fonte: Site Oficial do Clube de Regatas Vasco da Gama